Acho que fui muito sortuda, embora jovem em demasiado na época, por Michel de Certau ter sido meu orientador no mestrado de Etnografia e Etnolinguistica na Université Paris VII e ter pertencido ao seu "pequeno circulo" de estudantes. Parabéns por documentar em vídeo este ser extraordinário que foi Michel de Certau.
@Josemarcusable8 жыл бұрын
Beatrice é uma satisfação enorme ler seu comentário. É muito bom saber que este vídeo. que eu consegui com um professor de historiografia, tem servido para muitas pessoas e mais, que fez reflorescer boas memórias. Enquanto estudante de História sou grande admirador de Certeau. A senhora é uma grande felizarda por ter sido orientada por ele, uma grande honra. Obrigado pelo comentário, tudo de bom.
@daniangelassis6 жыл бұрын
sorte impar! Experiência incrível deve ter sido!
@mayconalmeida80096 жыл бұрын
Arrasouu
@michelbossone5 жыл бұрын
Conte coisas sobre ele Beatrice.
@elianefreitas97777 ай бұрын
Excelente vídeo! Parabéns aos envolvidos!
@ericsousa23306 жыл бұрын
Esse documentário está me ajudando muito nas aulas de Teoria da História, Psicologia da educação e Sociologia da Educação. Fazendo vários links aqui rs Obrigado.
@mablore7033 Жыл бұрын
Meu deus que video ótimo... Diana é muito clara explicando Certeau
@iedagomesdasilvasilva58012 жыл бұрын
Brilhante Iniciativa,Parabéns pelo Bravo Comprometimento na divulgação impecável do Pensamento deste Grande Pesquisador!!👏👏👏👏👏👏🥰
@mariajulia14104 жыл бұрын
Nossa minha mãe e eu temos dormido muito pouco engajadas nos estudos. Tem sido muito proveitoso buscar o conhecimento, mesmo diante de duras perdas.
@bernardoabreu49104 жыл бұрын
lindo isso!
@thaysmarcelysantosoliveira23954 жыл бұрын
Gratidão pelo excelente documentário. Deu luz aos pensamentos deste autor, pude compreender um pouco mais!
@Josemarcusable4 жыл бұрын
Que bom que te ajudou Thays 🤭🤩
@servicosocial49629 жыл бұрын
achei fantástico, ajudou-me grandemente neste primeiro período da graduação de história e do mestrado em educação
@karolsoares46262 жыл бұрын
Que documentário maravilhoso. sou estudante de Letras na UNEB, vou compartilhar esse conteúdo com meus colegas!
@LarissaVicentini897 жыл бұрын
Entrei em contato com leituras sobre o Certeau por acaso. Me encantei e busquei pelo Certeau. Coincidentemente - ou não - iniciei a leitura de Paulo Freire na mesma época. É muito revigorante poder assistir a este documentário e confirmar esta convergência. Tenho vontade de compôr com a continuação desses estudos e desta motivação de estar a favor das pessoas que são oprimidas no seu processo de autonomia, de libertação, de perceber-se como alteridade e silenciar as vozes. Fico encantada também pela fluidez do Certeau. Ele me parece muito transdisciplinar em si mesmo. Talvez seja porque seu interesse de engajamento e contribuição seja vivo (dinâmico e aberto), por isso, não se retém a lugares confortáveis. Aliás, ainda não conheci Edgard Morin, mas sinto que poderia haver encontros interessantes com Certeau e Paulo Freire.
@lauroferreira3663 Жыл бұрын
Boa tarde! Só pra esclarecer, se for de ajuda: o corretor é dizer ordem jesuíta, ao invés de ordem jesuítica. Ele fez os votos solenes como Jesuíta, ao invés de ser ordenado jesuíta. A ordenação é para o sacerdócio. Nem todo sacerdote é jesuíta e nem todo jesuíta é sacerdote. No mais, o documentário é excelente. Aprendi demais. Estou iniciando ainda meus estudos sobre Certeau. Muito obrigado por compartilhar tamanha riqueza.
@BorakKirax8 жыл бұрын
José Marcus, obrigado por compartilhar. Ajudou muito em meu estudo para a prova do mestrado. Valeu!
@Josemarcusable8 жыл бұрын
Que bom Borak, a intensão realmente é essa.
@mirnadeoliveira20018 жыл бұрын
Adorei a forma como as imagens formulam um imaginário da época em que Certeau estava quando analisou a história, suas teorias tem uma ligação muito forte com os temas que tenho estudado na graduação, com certeza serviu de inspiração para muito dos meus professores e pensadores com quem eles trabalham. Este documentário facilitou muito a leitura do texto A invenção do Cotidiano, obrigada.
@mariaelcicunha15204 жыл бұрын
Parabéns!documentário magnífico!Obrigado.
@MarilisNeves3 жыл бұрын
Excelente exposição. Tudo de bom.
@mariangelagoncalves99308 жыл бұрын
A Diana Vidal é excelente, Muito bom o vídeo!!!!
@bougleuxbonjardim43524 жыл бұрын
Documentário maravilhoso, professora maravilhosa e conteúdo maravilhoso!
@gabrielam.m.barbosa58785 жыл бұрын
Show! Adorei!
@historiaunifesspa37059 жыл бұрын
excelente documentário...
@Vnisiau4 жыл бұрын
Nossa, quantas informações novas, rumo ao conhecimento!
@JuniorSilvaDMEscassa7 жыл бұрын
Parabéns um belo material.
@greycemoraes286 жыл бұрын
Muito Bom! Eclareceu para mim alguns pontos que até então estavam incompreensíveis na obra A escrita da história. Obrigada! Grata!
@sandrovieira36597 жыл бұрын
Eu estava perdido e me encontrei. Ah, Michel, por onde você andou todos estes anos? Excelente documentário!
@Bee-ow8lu7 жыл бұрын
Excelente material de estudo!
@laianemacedo64535 жыл бұрын
Maravilha, me ajudou a entender um pouco do pensamento do autor
@zeli3637 жыл бұрын
Agradeço por ter disponibilizado esse documentário ajudou-me muito.
@Josemarcusable7 жыл бұрын
Fico muito feliz que tenha lhe ajudado!
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Adoreiiii... Excelente!
@maryahenriquee8198 жыл бұрын
facilitou um pouco o meu entendimento sobre Certeau.
@mariajulia14104 жыл бұрын
EXCELENTE DOCUMENTÁRIO
6 жыл бұрын
Muito obrigada pela postagem Estava procurando uma forma mais leve e esclarecedora sobre ele e encontrei tudo que precisava para dar embasamento para meu projeto de pesquisa aqui.
@Josemarcusable6 жыл бұрын
Fico grato em saber que foi útil. Boa sorte em seu projeto de pesquisa.
@ulisses_Jr6 жыл бұрын
Excelente.
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Os outros livros comprei na Estante Virtual. Valeu pela dica.
@Nathue20246 жыл бұрын
Muito bom!
@carolinagama7909 жыл бұрын
Excelente documentário, me ajudou bastante. Obrigada :)
@Josemarcusable9 жыл бұрын
+Carolina Gamma Obrigado Carolina. Caso faça História e caso goste muito de Certeau, recomendo que baixe esse vídeo, porque eu não encontrei ele em lugar algum, conseguir ele com um professor para ministrar uma aula na monitória.
@carolinagama7909 жыл бұрын
Eu faço história, assim que der vou baixar ;)
@elainediniz46966 жыл бұрын
muito obrigada
@Josemarcusable6 жыл бұрын
De nada!
@donizeteoliveira39244 жыл бұрын
Bom. Vi.
@TheGRLima9 жыл бұрын
Ótimo!
@Josemarcusable9 жыл бұрын
Show de Bola! Valeu!
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Excelenteeeee! Você tem alguma coisa de ABDALA JÚNIOR, Benjamin (Org.). Margens da cultura: mestiçagem, hibridismo & outras misturas. São Paulo: Boitempo, 2004. e de CHARTIER, Roger. (Org.) Práticas da leitura. Trad. Cristiane Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 2001??? Ou mesmo esses livros? Não estou achando para comprar.
@Josemarcusable9 жыл бұрын
Cris Girardi Olá, desculpe demorar tanto para responder. Amigo pior que não tenho, porque meus textos eu tirava cópia da biblioteca da Universidade. Talvez você encontre no site Estante Virtual, lá tem livros usados em bom estado, bem como obras antigas.
@MagnoPaganelli8 жыл бұрын
José Marcus, obrigado pela postagem. Tem o nome dessa professora que apresenta o documentário? Grato.
@Josemarcusable8 жыл бұрын
+Magno Paganelli Obrigado digo eu. O nome dela é Diana Vidal, para mais informações: uspdigital.usp.br/tycho/CurriculoLattesMostrar?codpub=47A2B5940E54
@joaowilson39063 жыл бұрын
@@Josemarcusable tb ia perguntar, obrigado
@OSVANOCBAH6 жыл бұрын
comentado nos cursos da UNYLEYA ...
@michelgomes68159 жыл бұрын
muito bom.. bibliografia de mestrado. hehe
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Oi, obrigada por responder. Estou lendo Certeau para a prova do mestrado. Achando uma leitura complexa. Tem alguma resenha ou mesmo algum livro que explique "A invenção do Cotidiano "? Fichei o livro e ainda assim me sinto insegura. Abraço?.
@Josemarcusable9 жыл бұрын
+Cris Girardi eu também estou estudando para o Mestrado e tenho que ler um capítulo desse livro. Qual o estado que você irá prestar mestrado? Bem, resenhas tem na internet, porém, por experiência própria, eu recomendo que você se atenha ao texto e caso tenha algum professor próximo, peça para discutir com ele. De qualquer forma, valeu por comentar também. Abraços.
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Eu li o já 2 vezes do Certeau. Mesmo assim achei leitura dificílima. Terminando o Benjamin Abdala. Queria resumos só para entender melhor o pensamento desses escritores. Mas acho que mais algumas leituras vou decifrando melhor. Vou tentar, primeiramente, mestrado para Bahia.
@Josemarcusable9 жыл бұрын
+Cris Girardi Beleza. Realmente é difícil, eu particularmente uso pouco resumos e resenhas. O que ajudou muito foram as aulas de Teorias da História, a partir das dicas de sala de aula consigo entender melhor. Mas, é assim mesmo, como diria meu orientador, mesmo depois de anos, se lermos esses tipos de autores, iremos perceber detalhes antes não vistos. Vou tentar para o Natal/RN.
@crisgirardi98369 жыл бұрын
Sucesso!
@welderoliveira46045 жыл бұрын
E aí, deu tudo certo?
@teoriadahistoriaehistoriad64013 жыл бұрын
Muito bom o vídeo, parabéns pelo trabalho, irei adotá-lo como material complementar. Sobre a obra a Escrita da História considero que esse outro vídeo também é muito instrutivo kzbin.info/www/bejne/Y6bFdmiXodKJaJo
@mestrefabioluizloureiro4 жыл бұрын
Bom dia. Poderia informar o ano de produção do vide documentário? Att. Fábio
@Josemarcusable4 жыл бұрын
Olá Fábio, é uma pergunta de historiador mesmo, queria saber a resposta, infelizmente eu peguei esse documentário com um professor há muito tempo atrás, não sei dizer quando foi produzido.
@mestrefabioluizloureiro4 жыл бұрын
@@Josemarcusable Obrigado pelo retorno. Att. f
@mestrefabioluizloureiro4 жыл бұрын
@@Josemarcusable Boa noite. Me responderam. Att Re: Contato Web Cursos Doutorado ATTA MÍDIA E EDUCAÇÃO attamidia@attamidia.com.br por gmail.com qui., 8 de out. 10:34 para mim Oi Fabio, seguem infs sobre o programa Michel de Certeau: 2011 37 min Pensadores e a Educação - CERTEAU atenciosamente Suporte EAD
@alexandrealmeida15085 жыл бұрын
Qual o nome da professora no vídeo??
@Josemarcusable5 жыл бұрын
Diana Vidal.
@OSVANOCBAH6 жыл бұрын
www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/darcy-ribeiro-e-os-brasileiros-do-brasil,f97327c27ac63410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html Para Darcy Ribeiro, como antropólogo, o método adotado centra-se no homem que lá vive, nas suas características locais, modo de sobrevivência, cultura dotada e a religião que segue (sabe-se que, no Brasil, uma das maiores nações católicas do mundo, permite-se a pratica de uma série de outros cultos, tanto os de descendência indígena e africana como as importadas da Europa pelos imigrantes). Os diversos brasis que surgem na sua obra são então apresentados como se segue: DARCY RIBEIRO E OS BRASILEIROS DO BRASIL O Brasil Crioulo Deita raízes na região litorânea do Nordeste - do Recife à Salvador - e tem como sua célula produtiva e, por que, civilizatória o engenho açucareiro. É ele, o açúcar, que dá configuração a tudo, estendendo-se para regiões anexas, como Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. A matriz social encontra-se polarizada entre o senhor (branco) e o escravo (africano), que se mantém com minúsculas roças de mandioca e subprodutos do engenho, como a cachaça, rapadura e outros elementos utilitários e artesanais que complementam a manutenção. O senhor, que se converte uma "aristocracia local", reside na Casa Grande, o escravo, acorrentado, na Senzala. As características singulares da plantação são a extensão latifundiária do domínio; o predomínio da monocultura e a concentração da mão-de-obra. O Brasil crioulo foi o principal embrião da indústria lavoreira que surgiu mais tarde e se expandiu para outras partes do país-nação. Esta parte, do dito "Brasil Velho”, foi local de ferozes embates entre pernambucanos e holandeses (1625-1650) pelo controle da zona açucareira, como também pelas diversas expedições de bandeirantes movidas contra o quilombo de Palmares, refúgio de escravos, dissolvido em 1696. O Brasil Caboclo Formado pelos habitantes da região amazônica, a "maior mancha florestal" do mundo e a menos povoada (uns 5 milhões de km²). Situam-se os caboclos às margens do rio-império e dos seus afluentes, vivendo da pesca e da caça na mata adentro. Repousam em redes, como seus antecedentes indígenas, morando em aldeias sobre palafitas cercados pela água e pela floresta. Durante séculos, devido ao abandono da região, restaram estagnados e ausentes de qualquer participação com o restante do País. O que lhes sacudiu a letargia foi a exploração da borracha (1879-1920), valioso produto de exportação, favorecendo a expansão de alguns centros urbanos (Manaus, Santarém etc) e atraindo para lá levas de cearenses que se tornaram seringueiros. Na época do Império, vários levantes ocorreram no sentido de obter a autonomia. O principal deles foi o dos Cabanos (1835-1840), que terminou em enorme matança dos insurgentes. Foram os seringueiros do Acre quem impuseram derrota militar aos bolivianos, donos do território seringalista, garantindo-o ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis (1903). Uma segunda impulsão atrás da borracha deu-se na Segunda Guerra Mundial, quando 20 mil cearenses - o exército da borracha - rumaram para a região dos seringais para ajudar no esforço de guerra (1944-1945). Para Darcy Ribeiro ela continua sendo "o maior desafio do Brasil". O Brasil sertanejo É o mundo do gado e do couro. Dele dependem para tudo. Ambos regulam a vida do sertanejo. A área em que vaquejam e tropeiam é imensa. Passada a zona florestal, tanto no Norte como no Nordeste, abrem-se planícies colossais que se estendem do agreste ao semiárido, alargando-se para o Mato Grosso e para a zona do Pantanal (mais de 1.600 mil km²). Foi desbravada pelas monções de bandeirantes e de garimpeiros que ocuparam a região com suas mangueiras para o gado e suas casas de palha. O sertanejo é um perito em gado e sabe como se defender na caatinga, traiçoeiro mato de espinhos que o embosca e o fere a qualquer descuido. Eles estão entre os principais descobridores do interior do Brasil. Toda a região do centro-oeste foi incorporada ao território nacional em razão da expansão do gado e do vigilante sertanejo, homem ágil e destro nas lides do campo (nos dias presentes, o centro-oeste abriga 70 milhões de cabeças-de-gado). Outro braço do sertanejo voltou-se para o garimpo, para a extração das pepitas de ouro, exploradas desde o século 18. O que lhes aterroriza são as secas que matam seu sustento e espantam qualquer outra atividade. Mantém uma relação de "respeito e deferência" com o seu patrão e qualquer desacerto vê-se na obrigação de imigrar para um centro urbano qualquer. Levantes semi-messiânicos ocorreram em diversas oportunidades, sendo que o mais retumbante foi o de Canudos (1895-1896), ocorrido no sertão da Bahia. O sertão também abrigou um tipo de banditismo próprio: o do cangaço. Modo de vida criminosa dos desgarrados até serem exterminados em 1938 com a morte do Capitão Virgulino, dito "Lampião", e de seu bando. Mais recentemente o sertanejo teve uma nova atividade a sua frente: as enormes lavouras de soja que se espalharam por toda a região do serrado, o que proporcionou ao Brasil uma adesão ao moderno agronegócio, graças à tecnologia e labor dos habitantes daquela área. O Brasil Caipira Esparramados pelo planalto paulista, começando praticamente do nada, primeiro emergiram os índios abrasileirados, ditos mamelucos, em meio a um número insignificante de brancos. O catecismo lhes fora ensinado pelos jesuítas, fundadores do Colégio de São Paulo (1554), e dali partiram para o sertão em canoas atrás do nativo reduzido pelas missões. Estas empresas de assalto e subjugação levavam consigo, ao longo do século 17, de 2 a 3 mil integrantes, armados com arcabuzes, lanças e facões. Eram os deserdados do Brasil, apesar de terem descoberto ouro e demais coisas preciosas (entre 1690 e 1725). Encerrado este ciclo, após terem sido expulsos das minas pelos emboabas (1710), dedicando-se ao café, mudaram a sua vida e a do País. Naqueles primórdios, entre Salvador da Bahia e Buenos Aires nada havia de mais civilizado senão que São Paulo. A Zona do Ouro e Diamante cresceu e atraiu milhares de aventureiros. O bandeirante sumiu e as vilas se estenderam de Minas (Vila Rica) até o Mato Grosso (Cuiabá). Se desindianizando, os mamelucos se fizeram caipiras, descritos de modo caricatural por Monteiro Lobato como gente avessa ao trabalho, "piolhos da terra", atacados de verminose e desalento. Tomando o seu trago e pitando seu palheiro, viviam acocorados à margem do Brasil e do Mundo. O ouro paulista estava ainda por vir, e chegou com o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, que trouxe, nos começos do século 18, o primeiro rebento (o grão de café) direto de Caiena. O ouro das minas secou, e o ouro paulista deu para florescer. Vastíssimos cafezais fizeram dos paulistas os maiores produtores mundiais de café, o que atraiu poderosa imigração européia e capitais internacionais que forjaram o Estado de São Paulo de hoje, enquanto o caipira inepto e vadio virou apenas folclore. Brasis sulinos: gaúchos, matutos e gringos Resultado da expansão paulista para o sul atrás de gado e tropas de mulas se formaram as estâncias gaúchas. E com elas a figura dominante do cavaleiro gaúcho, misto de branco com indígena. Criado como homem livre, dedicou-se a domesticação do gado chimarrão, amansando-o em enormes mangueiras. Sua alimentação era simples, nacos de assado digerido com erva-mate, hábito adquirido dos guaranis. A carne passou a ser industrializada primeiramente nas charqueadas, cuja técnica veio do norte do País, o que implicou na importação da escravaria. Ocupam principalmente o planalto-central e a área fronteiriça do RS com os países platinos. Esta posição estratégica fez com que a região fosse militarizada e o gaúcho se visse convocado para a defesa da fronteira e nas guerras contra os vizinhos. Evidententemente que tal situação colaborou para o perfil autoritário dos chefes políticos do RS. Já os matutos seriam aqueles que ocupam a faixa litorânea do sul do Paraná até as partes meridionais do RS. Habitam em aldeias de pescadores à beira-mar e dedicam-se por igual à lavoura de sustento. Descendem dos açoritas que para o Brasil vieram em diversos momentos a partir do século 18, mantendo ainda parte considerável das tradições que trouxeram das ilhas atlânticas portuguesas. Por último, aqueles que Darcy Ribeiro denominou como integrantes da "ilha gringa", isto é, a massa de imigrantes vindos da Alemanha, Itália, Polônia, Ucrânia e Japão. Amparados tanto pela administração imperial como a republicana, em poucos anos conseguiram fazer dos seus lotes e das suas habilidades, centros de pequena e média industrialização, dando uma inclinação à região totalmente diferente do que era antes (da criação do gado à proliferação de fábricas). Numa visão geral, diz que a região sul é aquela que mais apresenta diversificação cultural.