Plotino - o UNO, o NOUS e a ALMA

Plotino - o UNO, o NOUS e a ALMA
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Esta é uma pequena introdução sobre a filosofia de Plotino e sua interpretação a respeito do Platonismo esotérico.
Referências:
*Os 100 maiores pensadores da Filosofia - Philip Stokes
*História da Filosofia tomo 1 - Giovanni Reale
*Enéadas de Plotino
*A UNIÃO DA ALMA E DO INTELECTO NA FILOSOFIA DE PLOTINO - Bernardo G. S. L. Brandão

[@socramversos]

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[@socramversos]

Repostado devido a falhas técnicas, peço desculpas pelos comentários perdidos.

[@danieloliveiradecarvalho8215]

"O modelo planetário de Laplace era matematicamente perfeito, e pela primeira vez na história o nome de Deus não havia sido invocado numa obra científica, fato este que chamou a atenção do todo poderoso Napoleão Bonaparte que convidou o cientista ao palácio imperial. O imperador (Napoleão) (...) era engenheiro e versado em Matemática (...) surpreso e entusiasmado pergunta-lhe (a Laplace) então:. _ Monsieur (...) como foi capaz de descrever, com tamanha precisão, o movimento dos corpos celestes, sem contudo mencionar, uma vez sequer, o seu Criador? _Vossa Majestade, não precisei dessa hipótese particular - repondeu-lhe Laplace, enfaticamente. Laplace, que começara a sua vida como seminarista e teólogo, acabara de decretar a separação entre Ciência e a Fé, que a partir de então passariam a seguir rumos distintos (...) Laplace só não explicou porque o Sol contém mais de 99 % da massa do sistema solar só tem 2% de seu momentum angular (quantidade de rotação) residindo nesse fato o maior problema de sua teoria que teve que ser totalmente modificada." Rocha, José Fernando et all in Origens e Evolução das Idéias da Física, EDUFBA, 2002, pgs 125-126. A mentalidade gnóstica (salvação por um "conhecimento ou iluminação especial") tende a ser totalizante e determinista e se repete ao longo da história recursivamete sob vestes diferentes, sempre opondo conhecimento e liberdade humana, vista como mera ilusão ou ignorância. A pretensão do ser humano "ser igual a Deus" conforme a promessa da serpente do Éden, o faz querer ser onisciente (Saber tudo, controlar tudo, saber não só todo o presente mas também o passado e especialmente o futuro, ou poder determiná-lo, controlá-lo). Assim se no passado esse presunção humana o fez buscar esse domínio e controle nas artes mágicas e divinatórias (prever o futuro), na modernidade isso descambou para as ciências, primeiro com o pensamento racionalista,(A deusa razão irá nos salvar), mecanicista/determinista na física (as equações de Newton e as dadas condições físicas dos problemas dos corpos dariam todas as informações passadas, presente e futuras desses corpos, tal enunciado é conhecido como o "demônio de Laplace", essa pretensão de construir uma mente onisciente) , química e biologia (organismos vistos inicialmente como máquinas, ou a tentativa de criar vida a partir da matéria inerte etc), passando pelo acúmulo de conhecimentos das várias escolas de psicologia e psicanálise, até chegar hoje na análise comportamental com ferramentas informacionais empregadas por analistas das redes, dados, softwares grandes bancos de dados como Big Data e Inteligência Artificial, usados para manipular e conformar as mentes humanas e seu comportamento às exigências das grandes corporações. Tal atitude (gnóstica, racionalista, determinista, mecanicista, reducionIsta, "científica") se opõe às Escrituras que afirma o livre-arbitrio do ser humano desde o início (com os limites gerais estabelecidos por Deus, ou o ser humano escolhe obedecer a Deus e seus mandamentos, a árvore da vida, ou escolhe um caminho que "aos seus próprios olhos parecem certos", mas que leva à morte (árvore do conhecimento do bem e do mal)), sendo a morte espiritual já a separação da fonte da vida, Deus. De forma mais geral, na Mecânica Newtoniana o futuro é determinado de forma unívoca se conhecemos as condições iniciais e todas as interações relevantes. Nesse sentido a ideia de "universo mecânico" é bem resumida pelo matemático francês Pierre-Simon Laplace, que escreveu em 1814:. 'Devemos entender o estado presente do universo como o efeito de seu estado passado e causa do estado futuro. Um intelecto que num dado momento, saberia todas as forças que colocam a natureza em movimento, e a situação de todos os itens das quais a natureza é composta, e se este intelecto fosse ainda suficientemente vasto para analisar todos esses dados, ele incluiria numa única fórmula os movimentos dos maiores corpos do universo e do mais leve átomo: nada seria incerto para tal intelecto, e o futuro, assim como o passado, estaria presente diante de seus olhos.'. A Mecânica Quântica rompe radicalmente com o determinismo causal Newtoniano (ou Laplaciano), ao introduzir o ACASO COMO CARÁTER FUNDAMENTAL. (...) mesmo quando dispomos de informação completa sobre o estado de um determinado sistema quântico, não é possível prever, em geral, o resultado de uma medida ou observação. Tudo o que a Mecânica Quântica fornece são PROBABILIDADES para os diferentes resultados possíveis. Física 4B, aula 7, CEDERJ, 2013. O Iluminismo e todos os seus frutos (secularismo, materialismo, niilismo, ateísmo, ideologias políticas modernas e etc.) tem sido um projeto luciferino sistemático de exaltação do Homem e oposição à Deus, entre seus frutos além do avanço na técnica e conhecimento científico estão aumento do ódios ideológicos, desagregacão familiar, aumento da libertinagem, ceticismo exagerado, 2 guerras mundias, revoluções, consumismo, poluição ambiental e etc. A Dra. Soshana Zuboff, pesquisadora desde o final dos anos 80 sobre as implicações e impactos sociais e psicológicos da tecnologia informacional sobre a sociedade moderna escreve sobre a visão totalizante, determinista e reducionista da escola psicológica do seu ex-professor, B. F. Skinner, defensor ferrenho do "Behaviorismo radical" conforme segue o trecho do recente livro dela, (importante obra em defesa da liberdade, ponto de vista essencial da tese de Zuboff, e da necessidade de conhecermos melhor as novas condições e ferramentas de controle da humanidade):"CONTRA A LIBERDADE. Em quase todo livro e artigo, Skinner declara a verdade que Planck (renomado Fisico) ensinou a Meyer (fez grandes esforços de exprimir observações da psicologia experimental em equações fisicas) e então Meyer transmitiu aos seus alunos, a singular verdade que pode ser apreendida do ponto de vista do Outro (No sentido de observar as ações do outro com mínima interferência como chave central para a psicologia behaviorista): 'LIBERDADE É IGNORÂNCIA. A experiência sentida do livre-arbitrio não passa de um pedaço de negação indigesta. Como Meyer e Planck antes dele, Skinner encarava a liberdade como um "acidente", argumentando que a noção de acidente é ilusória, uma foto instantânea no tempo que revela uma lacuna esperando ser preenchida e que será transformada pelo conhecimento que avança numa expressão de um padrão previsível e que segue determinada lei. Sob o olhar do behaviorista, essas lacunas de ignorâncias que cometemos o equívoco de chamar de livre-árbitrio formam uma fila à espera de explicação, mais ou menos como alguém que manda seu corpo para a preservação criogênica na esperança de algum despertar e cura no futuro.' No (...) extenso ensaio filosófico (de Skinner) publicado em 1971, (...) Para Além da Liberdade e da Dignidade, ele repete: "Não há virtude na natureza acidental (atos livres) de um acidente." Toda essa obra apontava o que Skinner continuava a encarar como o principal empecilho ao progresso social: a confusão conceitual que oculta nossa mais profunda ignorância nos sagrados mantos da liberdade e da dignidade. Skinner argumentava que a nossa lealdade a essas altivas noções é somente a forma de nos protegermos das duras verdades das 'insuspeitas relações de controle entre o comportamento e o ambiente." Elas são uma "rota de fuga" que se fecha devagar "à medida que novas evidências de preditibilidade do comportamento humano são descobertas. A isenção pessoal de determinismo completo é revogada conforme a análise científica progride (...) as conquistas pelas quais a própria pessoa deve receber crédito parecem se aproximar de zero (...) o comportamento que admiramos é, portanto, o comportamento que ainda não conseguimos explicar". Zuboff in A Era do Capitalismo de Vigilância , A Luta por um Futuro Humano na Nova Fronteira de Poder, Intrínseca, 2020, pgs. 412-413.

[@danieloliveiradecarvalho8215]

Platão diz que pela razão (nous) contemplamos as ideias, somente acessíveis aos deuses... O idealismo, o espiritualismo é muito forte e evidente na gnoseologia, (ou espistemologia??) platônica, ele chega ao monismo (como chegaram os sábios Egípcios e Hindus) admitindo a unidade absoluta de todas as coisas, o Uno (Crença monista, pan-mentalista e pan-vitalista retomada em Alexandria séculos mais tarde por círculos do Hermetismo) e daí a ilusão da multiplicidade aparente do nosso mundo.... Se os hebreus, povo "primitivo, nômades dos desertos" por revelação admitem que tudo vem de YHWH (transliteração do impronunciável Iud, Hey, Waw, Hey, o tetragrama, mas sintetizado seu significado na frase Ehyeh Asher Ehyeh, Eu Serei aquilo que Serei, do Êxodo ou Shmo"t, Nomes, 3.14 e 15. Assim o monoteísmo reúne num só Deus que sempre "será o que será", o Deus do devir, do vir a ser, causa de si mesmo, da vontade criadora e tornando-se no que Ele quiser, sujeito ativo no curso da história humana, ainda que concedendo liberdade de escolhas e ação a estes, Deus não é um mero objeto de estudo, o que o paganismo e panteismo necessitam de inúmeras divindades), e mostra que a polarização binária nasce na instância inferior da obra criativa de Deus (daí dia e noite, luz e escuridão, águas acima da Expansão e abaixo dessa, macho e fêmea, árvore da vida e árvore do conhecimento do bem e do mal, dualidade novamente, no meio do Jardim, que chamo de árvore da morte, consequências pesadas sempre sobrevém ao homem por desobedecer à ordem de Deus. Já temos aí algo muito semelhante a tensão das pulsões freudianas do Eros (vida) e Thanatos(morte), também. binária, obedecer aos mandamentos de Deus é comunhão com Ele, é vida, ou desobedecer é ruptura, é morte), porém Platão chega ao monismo e não ao monoteísmo hebraico. Um tenta explicar a essência do cosmos, a origem do mundo e das coisas, a continuação da physis, e daí extrapolar para a ordem do mundo, a nomos do nosso mundo, sempre apelando para os resquícios das harmonias contidos nos mistérios órficos (de Orfeu) e pitagóricos. A outra tradição revela o porque estamos na situação que estamos, aqui temos uma abordagem não da physis, mas teológica, teleológica, noética: o ser humano existe e foi criado por vontade de Deus, para adorá-lo e, sendo imagem e semelhança deste, deverá refletir suas qualidades aqui na Terra, principalmente seu Amor e o poder criativo, e entre esses, sua fecundidade de trazer à existência novos seres, já que o amor no seio familiar humano reflete bem todo o amor divino da família Deus e todas as suas criaturas quando estivemos em harmônia plena, sem a ruptura da queda primordial. Assim em sua narrativa aparentemente infantil, singela, mas na verdade polissêmica, as Escrituras nos revela nossa situação em relação à Deus, somos uma só família, Deus, anjos e homens, mas pela queda, a rebelião, estamos agora no seu desfavor até a consumação de todo o cumprimento do Gênesis ao Apocalipse pelos séculos e séculos. Em outras palavras, estamos impregnados do pecado (E no entanto queremos ascender à divindade por nossos próprios estratatagemas, artifícios, construir nossas torres até os céus ....queremos controlar tudo, queremos ser dignos de admiração e até de veneração....) decaídos, desamparados enquanto não remidos pelo cordeiro, e aceitação dessa via única de salvação, ou seja, estamos em toda nossa miserabilidade humana, no fundo de um poço sem fim...). Platão, se dirá, vai pela via racional, embora seu pensamento seja especulativo, e rastreável desde a sabedoria dos sacerdotes Egípcios, e análoga as especulações dos brâmanes hindus, enquanto Moisés parece romper com a sabedoria especulativa que ele mesmo aprende em "toda sabedoria do Egito" e inaugura toda uma teologia de nossa situação desesperadora humana imperfeita, decaída e que deve buscar a santidade por meio das ordenanças da única, suprema e última realidade e fonte total de esperança humana, o Deus YHWH. Daí porque a Revelação sempre repudiará a especulação puramente dita "racional", a salvação pelo dito "conhecimento" (a proibida Gnose da serpente que oferece o fruto proibido à Eva, ou a auto-iluminação de querer "conhecer a si mesmo, e assim conhecer os deuses", como estava escrito no templo Délfico, pois esses deuses são daimons feitos "a imagem e semelhança dos homens" com seus vários defeitos e voluptuosidades), pois "Deus apanha os sábios na sua tolice". Assim, as duas correntes são parecidas, semelhantes, mas são linhagens diferentes, uma tem de ser crida com fé, e levará ao Salvador, outra é potente em suas classificações, mas degenerará no neoplatonismo (Teosofia) inócuo e fantasmagórico da escola de Alexandria ( a cidade foi um centro de sincretismo entre as tradições Egípcias, Gregas, Judaica com reverberações das especulacões vindas até mesmo das longínquas Mesopotâmia, Pérsia e Índia, na cultura degradada do helenismo). Só mais uma pergunta: como e porque as estruturas da linguagem, ou da metalinguagem como a matemática veio a estar, e/ou se desenvolver na natureza humana ? PS: No capitulo 2 de Gênesis também mostra que Yahwéh cria todos os animais e os leva a Adão para que este lhes nomeie (nessa ocasião após todo seu trabalho de observar e nomear os animais, Adão descobre que lhe falta uma parceira correspondente, descobrindo sua solidão), assim as Escrituras revela a função intelectual e exploratória (pesquisa) do ser humano desde o começo.

[@Leuckart80]

Valeu!!👍👍

[@rodolfodossantosdefranca426]

Gostei muito. Quero conhecer mais sobre a metafísica. Abraço.

[@socramversos]

Tenho um áudio em podcast só da filosofia antiga dos pré socraticos até os estoicos.

[@rodolfodossantosdefranca426]

@@socramversos valeu Man, vou conferir tbm.... obg pelos conteúdos.....

[@nadirfaustino5229]

Plotino usou suas palavras para traduzir o budismo.

[@Gabryoola]

Muito bom.

[@mariaionealves3803]

Professor,o q.i está -12!Poderia explicar essas três categorias:a do uno,intelecto e o nous?

[@guilhermemendes4590]

Gostei. A musiquinha também (risos)

[@jrsena7s393]

Ótimo vídeo meu caro! Vc tem sido uma inspiração 👍🏾

[@thalissonlima2067]

Amigo, onde encontrar obras fidedignas de e sobre Plotino?

[@taniamarcinari5661]

Editora Polar é uma delas.

[@thalissonlima2067]

@@taniamarcinari5661 OBRIGADO!

[@adaovicente8524]

Amigo,eu tenho problemas em ter uma visão completa sobre a filosofia de cada filosofo.O que você me indica para superar isso?

[@marineterodrigues6867]

O Pai do Todo é inominável, inefável, luz e amor imensurável, o Uno é indescritível. Yaldabaoth é o cosmocrator da matéria, deus de Israel, YHWH, a antiga serpente, o malígno, o demiurgo, o pai da mentira e trevas pura. Não sou detentora da verdade, é uma conclusão minha após anos de estudos e pesquisas na gnose, apócrifos e bíblia.

[@yungnovv]

pra vc ele é jesus?