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@isoletetonelli10934 жыл бұрын
A analogia da vela e a chama é perfeita
@SarahCrow215 жыл бұрын
Finalmente alguém soube explicar de forma clara e objetiva 🙏🙏🙏Maravilhosa explicação, mais claro que isso impossível.
@juliocesarsilvalopes Жыл бұрын
Budista mau humorado ! Forma respeitosa de se referir 👏🤘
@cristinasilveiradefaria42123 жыл бұрын
Mto bom. Bom te ver
@Sandra-hn5yl9 ай бұрын
Eduardo, muito bom o seu vídeo! Explicou muito bem a questão do não-Eu. Muito obrigada. Consegui entender até bastante coisa do que explicou ... mas, me diga, senão há um Eu, como existem pessoas que trazem memórias perfeitas de uma vida anterior?! Existem crianças até, que trazem memórias carregadas de identidade, e que mais tarde são comprovadas. Eu entendo que agora elas não sejam as pessoas que foram, mas e as memórias? Se para existir um Eu, esse eu são às memórias, como explicar essa questão tão delicada?
@Tendrel9 ай бұрын
Os Budas são também oniscientes. Eles sabem todos os detalhes das vidas passadas deles, mas também de todos os outros. Quanto há clareza, através da prática de meditação, se pode acessar conhecimentos não imediatos, e coisas que não podem estar 'dentro do cérebro'. É o siddhi que algumas vezes chamam de clarividência. É claro que se hoje em dia uma criança lembra meia dúzia de nomes e escolher certos objetos que pertenceram a ela, isso já é visto como um milagre. Mas o Buda podia descrever as machinhas da semente que um dia comeu enquanto pássaro 2300 vidas antes. Ou a que você comeu.
@Sandra-hn5yl9 ай бұрын
@@Tendrel entendi, mas a minha questão é ainda sobre o Eu ou não Eu.. Senão tem o eu, quem é essa identidade que uma pessoa comum se lembra sem o menor esforço?! Essa é uma questão muito inquietante para mim. Não refuto em nada a acuidade.. Acho inquestionável, Mas quem fica afinal de contas depois da morte?! Senão eu, quem?
@Tendrel9 ай бұрын
Memória não implica eu, senão qualquer fichário ou computador que registra uma câmera de segurança seria uma pessoa, e a gente precisaria dar direitos humanos pra ela ou algo assim. Então, no budismo não tem eu, e qualquer funcionalidade que você vê numa pessoa é uma reunião de causas e condições. O que o budismo ensina é que, devido a um apego muito forte e ignorância, tentemos a rotular essas experiências como um 'eu', e isso nos faz sofrer. Então claro que todo nosso senso de segurança está numa aposta sobre esse apego, e quando a gente vai estudar budismo essa grande aposta se mostra uma grande roubada, e algumas vezes isso nos deixa nervosos. Porém, com essa aposta no eu, você já tem perdido por vidas incontáveis, e se vc se fiar de novo, só vai perder de novo. É desnecessário sofrer assim.
@shirleykozlowski72064 жыл бұрын
Muito profundo!🙏🏼🙏🏼🙏🏼🙏🏼🙏🏼
@onassisbruno2 ай бұрын
Me perdoe a pergunta. Porque o Zen não acredita em renascimentos? Como surgiu essa dissidência?
@Tendrel2 ай бұрын
Não é o zen. São alguns dentro do zen e muitas pessoas que se interessam no zen. E também não é sempre que negam, alguns vezes só não enfatizam. Isso se dá pelo colonialismo europeu, e pela subserviência de alguns budistas perante a prospecção de alunos que tenham dificuldade com essas ideias.
@lucianamoreira51805 жыл бұрын
Como o budismo define o eu? Seria apenas os rótulos, os papéis que representamos ao longo da vida? A nossa personalidade corrente, o ego? E o continuum mental é uma manifestação do ser, como uma consciência que permanece geração após geração, vida após vida? Qual a definição de mente? Seria algo como o espírito, que sobrevive à morte e não tem forma, nem corpo? Seria como o self? Estou com muitas dúvidas. :/
@Tendrel5 жыл бұрын
A definição de eu no budismo depende da escola. Algumas escolas definem o eu como um rótulo colocado sobre os agregados. A escola que todas as formas de budismo tibetano aceitam, a madhyamaka, define o eu como um rótulo colocado sobre os agregados (forma, sensação, percepção, formação mental e consciência), porém um rótulo colocado de forma *equivocada*. Isto é, é um rótulo que não se aplica bem, como quando vc coloca sal no açucareiro, e quando vai adoçar o açúcar, acaba colocando sal. Isso é o eu, algo que a mente toma como açúcar, mas é sal. Na verdade, a analogia não serve tanto, pq o sal é útil para salgar a comida. É como se tivesse algo totalmente inútil, ou veneno, no açucareiro. > Seria apenas os rótulos, os papéis que representamos ao longo da vida? A nossa personalidade corrente, o ego? Essa pergunta é invertida no budismo. Isto é, já que consideramos tantas coisas como sendo o eu, ele não faz sentido. O budismo não define o eu, ele pega suas definições e diz "mas assim não funciona". Eu não uso a expressão "continuum mental", embora alguns autores budistas a usem, eu acho que confunde mais que explica. O que se quer dizer por continuum é apenas o fato de que ações negativas produzem sofrimento, e ações positivas produzem felicidade. A ligação entre causa e efeito é um continuum, e o que nós novamente erroneamente, e vida após vida, viremos a identificar como um eu é uma coleção dessas felicidades e sofrimentos e também a energia de hábito que produz mais ações que produzem mais felicidade e sofrimento. Quanto os autores usam continuum mental sem explicar como isso é prosaico, algumas pessoas se apropriam desse termo e transformam numa espécie de alma, ou espírito. Mente é aquilo que é capaz de conhecer, aquilo que é capaz de cognição. > Seria algo como o espírito, que sobrevive à morte e não tem forma, nem corpo? Seria como o self? Não, caso fosse, o budismo seria eternalista. A mente é uma série de continuidades e descontinuidades embasadas em causas e condições. Alguns autores separam mente e natureza da mente, que é a cognição pura, sem separação sujeito e objeto. Essa cognição, portanto, não é um objeto, não está no tempo e no espaço, e não tem peculiaridades, pessoalidade, duração, e não surge nem desaparece, isto é, não nasce nem morre. Então no budismo não existe nada que "sobreviva a morte", mas existe algo que não nasce (e que portanto, não tem concepção de morte). Se você, através da instrução de seu professor e da prática encontra isso, é algo que ajuda bastante para lidar com todos os problemas.
@lucianamoreira51805 жыл бұрын
Obrigada, Eduardo. Mas ainda está confuso para mim. Irei refletir sobre o que vc escreveu.@@Tendrel
@Tendrel5 жыл бұрын
Normalmente os praticantes estudam esse tópico por alguns meses, várias horas por dia. O ideal é pelo menos receber ensinamentos orais sobre isso por 20h ou mais, com perguntas e respostas. Resta saber que o budismo nega a existência do eu (todas as escolas sobreviventes), e o budismo tibetano e outras formas de budismo que aceitam a madhyamaka, negam a validade convencional do eu também, isto é, para todas as formas de budismo o eu não existe de forma definitiva, em nenhuma escola se aceita que ele exista de forma relativa (como os existentes concretos e abstratos normais com que nos relacionamentos, gatos, números, etc), e na madhyamaka não se aceita sequer a validade convencional do eu. sabendo isso, a pessoa estuda primeiro para saber se o que o budismo fala faz sentido, e se ela é capaz de entender isso. Depois disso resolvido em alguma forma, ou pelo menos da pessoa desconfiar que o que o budismo propõe é fato, é verdadeiro, ela pode então PRATICAR para remover os hábitos que ocorrem em torno do eu. Isso está diretamente ligado a evitar o sofrimento para si próprio e para os outros.
@lucianamoreira51805 жыл бұрын
@@Tendrel Desculpe se estou sendo insistente, é que estou tentando entender essa questão, para verificar se faz sentido para mim. Consigo compreender que não exista um eu, no sentido de pessoalidade, identidade. Contudo, no final, vc afirma que "no budismo não existe nada que sobreviva à morte, mas existe algo que não nasce (e que, portanto, não tem concepção de morte)". Então, se algo não nasce, nem morre, por consequência, não seria eterno? Ou infinito?
@Tendrel5 жыл бұрын
É simples. Se tiver duração ou se se transformar com o tempo, ou for um objeto, nesse caso afirmar uma coisa assim seria igual ao teísmo das tradições não budistas. Então não é eterno, porque não dura no tempo, não se transforma, não nasce, não morre, e não pode ser apontado como um objeto, e não tem existência (porque normalmente existência é de algo que surge e desaparece), se tem algum tipo de "existência" é como um não objeto, não temporal, não sujeito a transformação, não sujeito a quantidade ou espaço localidade. Por exemplo, os seres no reino dos deuses da não forma tem uma experiência infinita e que acreditam que seja eterna, pq dura muito tempo. Mas esse estado é apenas ignorância. Então quando se fala de natureza aqui, não se está falando de nada eterno ou a que se possa afixar um termo espacial ou matemático como "infinito". E também é preciso ter o maior cuidado para não transformar isso novamente num deus, eu, essência, objeto independente etc. Caso contrário, é como as crenças das tradições não budistas, que não levam à iluminação.
@luannborges9567 Жыл бұрын
Então o eu não existe porque vamos mudando, fisicamente e mentalmente?
@Tendrel Жыл бұрын
Esse é um indício. Existem várias reflexões e treinamentos para reconhecer a inexistência do eu, e essa é uma delas. Acessível, fácil de entender.
@luannborges9567 Жыл бұрын
@@Tendrel Nossa muito obrigado! Já havia muito tempo que estava tentando intender isso, e no seu vídeo foi mais fácil de compreender.
@TheFelipeCN5 жыл бұрын
Pelo que entendi o renascimento é a reprodução de um resultado baseado em certas causas e em certas condições que se repetem e criam os mesmos resultados. A gente rótula esses resultados iguais como se fossem as mesmas pessoas renascendo. Mas não existem pessoas renascendo porque não existe nada intrínseco a elas. Mas com base nisso (se eu estiver certo) como isso pode acontecer com objetos inanimados?
@Tendrel5 жыл бұрын
Não entendi. Você está falando do nirmanakaya do Buda, como varetas de merda ou estátuas? Normalmente não há renascimento de seres inanimados.
@yggdrasillbr11805 жыл бұрын
Caro Padma Dorje, É possivel voce fazer um video distinguindo o renascimento da tradição budista, a redenção da tradição cristã e a reencarnação da tradição espirita
@Tendrel4 жыл бұрын
Eu acho que quando falei de renascimento, a diferença sempre fica bem clara. Eu temo fazer um video citando diretamente outras tradições porque essa pode ser uma atitude considerada intolerante, principalmente considerando o fato de que eu não me interesso e não conheço muito o kardecismo, e a redenção na tradição cristã nunca é sequer bem comparada com moksha, nirvana ou liberação completa -- já que são coisas claramente muito distintas.
@yggdrasillbr11804 жыл бұрын
@@Tendrel Obrigado pela resposta
@agostinhoordonez666110 ай бұрын
Um assunto complexo a sua explicação é bastante plausível 🙏