O queijo e os vermes, de Carlo Ginzburg

Vídeo 116
O século XVI com a recém-nascida Idade Moderna trouxe muitas e variadas agitações. A Igreja que continuava a mover uma luta encarniçada contra as heresias e práticas pagãs se via entrincheirada tentando eliminar os estragos causados pela Reforma protestante. As grandes navegações permitiam o contato com povos tão diferentes que alguns defendiam que esses não eram humanos. A Imprensa recém-descoberta propagava ideias consideradas inadequadas e perturbadoras. E o homem que até então estivera voltado para o mundo do Além, povoado por anjos e diabos se via obrigado a repensar a sua vida, o seu mundo, e, empreender complicadas e arriscadas mudanças de rotas. Esse será o século de Domenico Scandella, o Menocchio.
Referências:
Carlo Ginzburg - O queijo e os vermes: O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição.

[@rogeriolimaufrn]

Uma das melhores sínteses do livro. Parabéns e obrigado por compartilhar conosco.

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado Rogerio pelo retorno. Apareça. Abraços!

[@celsoprotocosmos]

Habilidade de professor. Abordagem metódica e equilibrada. Parabéns.

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado, querido!

[@silviafabro1701]

obrigado,vou ter que explicar o livro para meus colegas de classe do 1 ano ensino médio,deu pra intender direitinho 😄amei

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado Silvia pelo retorno. E parabéns para sua professora por estar trabalhando com o Carlo Ginzburg no ensino médio. Apareça. Abraços!

[@leilajennifer9672]

Muito bom e perfeitamente explicado, adorei!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado, querida!

[@prof.k.r.h.3531]

Muito bom!!! Excelente!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado, querido!

[@maracristinamachado3213]

Confesso que não conhecia o livro. Parabéns!

[@Caminhosdoimaginário]

Olá, Mara. Obrigado. Esse autor é muito interessante. Analisei no canal um outro livro de sua autoria: Os andarilhos do bem.

[@karolinesenadesouza5649]

Muito bom o vídeo, eu como está de hoje estou bastante satisfeita

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Karoline. Obrigado pelo retorno. Apareça. Um forte abraço!

[@roselimaria1333]

Muitíssimo obrigado pêlo resumo!!

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Roseli. Obrigado pelo retorno. Boa prova! Abraços!

[@luizfranciscosantanajunior8006]

parabéns ótimo vídeo

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Luiz. Obrigado pelo retorno. Apareça. Abraços!

[@lararesende6630]

Bela explicação!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado, Lara!

[@mlucaslucas47]

Muito bem explicado, obrigado!!

[@Caminhosdoimaginário]

Olá, Lucas. Obrigado pelo retorno. Apareça!

[@gabrielgomes9526]

To tendo que ler esse livro na faculdade e gostei muito da sua síntese.

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Gabriel. Obrigado pelo retorno. Apareça! Um forte abraço!

[@aquarelamoveis4648]

que explicação incrivel..ameii, parabens!!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado!

[@christianmoises8297]

Olá boa tarde. Podia fazer uma live com Osvaldo ou algum historiador sério sobre a origem da biblia .. nos concílios nos Canon sua estrutura etc... Acho q seria bem legal

[@Caminhosdoimaginário]

Olá, Cristian. Está marcada uma live com o professor Osvaldo para o dia 19 janeiro onde ele responderá a perguntas sobre o AT. Esteja presente e faça a sua. Anote na sua agenda para não esquecer. Forte abraço!

[@sebastiaotijuca8245]

É interessante essa questão de deixar claro o fato de Menóquio ser um fruto do seu tempo, isso esclarece muita coisa. Por outro lado, me parece que o grande barato do Ginzburg, assim como dos demais adeptos da micro história, é recorrer a um personagem como aquele moleiro e as circunstâncias decorrentes de suas atitudes, como forma de expor ao leitor a realidade de uma determinada época e sociedade. Gostei muito desse vídeo!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado pelo retorno, Sebastião. Apareça. Abraços.

[@sebastiaotijuca8245]

Valeu professor, o senhor leciona em alguma universidade?

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Sebastião. Fui professor durante 20 anos, lecionava Medicina Legal. Abraços.

[@wagner1056]

fascinate p min que estou começando agora, (historia) obrigado

[@Caminhosdoimaginário]

Olá, Wagner. A História é realmente fascinante e a história desse moleiro é um bom exemplo desse fascínio. Parabéns pela escolha do curso. Muito sucesso pra ti!

[@ISMEINEM]

Interessante como abordou a síntese do livro de Carlos Ginzburg, parabéns!

[@Caminhosdoimaginário]

Obrigado, querida! No canal faço a análise de uma outra outra do Ginzburg: "Os andarilhos do bem". Um bom final de semana!

[@mrsCiccone100]

É interessante pensar tbm que o Menocchio tinha essa sede de aprender, e tbm de passar aquilo que aprendia para frente e debater. Mas nem sempre tinha sucesso nisso porque vivia nesse vilarejo dd baixa escolaridade. Então ele queria ser ouvido pelos bispos, pelo Papa, e realmente consegue porque o Papa quando tem notícia do caso Menocchio (este já preso pela 2a vez) pede q se execute a pena, que de fato dá fim a vida do moleiro.

[@Caminhosdoimaginário]

c p Sim! O Menochio tinha uma curiosidade intelectual muito grande e sentia grande prazer na elaboração das teorias. Ele foi um sábio - alguém que se inebriava com o sabor do conhecimento. Quando debate com os clérigos do Santo Ofício que o condenarao, ele está tão feliz que esquece ou não se incomoda ou crê tanto nas suas teorias que não se atenta para as terríveis consequências do seu ato.

[@mrsCiccone100]

Caminhos do imaginário sim!! Ele tem uma necessidade imensa de se fazer ouvir, por mais pessoas próximas tenham pedido para ele ser mais comedido ele por vezes fazia justamente o oposto kkkk é um grande livro, Ginzburg fez mto bem trazer essa história do moleiro à luz! Eu fiquei mto impressionada.

[@user-fy4vw9xf5h]

Muito boa a explicação

[@Caminhosdoimaginário]

Olá, Mille. Obrigado pelo retorno. Apareça. Um forte abraço

[@user-fy4vw9xf5h]

@@Caminhosdoimaginário eu tenho que fazer um trabalho da escola que é baseado em defender as ideias de menocchio enquanto outro grupo o acusa.Quais argumentos seria possível usar a favor de menocchio? Se poder responder agradeço.

[@Caminhosdoimaginário]

Olá Mille, No vídeo deixo exposto várias qualidades do Menocchio, mas creio que uma das mais significativas foi o fato dele ter confrontado intelectualmente e teologicamente a poderosa Igreja da época. Menocchio não somente sabia ler (o que na época era uma raridade) como já havia entrado em contato com o islamismo, o protestantismo, os famosos relatos de viagens fantásticas como o de Mandeville sem esquecer o seu conhecimento de uma cultura pagã que sobrevivia por toda a Europa apesar do violento combate eclesial. Menocchio ao propor a sua inusitada crença de que toda a vida, os homens, os anjos e até mesmo o próprio Deus eram provenientes de um processo putrefativo e defende-la ao ponto de custar-lhe a vida foi libertário e muito corajoso para época. Ele criou toda uma cosmogonia na qual acreditava e defendia. Ao dizer que a Igreja estava errada, dizia que a poderosa Igreja podia ser questionada e não seguida, e, ao fazer isso, também estava defendendo o não pagamento dos tributos religiosos - o que não é pouca coisa. A sua doutrina era maluca? Não tão maluca quanto a que o cristianismo pregou e prega. Qual é a mais delirante; o fato do mundo ter nascido da putrefação ou o fato de uma virgem ter uma gravidez anunciada por uma pomba e mais, estar grávida de um deus que manda juntamente com mais dois, mas que forma somente um. Essa virgem irá gerar o filho do deus maior que já existe, mas nascerá como humano para morrer e depois voltar a ser deus. A cosmogonia do Menocchio me pareceu um pouco mais sensata.

[@user-fy4vw9xf5h]

@@Caminhosdoimaginário obrigada pelo retorno

[@otimistarj]

Menochio revela a imagem de uma sociedade mais justa projetada de maneira consciente num futuro não escatológico. Ele mostra que as utopias medievais faziam parte da cultura popular, não se tratava de obras da alta cultura apenas.

[@Caminhosdoimaginário]

Isso mesmo, Antonio!

[@samuelliragoncalvesliragon4989]

Ele tá certo não existe verdade e nem fé abosluta... E também acredito que a bíblia pode ter sido modificada pelo homem.... ninguém pode impor sua fé e suas ideias como verdade universal