O mundo do avesso: verdade e política na era digital, com Letícia Cesarino e Paula Soprana

A Tapera Taperá e a Ubu Editora realizam o lançamento de "O mundo do avesso: verdade e política na era digital", com a autora Letícia Cesarino e a jornalista Paula Soprana, da Folha.
“Tal enunciado é fato ou ficção, original ou cópia? Quem é agente e quem é paciente, ação e reação? Tal comportamento é espontâneo ou manipulado, público ou privado? A intenção dessa pessoa é autêntica ou espúria? Em quem posso confiar?”
Em um mundo onde a internet se tornou massivamente disseminada, tornando-se a principal arena de comunicação política em diversos países, essas perguntas que fazemos no dia a dia são indícios da ascensão de processos como populismo, pós-verdade, negacionismo e conspiracionismos. A antropóloga Letícia Cesarino oferece aqui uma perspectiva inovadora para ler esses fenômenos, comumente explicados por causas políticas, econômicas ou conjunturais. Uma nova leitura da cibernética de Bateson permite ver esses processos em sua dimensão técnica, como um sistema que funciona por dinâmicas de estabilização, crises, inversões, polarizações e novas reorganizações, demonstrando a complexidade por trás da recente digitalização da política e da verdade.

[@barbaradebsilva]

Muito bom. Eu só não entendo que o letramento digital ou a consciência sobre o funcionamento dos algoritmos possa ajudar a usuária comum na ponta. Pode e deve ajudar na discussão para alguma forma de regulação e imposição de modelos alternativos. Mas, estar consciente não te tira do sistema. Simplesmente usar os apps já nos coloca refens dessa realidade.

sim, Debora, estamos de acordo. É preciso regulacao adequada, tributacao, modelos alternativas, etc... Agradecemos por acompanhar e comentar.

[@valterbenedito3974]

A Letícia pode ser , deve ser uma intelectual brilhante. Entretanto, espero estar errado, como essa linguagem esotérica, contribui pouco para com as pessoas comuns. O problema, também creio que estou errado, o grupo do outro lado se comunica bem com a maioria. Intelectuais para que? qual a contribuição efetiva para a sociedade?