Lançamento de "Raízes do Brasil - Edição Crítica 80 anos", de Sérgio Buarque de Holanda

No dia 8 de agosto, aconteceu em São Paulo o lançamento da edição crítica de "Raízes do Brasil", que comemora os 80 anos de publicação da obra de Sérgio Buarque de Holanda e também os 30 anos da Companhia das Letras.
No Teatro Eva Herz na Livraria Cultura, os organizadores Lilia Moritz Schwarcz (USP e Princeton) e Pedro Meira Monteiro (Princeton) conversaram com Mauricio Acunã (doutorando USP, Princeton) e Marcelo Diego (doutorando Princeton), responsáveis pelo estabelecimento de texto e notas desta nova edição. Assista ao encontro completo.
Raízes do Brasil é uma das obras fundadoras do pensamento sobre a sociedade brasileira. No método de análise e estilo da escrita, na sensibilidade para a escolha dos temas e erudição exposta de forma concisa, revela-se o historiador da cultura e ensaísta crítico com talentos de grande escritor. Esta edição traz uma verdadeira arqueologia de sua produção. Por meio de notas e variantes, mostra que, entre a primeira edição e as seguintes, durante mais de três décadas, o autor fez alterações importantes no texto, revisitando hipóteses e mudando, às vezes radicalmente, os argumentos e o tom. Posfácios de nove especialistas trazem leituras originais deste que é, para jogar com as palavras de Antonio Candido, um “clássico” que se constrói pouco a pouco. Leia mais: bit.ly/2aONIK2

[@marluspinho3402]

fundamental, livro amplamente importante! debate necessário! a interpretação do Brasil é sempre um belo tema

[@FrankCastiglione]

Não sou da área, mas sinto uma necessidade de ler os clássicos dessa área. Sei que será uma grande tarefa, mas pretendo ler: Casa Grande e Senzala (Gilberto Freyre), Raízes do Brasil (Sérgio Buarque de Holanda), O povo brasileiro (Darcy Ribeiro) entre outros, até chegar nos livros do Jessé Souza que, sei, são bem polêmicos e fazem dura crítica aos citados anteriormente.

Leia também e sobretudo Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes.

[@SuperValor1]

Só fera

[@ppburian]

Excelente e necessário para o momento atual!

[@thadeumoraes8501]

como é possível Lilia afirmar que o "patrimonialismo é refeito por todos nós os cidadãos" se quem tem condições materiais de realizá-lo é a burguesia ? sendo esse, aliás, um termo que descreve uma raiz oligárquica ? será que o que é refeito por todos nós tem realmente esse impacto nas estruturas ? se sim porque o estado se torna cada vez mais pesado para os despossuídos ?

[@marceloarruda6366]

Lilia Moritz Schwarcz. Gostaria muito de saber qual foi o trabalho efetivo dela. Por qual motivo ela se encontra neste evento? Fica evidente que o "paper", no qual ela aparece como co-autora, é da lavra deste sr. Pedro Meira Monteiro. O "trabalho" dela, como o vídeo registra, foi comentar lâminas com imagens no PowerPoint! Isso lembra um recentíssimo uso deste equipamento em Curitiba. Essa edição "crítica" apenas coteja [trabalho dos pesquisadores Marcelo e Maurício] as quatro primeiras edições do livro em relação à quinta edição, a definitiva. Há, evidentemente, interesse nesse processo "palimpsesto" adotado pelo autor, quer no sentido do aperfeiçoamento da escritura, da legibilidade textual etc, e a atualização do debate bibliográfico e historiográfico; mas, também, e principalmente, uma atualização ideológica do autor, ajustando-se ao "hic et nunc" da efetividade política. Vi a edição, e me decepcionou. Há um feixe de problemas que poderia ser explorado, mas fico em dois, absolutamente olvidado quando se trata de Sérgio Buarque de Holanda: o problema do catolicismo na sua produção [mesmo tendo no horizonte da minha indagação a célebre carta dele a Alceu Amoroso Lima] e o outro problema: a influência decisiva no seu período berlinense, quando frequentou as aulas-seminários, na Universidade de Berlim, de Friedrich Meinecke. Se essas duas questões tivessem sido enfrentadas nesta edição "crítica", o catolicismo no campo ideológico especificamente, e a influência de Meinecke na questão teórico-metodológica em Sérgio Buarque de Holanda, seria um avanço. Esses duas questões são prementes, mas não foram enfrentadas. De fins da década de 1970, há um importante texto dele no qual revela a permanência da influência católica, quando escreve a "Introdução ao Livro do Tombo do Mosteiro de São Bento" de São Paulo, onde fez os seus estudos de formação; para a questão da influência de Meinecke no campo teórico-metodológica, evoco o célebre ensaio sobre Ranke, onde ele assume a abordagem historista de Meinecke ao inventariar a Escola Histórica alemã, de Ranke a Koselleck. O debate sobre a pertinência ou não do "Idealtyp" weberiano, mormente na abordagem do "homem cordial, penso, deva ser visto à luz do conceito de historismo, isso pulsa, principalmente, nas três primeiras edições. Recentemente, a mesma empresa editorial havia publicado uma edição crítica-comemorativa de "Raízes do Brasil". E agora essa "nova" edição. No que está avança? Talvez uma aguda observação de Marcuse explique um pouco: "... o sistema precisa de mercadorias ..." ou artefatos culturais...

[@brittopiano]

Gostaria de saber mais. Sou um curioso sobre esse tipo de incogruência. Se puder gostaria de conversar mais sobre isso. Um abraço.

[@harleybh74]

"Desenvolvimento desigual e combinado" é jargão? Me ajuda aí meu amigo...

[@lrike2250]

Uma pena q essa edição esgotou