Pablo Marçal é a Martelada no Último Prego do Caixão do Bolsonarismo

O bolsonarismo está passando por um momento preocupante para a sua existência e relevância no futuro. O causador desses maus lençóis chama-se Marçal.
Para entender o bolsonarismo, precisamos entender alguns pilares desse grupo. A exigência número um é adorar Bolsonaro acima de todas as coisas e seguir as diretrizes passadas de cima para baixo.
Fato é que o bolsonarismo tem um caráter hegemônico em seu campo da direita - isso fica explícito quando, em dois mil e dezenove, assumiu o poder, no auge de sua força, e caçou muitos agentes de direita, marretando e excluindo todos aqueles que continham mínimas divergências.
Eram tratados como inimigos, e a máquina de destruição de reputações era ligada contra eles. A ideia final de tal atitude era se tornar o único legítimo representante da direita e anti PêTê, para que não houvesse nenhum concorrente à altura para ameaçar o seu poder.
Talvez tais artimanhas tenham sido aprendidas com Lula, que sempre foi hegemônico em seu partido - observe que Lula nunca criou um sucessor e, quando colocou alguém para disputar pelo PêTê, eram figuras muito apáticas e sem carisma, como Dilma e Haddad.
Bolsonaro, pelas sujeiras, está obrigado e refém nas mãos de um sujeito fisiológico que está captando todo o seu capital político e utilizando isso para extrair ao máximo. Exemplo: colocando Bolsonaro para apoiar Ricardo Nunes, candidato que já esteve ligado a Dória.
Para uma parte dos eleitores de Bolsonaro, mesmo dizendo que são bolsonaristas roxos, no fundo eles tomam algumas pequenas decisões contrárias, e parte do bolsonarismo, que está sofrendo com as circunstâncias da cidade de São Paulo, está insatisfeito com a atual gestão. Ou seja, é óbvio que não veem validade nem legitimidade no atual prefeito, mesmo este sendo indicado por Bolsonaro.
Eis que, nesse arranjo mambembe, Boulos, da esquerda, começa a crescer e dispara nas pesquisas.
Marçal entra no jogo, suga parte dos eleitores de Nunes, que retrai consideravelmente de trinta e quatro porcentopara vinte e três porcento. Marçal já conta com doze porcento em poucos dias.
E voltamos à questão inicial e principal do vídeo: como Marçal vai derreter o bolsonarismo? Primeiro, já mostramos que o bolsonarismo não está mais seguindo apoiando candidatos de direita, ou seja, não há mais legitimidade, tanto que grande parte dos eleitores já está buscando outras opções que não são aquelas indicadas por Bolsonaro.
Segundo, a máquina de moer, característica do bolsonarismo, de destruir qualquer pessoa que deseja ascender em seu campo de direita, está ligada contra Marçal há alguns dias e nada tem acontecido. Alguns bolsonaristas estão comprando, mas não é como se as redes de Pablo estivessem perdendo milhares de seguidores; muito pelo contrário, seu Instagram tem alcançado recordes de engajamento.
Na minha opinião, a máquina não vai funcionar porque ela não está tão poderosa quanto era antigamente e porque Pablo é muito grande. Ele é uma figura que alcança mais de cinquenta milhões de contas únicas em seu Instagram por mês, ele pertence a várias bolhas.
Em resumo, Pablo Marçal entra para concorrer, começa a tentar colar com parlamentares bolsonaristas, vai até Brasília, encontra desde parlamentares como Nikolas até outros menores, faz vídeos com eles.
Em São Paulo, na Alesp, estava querendo repetir o feito, mas Bolsonaro se antecipou e barrou todos os parlamentares do PL de falarem com Marçal.
Carluxo liga para os influenciadores para atacar Pablo Marçal. Não surte muito efeito, ele sobe nas pesquisas. Bolsonaro, desesperado, procura um vice bolsonarista para Nunes, com intuito de reverter a queda nas pesquisas. Trouxeram Mello Araujo, mas nada aponta no sentido de que dez pontos percentuais vão ser recuperados por tal jogada.
Não me parece que Nunes terá tração daqui para frente, e áos poucos esse resto de eleitores de Bolsonaro vai migrar seus votos para Marçal.
Me parece ser este o fim do bolsonarismo, surgindo uma figura de direita mais ativa, popular e com menos rejeição. Figura esta que o bolsonarismo não consegue eliminar - o grande problema está dado.
Talvez o bolsonarismo não acabe, mas fique restrito a uma pequena bolha de pessoas.

[@JoseCarlos-xm3mz]

Esse marsal acho que não vai dar.

[@JoseOrlandoFerreiraSantosSanto]

Pablo Marçal Pablo Marçal ? Quem é essa raposa para tentar pleitear o mito ? Se o mito apoiar ele ele pode até ganhar se não esqueça.