É muito legal ver seus comentários e como você se empolga com o seu trabalho...
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Obrigado!
@nataliabatatinha25278 жыл бұрын
Estou ansiosa para a entrevista do próximo vídeo, e estou indo comprar o livro na amazon fiquei com vontade de ler . 😘😘 parabéns pelo sucesso Senhor Ponto .
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Obrigado, a entrevista está muito boa para ver!
@suuh0158 жыл бұрын
Enterro Sem Defunto é um livro forte e poderoso! Recomendo!
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Também recomendo muito, um ótimo livro.
@aquelaMarinaOliveira8 жыл бұрын
Bom ver que a literatura policial nacional está arrasando!
@PontoParaLer8 жыл бұрын
=)
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Querida Marina, ansioso por ter sua opinião sobre Enterro sem defunto
@priscillaglassner8 жыл бұрын
Muito booom, a parte do Romance nesses capítulos de reencontro de Catarina e Alcides, que delícia sentir esse frio na barriga, e ao mesmo tempo que tristeza 😡 com esse final, porém é a realidade, a frustrante realidade. Final **
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Realmente, o final foi ao mesmo tempo um reencontro belíssimo como uma tragédia
@juliofluminense8 жыл бұрын
Esse livro é SENSACIONAL, assim como as outras obras do DANIEL BARROS. Vale a pena conferir. Na Amazon é possível encontrar este e outros livros dele, além de vários contos (digitais, bem baratinhos e muito bons!).
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Eu estou com o Mar de Pedras aqui em casa, em breve irei ler
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Meu amigo Júlio, aguardo a publicação do seu livro. abraço e obrigado pelo apoio.
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Caro Paulo, fiquei muito orgulhoso em ouvir você dizer que, Alcides é um grande (forte) personagem da literatura policial. Diferente do que se pensa, literatura policial é muito difícil de se escrita, pois não podemos deixar furos ou enganar o leitor. De fato quando Alcides, fala para Catarina que se ela precisar atirar em alguém que atire na zona T, foi uma deixa para que o leitor fique na dúvida, se foi ela ou ele que matou o delegado e o traficante. Quanto ao legado de Machado, quanta honra, acredito que devemos escrever deixando para o leitor a interpretação. o Capítulo em Ouro Preto é o meu preferido, não sou espírita, mas quem somos nós para saber o que é a religião "certa" ? Tenho vontade de postar aqui o capítulo de Ouro Preto, quem sabe...
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Sinta-se a vontade para deixar o trecho de Ouro Preto, é um detalhe muito bom do livro. Continue com o belo trabalho.
@Pris-Magalhaes8 жыл бұрын
Está sendo minha leitura atual. O livro tem uma forma de ler bem rápida e dinâmica, e uma pegada hot vista de forma masculina. Aliás não sei pq, mas Alcides me parece as características do próprio Daniel hahahaha...
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Pura ficção
@PontoParaLer8 жыл бұрын
Eu também fiz essa pergunta ao autor e ele me disse que tudo é pura ficção XD
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Priscila, aguardo seu comentário sobre o livro.
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
OURO PRETO... Acordaram cedo e abriram a grande e pesada janela de madeira. A vista fascinante das montanhas, uma bruma as cobria, sendo penetrada pelo nascer do sol. Distante uma igreja encravada entre as serras. Realmente não podia estar mais feliz. Catarina saíra do banheiro e, enquanto ele tomava banho, ela se vestia. E juntos desceram para tomar café. Carne de porco, torresmo, bolos, pães, doces, sucos dos mais diversos, frutas, leite, café, os famosos queijos e pães de queijo mineiros, etc. Acordaram famintos depois da noite de amor. O dia estava verdadeiramente lindo e a nevoa já se dissipara quando eles saíram para passear pela cidade. A rua do hotel desembocava na Praça Tiradentes, e eles atravessaram-na e foram em direção ao museu da Inconfidência. Começaram por lá as visitas aos monumentos históricos. Nunca vira algo tão magnífico e bem preservado, mas alguma coisa o tocou profundamente: quando visitavam um enorme casarão, agora transformado em museu, desceram ao subsolo, onde ficava a senzala, que era cavada nas pedras. Na realidade um tipo de caverna, escura e úmida. O pouco de luz surgia de uma pequena grade no alto. Alcides percebeu que tinha uma abertura estreita vinda do casarão e que desembocava em um também estreito fosso de pedra, ao lado de onde, segundo o guia, os escravos faziam as refeições, normalmente restos de comidas e partes de animais que não eram aproveitadas pelos seus donos. O guia informou que aquele sumidouro era a cloaca do casarão, onde passavam o esgoto da casa. Entraram senzala adentro e viram onde os escravos mais “rebeldes” dormiam, no fundo da “caverna”, onde correntes estavam encravadas nas paredes de pedras. Alcides sentiu uma sensação péssima, angústia e raiva, seu coração parecia ser esmagado. “Como? Como foi possível aquilo ter acontecido?”, pensou Alcides. “Como alguém poderia tratar um ser humano daquela forma?” Nem mesmo concebia a possibilidade de um animal ser tratado dessa forma. Sentiu como se ali ainda houvesse muita dor. As lágrimas escorreram involuntariamente sobre sua face e ele pegou Catarina pela mão e saiu antes do término da visitação. Entre os flashes das câmeras fotográficas ninguém percebeu sua saída abrupta. Voltaram direto para o hotel. Alcides não se sentia bem e pediu a Catarina para deixá-lo descansar um pouco. Quando chegaram ao quarto, a camareira estava terminando a arrumação. Era uma negra já idosa, seus cabelos brancos revelavam sua idade. Alcides estava pálido e seus olhos verdes azulados estavam vermelhos, o suor escorria em seu rosto. Foi direto para a cama e deitou de bruços. Catarina voltou-se para a camareira: - A senhora poderia pedir na recepção para chamar um médico. Acho que ele comeu algo que atacou o estômago - pediu delicadamente, enquanto elas caminhavam para a porta do quarto. - O moço esteve na senzala do casarão? - perguntou a velha. - Como a senhora sabe?! - exclamou Catarina. - Minha menina, faça-me um favor, vá você lá embaixo e peça à pretinha da recepção que faça o meu chá e traga aqui. - Quem? Na recepção? - Catarina estava confusa. - O nome dela é Maria José, é minha filha, ela vai saber qual é o chá. Catarina desceu atordoada, não entendia o que estava acontecendo, mas foi em busca do chá, sem nem saber o que estava fazendo. Fez o pedido à menina e pediu que mandasse levar ao quarto, voltando rapidamente. Quando entrou no quarto, a anciã estava sentada na cama, e Alcides sem camisa com a cabeça no colo dela, que acariciava sua testa e fazia uma espécie de oração. Ele parecia dormir, mas ainda suava muito. - Meu Deus! Ele não está bem! - falou apavorada Catarina. - Vou chamar um médico. - Alcides continuava pálido. - Venha cá, menina, sente do meu lado e pegue a mão dele. O moço só está sonhando - disse a velha de voz rouca, mas suave, que passava tranquilidade quando falava. - Mas ele está molhado de suor! Deve estar com febre - Catarina sentou na cama de frente para a anciã e pegou a mão de Alcides. - Ele não está quente! O que está acontecendo? - Nada, vai passar quando ele tomar o chá e acordar - respondeu a velha. Nesse momento Maria José chegou com o chá e entregou a mãe. Esta levantou a cabeça de Alcides e, com ajuda de Catarina, fê-lo beber. Em seguida enxugou o suor e pediu que Catarina ficasse no lugar dela. Catarina sentou e colocou a cabeça de Alcides no colo. - Agora pode ficar calma, menina. Ele vai acordar e tudo vai passar - falou a anciã. - O que está acontecendo? - perguntou Catarina, com lágrimas nos olhos. - Ele já esteve ali, já viveu isso, seu espírito nunca suportou tal situação. - A senhora quer dizer que ele já foi escravo? Eu não acredito nisso. - Não, minha menina, ele nunca foi escravo, ele morreria antes. Ele jamais aguentaria as correntes. - Mas eu não entendo! Então como ele já esteve lá? Ele começou a passar mal justamente quando viu as correntes. - O Sinhozinho quebrou muitas correntes e morreu por isso, lutando pra quebrá-las. - Ele foi um abolicionista? - Não - disse a anciã. - Não estou entendendo! - mais uma vez exclamou Catarina, atônita. - Ele ainda é! Minha menina. Agora preciso ir, quando ele acordar só vai precisar de você. E a anciã saiu do quarto levando a xícara vazia e fechando a porta do quarto atrás de si. No momento que Alcides acordou, Catarina chorava. - O que aconteceu, minha querida? Por que está chorando? - perguntou Alcides. - Você estava passando mal, suando muito, com febre... Com febre, não, mas suava muito e ficou desacordado. - Como desacordado? Só dei um cochilo, não dormi na viagem e acordamos muito cedo. - Não se lembra da senzala?... Não, deixa pra lá. - Claro que me lembro da senzala. Passei mal com o calor, mas pra ser sincero fiquei muito angustiado. - Viu alguma coisa? - Como assim? - Vulto, alguma pessoa? - Vulto, amor? Claro que não. Que besteira é essa? - Você não se lembrou de nada? - Claro que sim - Alcides ficou sério. - Lembrei da nossa terra, das fotos que fiz, e não quiseram publicar, lembrei dos canaviais e dos engenheiros agrônomos e gerentes de usinas, verdadeiros capitães do mato. Vamos mudar de assunto, que este me irrita! - É, você não foi, não. Ela tem razão, você ainda é! - e Catarina voltou a sorrir. - Do que está falando, minha querida? Os dois continuaram o restante daqueles dias em Ouro Preto, só que agora Catarina é quem queria ir aos barzinhos, nada de senzalas, igrejas ou grutas, nada que pudesse fazer relembrar o que o “sinhozinho” já tenha vivido... Na última noite resolveram jantar e ficar no próprio bar do hotel. Iniciaram o jantar pelo aperitivo típico mineiro: a cachaça, um item maravilhoso envelhecido em umburana. O jantar estava delicioso! Com a partida de Alcides marcada para o dia seguinte, o que eles queriam era voltar para o quarto e passarem as últimas horas que tinham juntos. Beberam, dançaram e conversaram muito pouco, apenas se olhavam e namoravam. A atmosfera estava perfeita e as palavras eram desnecessárias. Deitados, ele percorreu o corpo dela como um lagarto explora o deserto, sentindo as partículas do ar em busca de sabores e prazeres. Cada centímetro parecia quilômetros de um mundo inesperado; e todas as descobertas, com o prazer da primeira vez, lindo, louco e apaixonante. Dava medo, mas era infinito o desejo e a necessidade de descoberta, como um sonho que se realiza. A satisfação de cada centímetro transformado em realidade era alucinante! E aquele momento tornava-se um sonho real e ao mesmo tempo inimaginável, em que duas pessoas conseguem parar o tempo, onde não há pensamentos e tudo se dissolve num universo etéreo e infinito! E o prazer funde os corpos num só sentimento. Ela estava com a cabeça sobre o peito dele, ouvindo o palpitar do seu coração se acalmando e seu corpo lasso e esmorecido. E quando já se sentia morto. Sentiu as mãos dela a ressuscitá-lo e a reascender-lhe a vida; e assim ele pôde perceber que estava preso, entrando na mais bela prisão perpétua. Era um animal feroz que precisava ser condenado e enjaulado. Observava suas pálpebras abrindo e fechando; ela com seus belos lábios sorvendo a pureza da paixão vivida e tornando-o o mais vivo de todos os seres da Terra, ao tempo que o virava ao avesso, deixando agora o mundo preso e eles no momento mais pleno de felicidade, que é o amor.
@priscillaglassner8 жыл бұрын
GENTE eu nao pensei nisso, será que o Alcides nao morreu??? DANIEL???
@PontoParaLer8 жыл бұрын
O legal de trocas de experiências de leitura é isso né, descobrir outras interpretações e saber o que outras pessoas sentiram com o mesmo livro.
@DanielBarrosESCRITOR8 жыл бұрын
Pri, o bom da literatura são as várias interpretações. Grande abraço