Eu não li esse, mas já li uns 3 ou 4 outros dela. Os comentários que você fez servem para todos. Eu inventei esse termo "Naturalismo Exploitation" pra descrever o que ela escreve. Porque tem sempre uma abordagem do que pior pode acontecer com as pessoas que trabalham nesses empregos pouco reconhecidos e que fazem o que mais ninguém quer fazer. Tipo o cara que recolhe bicho morto, o cara que abate gado, o cara que trabalha numa carvoaria, um que recolhe lixo etc. E aí ela pega esse mote e dá esse ar de cinema exploitation. Então o cara que recolhe lixo, vai ter que brigar com um pitbull e jogar ele na prensa do caminhão. O cara que trabalha na mina de carvão, vai ter que queimar gente porque o crematório da cidade não tá funcionando. Coisas assim, que você veria fácil num filme do Tarantino ou do Robert Rodriguez. Além do humor absurdo misturado com violência que combinam com essa estética. Ex: Em um dos livros tem um cara que doou um rim pra irmã e depois foi pegar de volta porque brigou com ela. Eu estranhei a primeira vez porque não esperava que fosse pra esse caminho, mas depois que pensei que tava lendo um "naturalismo exploitation", o estranhamento passou e eu curti mais. Acho divertidíssimo. xD
@beybladepaulobastos4 жыл бұрын
Essa história do rim tem um desfecho mt bom skskksksksk
@moro94954 жыл бұрын
"Naturalismo exploitation" é um termo perfeito!
@EldonEvangelista4 жыл бұрын
@@beybladepaulobastos ahahahhahaha sim. Pqp
@leomirzero30782 ай бұрын
Boa análise
@higorcardoso63164 жыл бұрын
Acabei de ler e joguei na busca do KZbin e caí aqui... eu confesso que não sei o que achei do livro... tá longe de ser ruim, mas mais distante ainda de ser um livro memorável. Parece um jogo de vídeo game, onde o personagem tem que sair de um lugar para chegar em outro, e a medida que se aproxima do chefão as fases vão se tornando mais difíceis.
@Fernanda-mn3rnАй бұрын
Fiz a mesma coisa. Achei o final meio fuen.
@senhoritah.80844 жыл бұрын
Também senti que ele parecia um filme... quanto à presença da fé achei que na verdade até estava bem presente no contexto geral da cidade
4 жыл бұрын
Engraçado que eu achei que tinha Deus demais nesse livro, já que falta o estado - todos os rituais do ex padre, o carro de som do pastor, o círculo de oração no meio do mato. Acho que, quando se lê outros livros dela (onde o Edgar Wilson se repete e algumas ideias desses trabalhos sujos também), a gente percebe que a grande tese da literatura dela é a de que deus não tá nem aí pra nada e de que tem uma galera que se acha tão a imagem e semelhança de deus que faz a justiça por ele.
@arianesecondo257 Жыл бұрын
Eu li muito rápido e gostei. Achei que ficaria muito bom em roteiro para filme, tirando a parte das explosões da pedreira…
@leosmi13 ай бұрын
VAI SAIR UM FILME COM O SELTON MELO
@netaniascastro99485 жыл бұрын
Quarta e domingo é do caralho pra quem acompanha o Livrada! Essa coisa do livro parecer filme é uma possibilidade da literatura contemporânea, que passa a trazer influências de outras mídias além do papel impresso, se bem que, nesse caso, essa parada pareça bem extravagante.
@denisejoao5 жыл бұрын
Eu vi a Ana Paula Maia e o Santiago Nazarian no Sempre um Papo e achei ela muito leve e tranquila, o oposto do que me parecem seus livros. Já coloquei alguns na lista de desejos, mas ainda não me deu vontade de lê-los; acho que não estou preparada, sei lá.
@santiagofernandesdeoliveir34005 жыл бұрын
0:45 - O livro dela que ganhou o São Paulo de Literatura foi o "Assim na Terra como embaixo da terra".
@annasantos67165 жыл бұрын
Ela venceu dois anos consecutivos
@santiagofernandesdeoliveir34005 жыл бұрын
@@annasantos6716 Sim, tem razão!!
@gugaemc5 жыл бұрын
Já li Ana Paula Maia, acho que todos os livros dela são assim. Eu gosto muito. Se tivesse um adjetivo, eu diria tarantinesca.
@iuritavares27525 жыл бұрын
O A-U-G-E
@anapaulabellot2 жыл бұрын
Acho esse livro melhor que "Assim na terra como embaixo da terra" mas ambos têm os mesmo problemas (só que o segundo em maior proporção): repetição de verbos, cenas super curtas que poderiam ser mais longas e problemas de continuidade. Parece que não tem uma revisão, sei la. Eu adoro a temática e acho excelente ela escrever sobre isso. Já vi gente enchendo o saco da Ana Paula Maia pq ela não escreve sobre mulheres etc. Quero que ela escreva mais.
@mahdevi5 жыл бұрын
Ainda não li o livro, ta na minha lista desse ano. Achei engraçado falar que o estilo parece de série da netflix, levando em conta que ela escreveu uma série que sai esse ano na Globoplay
@guilhermelopes3515 жыл бұрын
Muito obrigado Yuri e Murilo, gosto demais do canal e me sinto sempre conversando com amigos! Quanto ao livro e à autora, concordo muito com o que você disse e com essa sensação de estranhamento. Refleti um tempo sobre pq esse universo me soava tão esquisito e aí percebi que a loucura toda do cenário de "Enterre seus mortos", por alguma razão, me remetia mais a uma coisa meio beckettiana, no sentido de um recorte alegórico que representasse o absurdo e as contradições da realidade, daí a busca religiosa que não chega a um fim satisfatório, a repetição maquinal e alienada de uma tarefa como a de recolher animais mortos da estrada, o próprio destaque para a morte, como fenômeno aleatório, inescapável e idissociável à lógica igualmente absurda que os personagens aceitam para continuar vivendo. Até aí, ok. Mas me parece que, ao flertar com o gênero policial, o qual tem uma preocupação muito maior com a verossimilhança para que funcione e atinja o leitor, essa combinação causa um certo desconforto. Até mesmo romances policiais que buscam assumir um tom alegórico ou estabelecer analogias políticas, sociais, filosóficas, etc para além da trama detetivesca ou de suspense, geralmente deixam essas características na sutileza do segundo plano, funcionando, antes de mais nada, como boas histórias policiais com maior grau de conexão com uma realidade que minimamente faça com que o leitor acredite e compre as situações apresentadas, como é o caso dos livros do Paul Auster e, de maneira ainda mais sutil, das obras do nosso querido Mussa. Fora que, para além disso, há um elemento de cultura pop bastante presente, que acrescenta um ar menos preocupado e mais divertido para as situações apresentadas. Agr se essa sobreposição de tons e intenções faz o romance da Ana Paula Maia não funcionar, eu não sei: por um lado, é corajoso e te tira de uma zona de conforto pela sua aposta inusitada do ponto de vista da construção, mas por outro, essa mesma solução pode afastar o leitor e possibilitar leituras que comprometem o livro, como o problema argumental das contradições daquela sociedade em que nada funciona, com exceção de uma tarefa bastante secundária, ou até as relações políticas duvidosas que se podem tirar da obra, como a que você fez entre Estado e religião, o que soa bem esquisito, realmente. Um abraço!!
@tilfepo94865 жыл бұрын
Um excelente 2020! Respondendo: não li, agora lugar assim existem no Brasil, onde só o inusitado ainda funciona.
@AHoraeAVezdaPoesia5 жыл бұрын
Insight interessante esse da ausência de Estado e ausência de Deus. Li da Ana Paula Maia o De Gados e Homens, e é um livro estranho também. Nele o mesmo Edgar Wilson trabalha em um frigorífico. Dá a impressão de que é uma literatura muito influenciada por séries e filmes americanos. É uma escritora interessante por essas esquisitices, quero ler mais coisas dela ainda. Sobre essa coisa de o livro parecer argumento de filme, acho que não a toa esse De Gados e Homens tem "booktrailer" no KZbin.
@rovedacri5 жыл бұрын
Tentei ler, mas não passei da página 16. Não é pra mim.
@robertquintino92123 жыл бұрын
A narrativa da história é muito boa, mas o livro é muito esquisito, achei o desfecho meio fraco tbm. Uma coisa que me incomodou foi não colocar nomes comuns no Brasil na maioria dos personagens.
@mariobarreto4 жыл бұрын
Fala Yuri! Também não gostei do livro, concordo contigo em praticamente todos os pontos, desde o nome do protagonista e a repetição dele (poderia substituir às vezes por Ed, ou só Edgar, mas não: era sempre Edgar Wilson, Edgar Wilson, Edgar Wilson). E também repete trocentas vezes que ele tira um cigarro pra fumar, enfim. Personagens ficam rasos, narrativa fica vazia.
5 жыл бұрын
Bora ler Assim na terra como embaixo da terra, eu acho ainda melhor que esse. Sim, eu gostei dos dois.
@18p3pi5 жыл бұрын
Ai, que triste, até queria conhecê-la!
@alinekipper50465 жыл бұрын
O primeiro livro que li da Ana Paula Maia foi Assim na terra como embaixo da terra. Simplesmente adorei e quis ler tudo da autora. Mas quando li esse livro Enterre seus mortos, não gostei nada. Linguagem primária. Me pareceu escrito por outra pessoa. Vou ler ainda este ano o Carvão animal, para saber afinal, se gosto ou não da autora. Parabéns pelo vídeo. Adoro teu canal!
@beybladepaulobastos5 жыл бұрын
Eu falo Edigar Uilsom
@anaigual5 жыл бұрын
Li Enterre seus mortos e também o Assim na terra como embaixo da terra. Preferi o primeiro. São realmente dois livros meio esquisitos, mas não ruins. Eu sempre gosto de umas esquisitices. Mas o que eu gostei bastante no livro foi a ambientação. Esse cenário de estrada, desgraceira e bichos mortos casou bem, na minha opinião.
@stchnard5 жыл бұрын
A gesticulação no começo
@carolinecury98085 жыл бұрын
Eu não curti muito esse livro, fui muito empolgada pelo destaque que ele ganhou, mas achei meio inverossímil, com a narrativa deslocada de seu cenário brasileiro, sei la... não estou falando que qlqr livro precisa de verossimilhança, claro que não, mas nesse caso eu senti falta pq ela estava tentando me vender uma “realidade dura” e eu não estava achando a realidade. Não consegui entrar na história e até passei um tempo refletindo sobre minha opinião inicial pq muita gente com quem eu normalmente concordo gostou demais. No meio do livro eu cheguei a pesquisar sobre essa profissão para ver se me conectava com a história, mas aparentemente não é um negócio que existe, pelo menos não nesses termos que ela apresenta. Concordo que talvez funcionasse melhor como filme.
@livia48925 жыл бұрын
tudo dela é igualmente bizarro. li o primeiro da "saga dos brutos", quando o Edgar Wilson (rs) aparece pela primeira vez, acredito eu. não sei se gosto, mas até entendo a proposta. só que uma hora enjoa. bom, ainda bem que o nome composto é o do Edgar, não o do Tomás
@q36230toa3 жыл бұрын
Sua review do livro é bem fraca p quem se propôs a fazer critica
@GildeonedosSantosOliveira5 жыл бұрын
Eu achei o livro legal. E também com esse ar norte-americano, inclusive a geografia estranha.
@itnaah3 жыл бұрын
Achei muito de você falar nunca compraria
@LauraCharlene5 жыл бұрын
Eu li De gados e homens da mesma autora e achei muito mais interessante (e melhor) que Enterre seus mortos. Eu não sei explicar pq mas o segundo eu achei meio forçado.
@LuisFelipe-zx6uu5 жыл бұрын
Mais alguém está com saudades de "Arto" pelo visto.
@Gabriel-ii3oj5 жыл бұрын
Não consegui entrar muito na história. Achei ela forçada e repetitiva. Entendo q essa repetição é pra mostrar a realidade na qual estão inseridas as personagens, mas é maçante pq não existe um conflito forte. Eu gosto muito quando livros conseguem ambientar as regiões do Brasil da qual descrevem, e não quando servem pra qualquer lugar (como muitos livros americanos). Os personagens são bem rasos, falta, como eu mencionei, um conflito forte que faça eu me preocupar com eles. Em nenhum momento senti empatia ou qualquer coisa do tipo, e eles pareceram mal estruturados. Além disso senti que o livro não passou por uma revisão, já que a autora repete diversas vezes o mesmo verbo e as mesmas sentenças (pode ser um recurso estilístico mas parece preguiçoso). Não me cativou.
@daounina5 жыл бұрын
Terminei hoje. Curti mais pela ambientação do que pela história em si. São 2 caras carregando corpos de um lado pro outro o tempo inteiro. Cansativo. Não chega a empolgar.