O elefante: leitura e comentário de Antonio Cicero | Dia Drummond 2015

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imoreirasalles

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Күн бұрын

Пікірлер: 17
@andersonrafaeldasilva4812
@andersonrafaeldasilva4812 11 ай бұрын
A melhor leitura! Essa leitura cansada, delicada e vacilante representa o espírito do eu lírico...❤
@prof.sandrolivramento4809
@prof.sandrolivramento4809 3 ай бұрын
Obrigado Antônio Cícero!
@ednadasilva3611
@ednadasilva3611 4 жыл бұрын
Ele e o mestre da arquitetura das palavras geometria dos pensamentos...
@guinarodarte1862
@guinarodarte1862 5 жыл бұрын
Drummond e seus bichos vestidos da poesia humana do grande Carlos Drummond de Andrade ♿💜💜💜
@esteves4545
@esteves4545 2 жыл бұрын
"Um elefante se pendurou numa teia de aranha, quando ele viu que a teia resistiu foi chamar outro elefante..." 👏🏼👏🏻👏👏🏿👏🏽👏🏾🌻
@roselyunesp
@roselyunesp 9 ай бұрын
💯
@silanegomes7063
@silanegomes7063 3 ай бұрын
Vai Carlos, vai ser guache na vida.
@MarcilioRGodoi
@MarcilioRGodoi 5 жыл бұрын
Há outras chaves para o elefante drummondiano, fora a da poesia em metalinguagem. Entre elas, o amor.
@advogadoinvestidor2368
@advogadoinvestidor2368 2 жыл бұрын
O principal tema deste poema e da obra do Drummond é a modernidade. Deste tema o Sr. não tocou em momento algum no seu comentário.
@victorlins4754
@victorlins4754 Жыл бұрын
Elefante Fabrico um elefante de meus poucos recursos. Um tanto de madeira tirado a velhos móveis talvez lhe dê apoio. E o encho de algodão, de paina, de doçura. A cola vai fixar suas orelhas pensas. A tromba se enovela, é a parte mais feliz de sua arquitetura. Mas há também as presas, dessa matéria pura que não sei figurar. Tão alva essa riqueza a espojar-se nos circos sem perda ou corrupção. E há por fim os olhos, onde se deposita a parte do elefante mais fluida e permanente, alheia a toda fraude. Eis o meu pobre elefante pronto para sair à procura de amigos num mundo enfastiado que já não crê em bichos e duvida das coisas. Ei-lo, massa imponente e frágil, que se abana e move lentamente a pele costurada onde há flores de pano e nuvens, alusões a um mundo mais poético onde o amor reagrupa as formas naturais. Vai o meu elefante pela rua povoada, mas não o querem ver nem mesmo para rir da cauda que ameaça deixá-lo ir sozinho. É todo graça, embora as pernas não ajudem e seu ventre balofo se arrisque a desabar ao mais leve empurrão. Mostra com elegância sua mínima vida, e não há na cidade alma que se disponha a recolher em si desse corpo sensível a fugitiva imagem, o passo desastrado mas faminto e tocante. Mas faminto de seres e situações patéticas, de encontros ao luar no mais profundo oceano, sob a raiz das árvores ou no seio das conchas, de luzes que não cegam e brilham através dos troncos mais espessos. Esse passo que vai sem esmagar as plantas no campo de batalha, à procura de sítios, segredos, episódios não contados em livro, de que apenas o vento, as folhas, a formiga reconhecem o talhe, mas que os homens ignoram, pois só ousam mostrar-se sob a paz das cortinas à pálpebra cerrada. E já tarde da noite volta meu elefante, mas volta fatigado, as patas vacilantes se desmancham no pó. Ele não encontrou o de que carecia, o de que carecemos, eu e meu elefante, em que amo disfarçar-me. Exausto de pesquisa, caiu-lhe o vasto engenho como simples papel. A cola se dissolve e todo o seu conteúdo de perdão, de carícia, de pluma, de algodão, jorra sobre o tapete, qual mito desmontado. Amanhã recomeço.
@brunosimao8391
@brunosimao8391 5 жыл бұрын
A LÍRICA TÉTRICA Bailarina outrora humana, Títere, hoje, na caixinha De uma fútil garotinha Que comprou o seu bailado Rodopia e dança ao som De uma triste melodia Triste qual sua existência, A passar sem que ela possa Apossar-se de seus passos. Movimentos sempre iguais, Dolorosos e banais Tantas vezes, me pergunto: Se pudesse ser a própria Mão que gira as engrenagens De seu fado, a bailarina Dançaria ainda assim? Ou será que aceitaria Ser tratada dessa forma? Que segredos ela esconde? Seus amigos, seus amores? Mas jamais irei saber! Pois perdeu o dom da fala! Mas de que é que importariam Gritos, súplicas ou sangue À menina a que tornou-se Deus que rege seu destino Pois não passa de um brinquedo! E, portanto, de uma escrava! Um senhor não se preocupa Com o que um escravo sente, Quer usá-lo, apenas isso! E tal qual qualquer escravo Caso um dia, se quebrarem Os seus braços, suas pernas Ou enfim, a adolescência Aflorar o lado torpe De quem paga por seus passos, O que restará por fim À graciosa bailarina? Ser talvez substituída Doação desimportante Ter vendida por um preço Irrisório, a sua história Sufocada nas paredes Da caixinha, que se fecham Mais e mais a cada instante Ou, quiçá, a maneira mais Degradante de ostracismo: Uma fétida lixeira Relegada à escuridão! Mera parte do passado, Cairá no esquecimento, E ao seu lírico espetáculo, Nem ao menos um aplauso.
@beneditalucianabaraonery840
@beneditalucianabaraonery840 2 жыл бұрын
Que poesia linda! É sua?
@roselyunesp
@roselyunesp 9 ай бұрын
Elefante 🐘 pesado, palavras pesadas porque cheia de significados, pela pluralidade de interpretações.
@arturobaixoclero6527
@arturobaixoclero6527 4 жыл бұрын
Gosto de vir aqui, bêbado e cansado
O elefante: leitura de Antonio Cicero | Dia Drummond 2015
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imoreirasalles
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