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Surgido no Rio de Janeiro do século 19 e depois difundido por todo o Brasil, o choro costuma ser desde então, na mão inversa, o ponto de encontro de instrumentistas brasileiros de diferentes procedências - seja nas rodas, nas salas de aula, ensaios ou palcos. No ano passado foi a vez dos integrantes do Trio Choro Brasil: o paulista Iuri Bittar (violão), o baiano Almir Cortes (bandolim) e o catarinense Bidu Campeche (pandeiro), atrações do projeto Pratas da Casa na quarta-feira (13/03), às 19h, no Auditório Radamés Gnattali, da Casa do Choro.
No repertório destaca-se também um encontro - entre os choros de Jacob do Bandolim e os sambas e canções de Chico Buarque, homenageados da noite. Do primeiro, o conjunto selecionou não só composições de sua autoria, entre elas as célebres “Vibrações” e “Bola Preta”, como também choros de outros compositores gravados por Jacob, como Ernesto Nazareth (“Fidalga”) e Pixinguinha (“Ingênuo”). Já de Chico Buarque são interpretadas - em versão instrumental - composições como “Meu caro amigo” (com Francis Hime), “João e Maria” (com Sivuca) e “Carolina”, esta última gravada por Jacob em 1968, no show que fez com Elizeth Cardoso e o Zimbo Trio.
“Claro que, na nossa seleção, privilegiamos as composições do Chico que fossem mais chegadas ao universo do choro, o que aproxima a música dele não só da linguagem de Jacob do Bandolim como também da nossa”, define Iuri, ex-aluno da Escola Portátil de Música (EPM), assim como Bidu Campeche, e atualmente professor de violão da EPM e da Casa do Choro. Seu encontro com o bandolim de Almir Cortes se deu, curiosamente, de maneira virtual, durante a pandemia, ao fim da qual fizeram shows e deram aulas de choro nos Estados Unidos.