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Canção: NUM FIM DE LIDA
Letra: Carlos Roberto Hahn
Melodia e Interpretação: Leonardo Charrua
Ritmo: Chamarra
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NUM FIM DE LIDA
O quero-quero, sem querer, anuncia o fim do dia,
que o sabiá já sabia, no berro do João-barreiro.
Então o dia descalça esporas pra um fim de lida
pra descansar as garras, na farra de um entreveiro.
A peonada de prosa no galpão golpeando um mate
nesse arremate de dia que os traz pro aconchego.
Um bom pelego amacia o banco do guitarreiro
que por lampeiro, pachola, tira notas assim al pedo.
Ah, os galpões acolhem reminiscências
das vivencias destes queras de fibra e raça,
pechando de frente o serviço com aporreados malinos
forjando o seu destino de quem marca onde passa.
Nestes galpões, em serões de puro telurismo,
o gauchismo macota dessa indiada ali se entrança.
E as guitarras desatam chamarras e chamamés
mostrando ali o viés de uma gente de temperança.
Mas quem taureia com a vida talariando desse jeito
tem no seu leito um sono que refaz as energias.
Madruga ao gosto terrunho com yuyos no mate amargo,
e encilha para o encargo da lida de um novo dia.
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