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Dando continuidade à série PARQUES TÊM GENTE, conheça o caso do Povo Caatingueiro do pé da Serra da Capivara, no Piauí.
São comunidades tradicionais que apoiaram a criação de um parque para proteger esse importante patrimônio arqueológico, ajudando a localizar os sítios de interesse, abrir trilhas para chegar até eles e receber os pesquisadores.
Mas que depois foram retirados da área de forma não pacífica, tendo suas memórias descaracterizadas.
Uma história que gerou muitos traumas, que os filhos dessa geração vem tentando ressignificar, mantendo viva sua memória e cultura.
Essa apresentação do vídeo foi feita por Sócrates França, filho de uma das famílias expropriadas do parque no XI SAPIS (Simpósio Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social) realizado na USP em novembro de 2023.
Socrates se engajou na preservação do parque tornando-se condutor de visitantes. É membro fundador da Associação de condutores Tribos da Capivara.
Essa é uma Unidade de Conservação emblemática para a proteção da Caatinga, declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, mas que ainda tem poucas iniciativas que valorizem a humanidade que fez e ainda faz parte desse território de referência material e imaterial.
Esse é um caso que nos instiga a refletir sobre o direito dos grupos sociais terem suas memórias respeitadas e valorizadas.
Eles clamam também pelo direito de visitar seus lugares sagrados e de rezar pelos seus mortos sem serem acusados de estarem invadindo o parque.
Não há como reconhecer valores culturais da natureza sem reconhecer os povos e comunidades que compõem a natureza, ouvindo deles sua versão dos fatos e história.
Entenda melhor a problemática visitando o site do Instituto Olhos D'Água e o Centro de Memória dos Povos da Serra da Capivara www.institutoolhodagua.org.br...
Veja também a Carta-Manifesto em defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais cujos territórios foram inseridos em Unidades de Conservação de Proteção Integral
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