ÁLVARO SIZA, OBRAS E PROJECTOS - Requalificação da Avenida D. Afonso Henriques

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Carlos Romão

Carlos Romão

Күн бұрын

REQUALIFICAÇÃO DA AVENIDA D. AFONSO HENRIQUES
Foi em 1948 que se procedeu à demolição de uma parte importante do centro histórico do Porto para abrir uma ligação que permitisse a circulação rápida de automóveis entre a Praça de Almeida Garrett e a Ponte Luís I. Desapareceu assim o morro da Cividade e com ele os vestígios medievais do Corpo da Guarda. No seu lugar ficou, até aos nossos dias, um enorme rasgão a separar o casario da Sé, das velhas casas que subsistem nas ruas do Loureiro, Chã, Cativo e na de Cimo de Vila, o caminho que conduzia a uma das portas da antiga muralha medieval. Houve dezenas de planos para suturar a ferida aberta mas, por incapacidade da cidade, nenhum foi executado.
Neste filme, de 2001, Álvaro Siza Vieira apresenta o seu segundo projecto - o primeiro é de 1968 - para a Avenida de Afonso Henriques. Através dele percebemos melhor a perda patrimonial e a necessidade de recompor a morfologia daquela parte da cidade.

Пікірлер: 9
@jcosta8546
@jcosta8546 3 ай бұрын
Essa complementaridade entre monumento e tecido deveria ser respeitada em relação a construções contemporâneas do monumento medieval. Uma vez que tenham sido demolidas, é contra-natura envolver o monumento com novas construções do século 21.
@sofiathenaisie
@sofiathenaisie 9 жыл бұрын
Para quem possa ter interesse na investigação deste trecho de cidade, um dos que terá das mais fascinantes histórias do Porto, por se situar num dos cernes do nascimento da cidade e ter tido um número inusual de projectos nacionais e internacionais de grande interesse e qualidade, aqui ficam as referências de dois livros em que é feita a investigação desses projectos. Continua a valer a pena pensar este espaço da cidade! COELHO, Sofia Thenaisie - A Cidade em Suspenso. Projectos em torno da Sé do Porto (1934-2001). Coimbra, Centro de Cultura Urbana Contemporânea, 2001. Thenaisie Coelho, Sofia (et. Alt.) - A Ponte e a Avenida. Contribuições Urbanísticas no Centro Histórico do Porto, Divisão do Arquivo Histórico do Porto, 2001
@jefersonpetri
@jefersonpetri 4 жыл бұрын
Ainda em que não foi feito. Espero que não venha ser realizado. A parte da sé seria toda tapada
@rubensousa9216
@rubensousa9216 4 жыл бұрын
Ele explica precisamente porque faz sentido tapar parcialmente a catedral. Discordo da sua opinião, aquela área representa uma enorme falha no tecido urbano da cidade e beneficiaria muito de uma intervenção historicamente informada que devolvesse a dignidade que lhe foi retirada.
@Nostalg1a
@Nostalg1a Жыл бұрын
@@rubensousa9216 Não é a fazer caixotes de betão que se vai devolver alguma dignidade...
@mariobravo4001
@mariobravo4001 10 жыл бұрын
Interessante. Não concordo com a demolição do mercado de S.Sebastião do arquitecto António Moura, assim como a ocultação da Sé. Também o final da ligação entre a Praça e o "Rossio", deixou de exigir uma avenida tão larga. Uma área tão desafogada no centro histórico é contra natura, mas a visibilidade da Sé e a existência do mercado devem ser asseguradas.
@mariajoanapereiradecastros1022
@mariajoanapereiradecastros1022 8 жыл бұрын
"mercado de S.Sebastião do arquitecto António Moura" (exterior) e arquitecta Joana Azevedo (interior: 1º lugar do concurso público lançado pelo CRUARB).:-)
@ricardonunes3633
@ricardonunes3633 2 жыл бұрын
Não percebeu a lógica que o Siza Vieira falou: é um edifício (a Sé) que estava "amparado" por outras construções, ditas "banais" , e que por isso a fazia destacar. Era assim em núcleos medievais. O que a direcção dos Monumentos Nacionais fez foi "desamparar", demolir, de acordo com um ideal que hoje em dia não faz sentido.. Tal como fez na Alta de Coimbra. Até no Funchal desfiguraram alguns monumentos, como o Convento de Santa Clara, cujo claustro tinha uma série de capelas-celas adossasdas aos arcos e tudo isso foi demolido. Até azulejaria valiosa foi à vida (fins séc xvl até xvlll) Alguma dela está exposta na Casa Museu Frederico de Freitas (Calçada de Santa Clara, Funchal).
@jcosta8546
@jcosta8546 3 ай бұрын
@@ricardonunes3633 O grande crime contra a arquitectura do Porto ocorreu nos séculos XVIII e XIX, quando deram cabo da maior parte da cidade medieval. Neste caso, o crime foi continuado nos anos 1930s e 1940s com a demolição nessa zona das construções originais em granito (!), pelos vistos algumas delas medievais, em vez de as terem restaurado: o Estado Novo fez muita asneira arquitectónica. Agora, encher o actual espaço com caixotada de betão?! Pior a emenda do que o soneto! Para amostra, já basta o mamarracho horroroso que o Nuno Grande fez na esquina da rua do Loureiro. Acho que os arquitectos modernos são uma desgraça, uma página negra na milenar história da arquitectura. O Porto medieval, se tivesse ficado completamente preservado, poderia ter sido o Toledo de Portugal. A estupidez nacional não o permitiu.
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