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"é ela, a Matinta!
Eu juro que a vi!...
Eu vi com estes olhos
seu corpo delgado
coberto de andrajos.
Eu vi seus cabelos
qual véu inconsútil
cobrindo-lhe o rosto.
Se é velha, se é moça,
se é feia ou se é bela,
não posso afirmar.
Matinta Perera,
por Deus, me responde
quem és, de onde vens?
És gente ou és bicho
de pelo ou de pena?
És anjo ou satã?
Serás, por acaso,
alado estafeta
dos mortos? Será?
Quem deu-te este fado
de errar pelas noites
virando meuã?
Que fazes na vida,
que sabes do mundo,
que queres de mim?
Se queres tabaco
que venhas pegá-lo
cedinho, amanhã.
Matinta Perera,
tem dó, vai-te embora,
me deixa dormir."
Quem és? - Juraci Siqueira