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A Pata-de-vaca (Bauhinia forficata Link) é uma árvore única em suas características, entre elas suas folhas, com formato similar aos cascos dos bovinos, justificando o nome popular da espécie. Outra particularidade está nas flores, as pétalas não são totalmente unidas, formação pouco comum dentre as angiospermas.
Entre as árvores do gênero existem por volta de 300 espécies, muitas delas semelhantes e leves variações em tamanho e cores das flores. É uma planta espinescente, seu tamanho varia entre 5 e 9 metros de altura com um tronco tortuoso. Os frutos em não são comestíveis para os humanos, embora análises bioquímicas revelaram grandes quantidades de proteínas e lipídios nas suas sementes, evidenciando potencial de auxílio na substituição da alimentação humana de proteínas animais, ou ainda ampliando nosso repertório alimentar, integrando a lista de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs).
A árvore floresce a partir do final do mês de outubro até janeiro, enquanto a maturação dos frutos ocorre nos meses de julho até agosto e suas sementes podem ser colhidas diretamente da árvore ou no chão, quando iniciarem sua abertura espontânea. Em relação à produção de mudas, é necessário colocar as sementes em substrato organo-argiloso assim que colhidas, se maduras. Necessita de meia-sombra para melhor desenvolvimento, com duas irrigações por dia e com média de 20 dias até a emergência, possuindo taxa de 30% de germinação.
A Pata-de-vaca possui distribuição desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Apaixona todos que possam admirá-la, por conta das suas flores vistosas, que conferem alto potencial paisagístico. É considerada pioneira e cresce rápido, então também possui um grande valor para áreas degradadas e ocorre quase sempre em formações secundárias, sendo rara a sua presença no interior de mata primária densa.