Pecados, escândalos e a santidade da Igreja Imaculada

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Padre Paulo Ricardo

Padre Paulo Ricardo

Күн бұрын

O Cardeal Fulton Sheen já dizia com muita propriedade que existe "no máximo, uma centena de pessoas que odeia a Igreja Católica. Entretanto, existem milhões de pessoas que odeiam aquilo que acreditam ser a Igreja Católica - o que é muito diferente". Mais do que nunca, percebe-se a exatidão das palavras desse prelado.
Diante da enxurrada de notícias escabrosas envolvendo membros da Igreja Católica, surge uma pergunta: como reagir aos pecados e escândalos que envolvem a Igreja, sem contudo, perder a fé na santidade dela?
A Constituição Dogmática Lume Gentium é bem clara em afirmar em seu número 39 que "a Igreja é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa". Para entender essa afirmação é preciso encontrar a essência, a substância da Igreja Católica. Ela está na Eucaristia. O núcleo da Igreja é a Eucaristia, Cristo Vivo, Ressuscitado, que age dentro dela. Ela é o corpo de Cristo, é a continuação Dele ao longo da história. É viva. E os seus sacramentos que brotam da Eucaristia como um rio, são ação do Cristo Ressuscitado.
Sendo assim, o que se deve entender é que a Igreja Católica é santa, imaculada e indefectível, porém, seus filhos não apresentam essas mesmas qualidades, mas, nem por isso, são rejeitados. A Igreja os acolhe, os ama e vê como heresia qualquer movimento que afirme que a ela só pode pertencer quem for santo e imaculado. E essa condenação não vem de hoje, vem de Trento.
Portanto, as notícias que são veiculadas na mídia secular provém de uma abordagem limitada, da visão estreita de pessoas que não compreendem verdadeiramente que a Igreja é mãe e, como tal, não rejeita nenhum de seus filhos, mesmo que estes sejam como leprosos que precisam de cura como, de fato, todos são.
Mais do que reformas, a Igreja necessita hoje é de renovação. A reforma pressupõe mudança na estrutura, mas a renovação compreende a conversão pessoal, a mudança de si mesmo, a transformação da alma. Compreende enxergar-se a si próprio como o maior indigente, aquele em cujo coração nasce o primeiro escândalo. Aquele que é miserável por não ser justamente santo.

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