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Nos últimos dias, muitas pessoas têm questionado a presença de símbolos maçônicos em igrejas e sinagogas, levantando a ideia de que a Maçonaria teria inserido essas representações nesses espaços sagrados. No entanto, essa percepção parte de um equívoco histórico e simbólico que precisa ser esclarecido.
A Maçonaria, por si só, não criou símbolos. Em vez disso, ela adotou e ressignificou símbolos que já existiam em diversas culturas religiosas e filosóficas, atribuindo a eles novos significados dentro de sua perspectiva filosófica e iniciática. Portanto, os símbolos encontrados nas igrejas são originalmente cristãos, e não maçônicos.
É importante destacar que a Igreja Católica sempre foi a maior instituição na utilização de alegorias e simbolismos para transmitir conhecimento e valores espirituais. Essa tradição está presente em sua liturgia, arquitetura, esculturas, vitrais e pinturas, sendo um dos principais meios de ensino religioso ao longo dos séculos. A Maçonaria especulativa apenas incorporou alguns desses elementos para seus próprios fins filosóficos, sem jamais ter sido responsável por introduzi-los no ambiente eclesiástico.
Além disso, é fundamental compreender o contexto dos pedreiros medievais, os mestres construtores das catedrais e monumentos da época. Esses artesãos eram, em sua maioria, católicos, pois a Europa medieval era fortemente cristianizada, e qualquer desvio desse padrão poderia gerar sérias consequências sociais e políticas.
Um exemplo claro dessa ligação com o cristianismo é o fato de que os pedreiros da Idade Média tinham como padroeiros São João Batista e São João Evangelista. Essa devoção não foi estabelecida pela Maçonaria, mas sim pela própria tradição dos construtores medievais, que viam nesses santos símbolos de fé e proteção para seu ofício.
Dessa forma, a ideia de que a Maçonaria teria "impregnado" a Igreja com seus símbolos não se sustenta historicamente. Os símbolos encontrados nas igrejas sempre pertenceram ao cristianismo, e a Maçonaria apenas reinterpretou alguns deles dentro de seu próprio contexto filosófico.
É essencial estudar a história e os significados dos símbolos antes de tirar conclusões precipitadas. A Maçonaria e a Igreja, ao longo do tempo, compartilharam símbolos comuns, mas cada uma com suas próprias interpretações e propósitos.