Engraçado. Há já não sei quanto tempo uma jovem realizadora - tenho o pequeno privilégio de poder lhe chamar jovem - atirou-me à cara com o privilégio, não branco, mas masculino. Para mim foi o fim da conversa. Mas não a bloqueei! De facto estávamos a ter uma pequena conversa. Sobre um pequeno trabalho publicitário dela. Ela tinha feito o trabalho e eu tinha-o visto. E aquilo era sobre algo que me era particularmente caro. Não por força de qualquer privilégio meu. Por força de eu ser doente. Isto de ser doente costuma dar lugar a , não privilégios, mas a compensações que nunca compensação. Mas no meu caso eu sequer tenho tido direito a tratamento gratuito. Sei que aquilo foi uma coisa que a jovem fez para sobreviver. E eu não me encontrava em situação de lhe encomendar uma coisa daquelas para ela sobreviver. Mas só conversávamos. Não lhe estava a cobrar nada excepto a tomar algum do seu tempo. Mas suponho que em troca lhe estava a dar alguma coisa. Agora o privilégio masculino... o meu privilégio masculino não me livrou de eu como doente ter sido fodido (em sentido figurado) por mulheres enquanto médicas.
@luisteixeiraneves42113 жыл бұрын
Eu não sou homo-sexual. Podia talvez dizer isto de outra maneira. Até hoje não apareceu ninguém na minha vida que me fizesse sê-lo. Mas admito que muita gente alguma vez pensou que eu fosse homo-sexual e eu nunca me dei ao trabalho de desfazer tais equívocos. Talvez tenha sido prejudicado por isso. Mas não poucas vezes defrontei-me com homo-sexuais. Por exemplo, em situações em que eu era aluno deles e eles eram meus professores. E por vezes, de forma bastante clara até, aconteceu a abordagem sexual dar lugar ao assédio moral. Acho que por mais do que uma vez acabei por ser bastante prejudicado. Claro que entretanto tempo passou e isso agora pouco importa.
@luisteixeiraneves42113 жыл бұрын
E o nosso "privilégio branco" agora mesmo, aqui, em plena "pandemia"?!
@luisteixeiraneves42113 жыл бұрын
Privilégio branco num país esmagadoramente branco, não sei muito bem o que é. Se fosse esmagadoramente preto entendia melhor. Sou do Porto e até muito tarde não se viam muitos pretos na cidade. Suponho que ainda não se vêem. Num ambiente assim, esmagadoramente branco, o que me parece é que há brancos que são priviligiados e brancos que o não são. O Miguel Vale de Almeida, por exemplo, é um branco relativamente privilegiado. Como professor universitário, é-o. Como professor universitário com acesso aos media, é-o. Idem, com acesso à política e aos partidos políticos, idem. E como homo-sexual? E como "amigo de Israel"?
@obillyg4 жыл бұрын
☑️☑️
@luisteixeiraneves42113 жыл бұрын
O "privilégio branco" dos palestinianos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e mesmo em Israel é FODIDO!
@dackdoy5 жыл бұрын
Sim.. análise corretíssima..
@luisteixeiraneves42113 жыл бұрын
Tudo isto acaba com sectores de homo-sexuais a apoiar activamente (ao nível da propaganda) todas as barbaridades praticadas pelo estado israelita, por exemplo, contra os palestinianos o que não deixa de ter muita graça. E quando apanhados em plena actividade pró-Israel e denunciados - porque a coisa é muito nojenta - bloqueiam. Não é, Miguel Vale de Almeida?