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O Futuro Talks desta semana recebeu o psiquiatra Guilherme Polanczyk para debater um tema que tem chamado cada vez mais atenção da sociedade: a saúde mental na infância e na adolescência. Reconhecido como um dos pesquisadores mais influentes do mundo em 2018, atualmente ele é professor associado de psiquiatria da infância e adolescência da Faculdade de Medicina da USP, chefe do serviço de psiquiatria da infância e adolescência do Hospital das Clínicas e vice-presidente da Associação Internacional de Psiquiatria da Infância e da Adolescência.
Com vasta experiência na área, Polanczyk trouxe uma perspectiva abrangente sobre o tema. Um dos pontos que o pesquisador abordou foi o impacto da pandemia e como isso se refletiu de diferentes formas na saúde mental da população. O pesquisador também levantou um dado alarmante: a estimativa hoje é que 15% das crianças e adolescentes sofrem algum transtorno. Segundo ele, em linhas gerais não é apenas um fator que leva a esses transtornos, mas sim uma questão multifatorial, que ocorre durante um período de tempo e recebe ainda a influência de todo o ambiente - que inclui questões econômicas e sociais - que cerca estes indivíduos. Por isso há a necessidade de colaboração multidisciplinar não apenas entre especialidades médicas, mas entre diferentes setores, incluindo escolas, famílias e governos para abordar as questões relacionadas à saúde mental.
Polanczyk também cita a transformação da sociedade como um todo, com novos conceitos e valores nas famílias, uso de telas e redes sociais. Ele destaca que há muitos estudos sendo feitos para trazer dados sobre o tema e reflete como estas mudanças estão impactando as gerações e mesmo a comunicação entre crianças e adolescentes com seus pais - relação que, para ele, é fundamental no sentido de acompanhar e monitorar mudanças comportamentais e de humor.
O professor e pesquisador também comentou questões relacionadas ao diagnóstico dos transtornos e algumas das principais tendências, que envolvem justamente o que ele chama de transdiagnóstico (quando há um entendimento de que diferentes condições podem se sobrepor), a redução do estigma e a importância da articulação entre escolas e saúde pública.
Confira a entrevista agora!
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