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A ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985, foi um período marcado por repressão política, censura, e violação dos direitos humanos. Ela teve início com o golpe de Estado em 31 de março de 1964, que depôs o então presidente João Goulart, sob a justificativa de combater uma suposta ameaça comunista e restaurar a ordem no país. O golpe foi apoiado por setores conservadores da sociedade, como a elite econômica, a grande mídia, e as Forças Armadas, além de contar com o respaldo dos Estados Unidos, preocupados com a influência comunista na América Latina.
O regime que se instaurou após o golpe militar se caracterizou pela concentração de poder nas mãos dos militares e pela supressão das liberdades democráticas. Nos primeiros anos, os militares adotaram uma política de "modernização" econômica, mas ao mesmo tempo, instituíram mecanismos de controle político, como os Atos Institucionais, que deram ao Executivo poderes extraordinários para governar sem a necessidade de aprovação do Congresso.
Durante a ditadura, a repressão aos opositores foi severa, com prisões, torturas e assassinatos de pessoas consideradas subversivas ou inimigas do regime. A censura à imprensa, à cultura e à educação também foi uma marca do período, visando eliminar qualquer forma de crítica ao governo.
Apesar da repressão, o regime militar enfrentou resistência de diversos setores da sociedade, incluindo movimentos estudantis, sindicatos, intelectuais, e posteriormente, setores da Igreja Católica e da classe média. A pressão por abertura política cresceu ao longo dos anos 1970 e 1980, culminando na gradual redemocratização do país, que se concretizou com a eleição de Tancredo Neves como presidente em 1985, marcando o fim da ditadura.