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O potencial de consumo da comunidade LGBTQIA+ atraiu a atenção da economia de mercado. Algo de fato positivo pela visibilidade e representatividade para a sigla. Mas, até que ponto as empresas estão realmente preocupadas com as causas da diversidade ou é tudo uma questão de oportunismo mercadológico? As empresas estão realmente contribuindo com a nossa pauta? Estamos sendo representados? Além disso, a inclusão pela habilitação econômica exclusivo quem não tem poder de consumo.
Referências de Estudos:
Um artigo referência da professora Lisa Peñarola, da Universidade do Colorado, Estamos aqui, e vamos comprar”, em tradução livre, de 1996, chamou atenção do marketing, ao apontar que há um profundo senso de pertencimento e validação experimentados pela comunidade LGBT de aceitação das pautas identitárias via mercado.
Renan Quinalha, Professor da Unifesp e ativista LGBT, reitera essa percepção. “Quando há certos interesses mercadológicos envolvidos, há uma possibilidade de reconhecimento de direitos. O movimento também entende essas brechas e aposta nisso como uma possibilidade de reconhecimento”. É uma relação em que todos se beneficiam ao exercer seus papéis no jogo. Mas faz uma ressalva: “A inclusão via consumo é mediada pelo dinheiro, pelo poder econômico que determina quem tem acesso ou não a esse reconhecimento”.
A identificação deste nicho, proporcionou uma atenção maior por parte das organizações a ponto de elas se dedicarem a pesquisas, atendimentos especializados e políticas capazes de atenuar o preconceito interno e externo de diversas instituições, como aponta Laura Bacellar (2008), autora o livro “O Mercado GLS”.
O texto “Pobreza e Gênero: a marginalização de Travestis e Transexuais pelo direito”, do Professor Fabio Queiroz e Jordhana Maria, da UFMG, corrobora com essa afirmação ao relatar que cerca de 90% dos travestis e transexuais sobrevivem de trabalhos informais e marginalizados, e vivem “em condições que não facilitam a inserção no mercado de trabalho ou, até mesmo, a possibilidade de frequentar cursos profissionalizantes, os transgêneros, muitas vezes, não têm opção, senão a de procurar meios de sustento na prostituição.”