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Na semana passada comentei aqui com vocês sobre o escândalo na Petrobras, o já famoso petrolão. Esse escândalo atingiu agora os dirigentes e donos das grandes empreiteiras brasileiras, que, segundo eles mesmos afirmaram à PF, pagavam propina em troca de superfaturamento de obras na Petrobras.
Essas mesmas empreiteiras atuam também na Eletrobrás, construindo usinas produtoras de energia; essas mesmas empreiteiras constroem estradas, estaduais e federais.
Aí, você de casa, preste atenção na sua conta de energia, veja que o valor dela aumentou nestes últimos meses. Você não está pagando apenas o que consumiu de energia, mas a propina que o bandido engravatado recebeu lá na diretoria da empresa. Você pagou, com o seu salário.
Tem mais, além da energia mais cara de casa que você paga todo mês, você está pagando mais por cada produto que compra, porque o padeiro que produziu o pão que você comeu hoje cedo, também pagou um valor maior de energia para produzir o pão, e cobrou de você isso. O fabricante do produto que você adquiriu hoje - qualquer um - fez o mesmo, e você pagou a mais, porque no preço desse produto também a propina que o fabricante pagou na energia para produzir esse produto.
E as estradas? Nossas estradas são de péssima qualidade. Mal feitas, que têm um tempo de vida útil muito abaixo do que deveria ter, e certamente isso ocorre porque essas mesmas empresas pagaram propina para fazer em uma qualidade inferior, e mesmo assim recebendo um valor maior, porque no preço final tem que estar incluído a propina que ele pagou ao responsável pela obra.
Esse é o preço da corrupção.
É uma comparação forte o que vou falar, mas é necessária: a passividade do brasileiro faz com que pareçamos aqueles reféns dos extremistas doidos do oriente médio. Estamos ajoelhados, esperando apenas a hora que eles vão decidir cortar o nosso pescoço.