NARCISISMO I Daniel Omar Perez

[@ESPEcast]

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[@entendendooabusonarcisista]

Há uma confusão com o termo narcisismo causado pelo seu uso a partir de 1980, no DSM III, para classificar o Transtorno de Personalidade Narcisista. Quando hoje em dia se fala do narcisismo fala-se de uma perversão, a perversão narcisista. Esse é um quadro que só se apresenta na relação com o outro. De forma geral, o perverso narcisista não sente desconforto, o desconforto é de quem se relaciona com ele. Isso faz com que ele não busque análise ou terapia. Na maioria das vezes, quem vai buscar ajuda é quem se relaciona com ele e a psicanálise frequentemente não compreende o que está acontecendo porque há o pressuposto freudiano de se trabalhar apenas com a realidade psíquica, desconsiderando a realidade concreta da violência intersubjetiva que existe nessas relações. Relações com perversos provocam uma grande dissociação cognitiva, o que dificulta que a pessoa que está vínculada entenda o que está lhe acontecendo e consiga identificar que é vítima de violência. A perversão narcisista se forma quando uma pessoa no seu processo de constituição subjetiva fica "presa" no segundo momento do Estádio do Espelho, no momento do transitivismo, quando ainda não houve a formação do eu. O aprisionamento nessa fase faz com que ela não chegue a se estruturar psicoticamente, mas também não alcance a neurose. O Narcisista nesse caso não é enamorado por si, ou cheio de si mesmo, pelo contrário, precisa do reflexo de si no outro o tempo todo para conseguir existir, e faz isso às custas do outro. Alguns psicanalistas que escrevem sobre isso são Kohut, Kernberg e Marie France Hirigoyen.

[@ualasdossantos56]

Este canal é uma universidade aberta, esse trabalho maravilhoso precisa continuar.

[@ESPEcast]

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[@barbaraboesel9345]

Precisamos sim falar sobre o Transtorno de Personalidade Narcisista que já está presente no CID e não era descrito na época de Freud.

Narcisista. Tóxico. Termos que estão difundidos de forma às vezes sem nenhum fundamento. Transmissões essenciais e cirúrgicas. Obrigado pela gentileza em compartilhar o conhecimento. Um abraço.

[@barbaramaureenpenabellei1433]

Obrigada Por tantos Ensinamentos em pouco tempo de aula Daniel, como é bom aprender com você.

[@colepsicanalise]

Pensar que tudo hoje se resume a uma determinada pessoa ser narcisista e etc, me parece ser um raciocínio preguiçoso. muitas nuanças estão por trás das relações e das estruturaçoes de um sujeito! Excelente vídeo!

[@ESPEcast]

Que bom que gostou, Cole! 💙

[@adrianoclaro1002]

Excelente explicação teórica , achei que faltou um pouco de exemplos na vida cotidiana, por exemplo como se comportam esses sujeitos no dia a dia ....

[@ESPEcast]

Que bom que gostou, Adriano! E obrigada pela dica. 😉💙

[@ualasdossantos56]

Vou ter que visitar esse vídeos outras vezes, quanta informação de altíssima qualidade.

[@mariaeunicedeoliveira239]

Confesso que não entendi muito bem a diferença entre narcisismo primário e secundário. Pareceu-me ser a mesma coisa. Afinal, volta-se para si mesmo à procura de auto-satisfação.

[@RobertaSantos-vn5mx]

Sempre bom aprender contigo!

[@ESPEcast]

Que bom que gostou, Roberta! 💙

[@helenicematias5663]

O narcisismo tem que ser analisado caso a caso, isto?? Visto que o sujeito é singular e tem a sua história tbm singular. É correto pensar assim??

[@kyllnacastro1826]

Penso que sempre.

[@izabelroizen4741]

O narcisismo é para a psicanálise algo estruturante. Narcisismo primário é secundário. Não é um diagnóstico de patologia. Seria um movimento primário e secundário do movimento da libido. Então não é sobre um tipo de personalidade. Porém se a pessoa não passa bem por essas etapas estruturantes, pode ser que venha a a apresentar alguma questão. E o movimento narcisico básico de voltar a libido para si mesmo pode acontecer em outras patologias. Qqr adoecimento profundo, incapacitante, acarreta um movimento narcisico, de fechamento em si. Um dor psíquica profunda e incapacitante impede o sujeito de se relacionar. algumas psicoses têm esss características, mas no sentido de que o sujeito corta o laço com a realidade e se volta para si mesmo. Fazendo um recuo da pulsão na direção de si mesmo, em seu próprio corpo e se fechando para o resto. E sim, isso só poderia ser analisado caso a caso. Mas esse narcisismo que está sendo usado comumente usado como algo perverso, não se trata disso. Uma vez que o perverso usa o outro como objeto para sua própria satisfação, precisa do objeto, mas não o considera como sujeito, pelo contrário, nesse movimento, o perverso usa o objeto de tal forma que o reduza, diminuía, sofra, seja reduzido a um resto, um nada, um excremento a ser descartado. Talvez aí possamos pensar então de que narcisismo essa pessoa nesss estrutura teria. Mas uma personalidade manipuladora e que repete padrões, não necessariamente é um perverso. Só caso a caso. Mas, há algo sobre não suportar a queda do seu próprio narcisismo que é algo que acontece ao longo das experiências e pode ser que isso gere um comportamento controlador/ manipulador que acabe destituindo o outro, que talvez seja um caso de de neurose, mas só caso a caso. Sempre!

[@kyllnacastro1826]

Gostei desse momento. E do comentário @intimidadsublime

[@ESPEcast]

Que bom que gostou, Kyllna! 💙