Рет қаралды 178
A Inconfidência Mineira (1788-1789) foi um dos primeiros movimentos ocorridos no Brasil que questionavam a condição de colônia de uma determinada região do país. As demais rebeliões,
motins, revoltas e outros movimentos populares anteriores, com a exceção da Guerra dos Mascates (1710), em geral, mantinham a fidelidade ao rei de Portugal, questionando apenas alguns aspectos da administração, como a elevação ou criação de novas taxas de impostos, por exemplo.
A Inconfidência Mineira foi influenciada pelas ideias iluministas de liberdade política, econômica, religiosa e de expressão e também teve como modelo a Independência das Treze Colônias ocorrida no ano de 1776.
Os inconfidentes eram homens pertencentes, em sua maioria, à elite colonial da região de Vila Rica, atual Ouro Preto. Era desejo dos membros do movimento a independência da província de Minas Gerais e a proclamação da República logo após o rompimento com Portugal.
A articulação do movimento teve como um de suas motivações a execução da "derrama" imposto colonial português sobre todos os habitantes da província em decorrência do não atingimento da cota anual de cem arroubas de ouro devidas à Coroa.
Antes do plano ser colocado em prática, denúncias que chegaram ao governador da província, o visconde de Barbacena, fizeram com que os principais membros da conspiração fossem presos.
Três anos mais tarde, em 1792, os presos foram condenados ao degredo na África e prisão perpétua em Portugal. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único condenado à forca. Seu corpo foi esquartejado e seus membros exibidos no caminho entre Minas Gerais e Rio de Janeiro como exemplo.