SE19 - A Razão Neoliberal no Brasil Periférico

Quando: 15/08/2019
A RAZÃO NEOLIBERAL NO BRASIL PERIFÉRICO
Ano passado, a SE trouxe a discussão acerca do conceito de neoliberalismo. Discutimos que, muito além do simples desmonte de estado de bem estar social, o neoliberalismo representa um conjunto de mudanças na sociabilidade dos indivíduos, fortemente marcada pela internalização do princípio da concorrência e da aceleração do tempo. Trata-se de uma racionalidade. A partir disso, como podemos pensar as especificidades do neoliberalismo no Brasil, enquanto periferia do capitalismo? A partir de que ponto histórico podemos qualificar o Brasil de um país neoliberal? Neste ano, traremos influentes nomes para refletir sobre essas questões conosco, e dois professores do Instituto de Economia - Adriana Nunes e Eduardo Mariutti -, que trabalham com o tema de neoliberalismo, para fazer comentários após as exposições.
GIUSEPPE COCCO é graduado em Ciências Políticas pela Université de Paris, mestre e doutor em História Social pela Sorbonne, e pós-doutor em Estudos Psicossociais pela University of London. Atualmente, leciona na UFRJ. É especialista nas discussões de biopoder e Foucault. Sua última publicação é o livro "O Enigma do Disforme: Neoliberalismo e Biopoder no Brasil Global", de 2018.
PAULO EDUARDO ARANTES (1942) é um filósofo e importante pensador marxista brasileiro, respeitado internacionalmente enquanto intelectual. Doutorado pela Universidade de Paris X-Nanterre, foi coordenador da Pós-Graduação de Filosofia da USP. É especialista em História da Filosofia, Filosofia Política, Teoria Crítica, entre tantos outros temas. Atualmente, é professor aposentado da Filosofia da USP e dirige a coleção Zero à Esquerda da Editora Vozes e a Coleção Estado de Sítio da Boitempo. Sua última publicação é o influente livro "O Novo Tempo do Mundo: e outros estudos sobre a era da emergência", de 2014.
ADRIANA NUNES FERREIRA possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1991), mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professora Doutora do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE/UNICAMP), e pesquisadora do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT/UNICAMP), do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT/UNICAMP) e do Centro de Estudos de Relações Econômicas Internacionais (CERI/UNICAMP). Exerce também, desde agosto de 2017, o cargo de Coordenadora da Graduação do Instituto de Economia.
EDUARDO BARROS MARIUTTI é graduado em Sociologia pelo IFCH, Mestre, doutor e livre-docente em História Econômica pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professor associado do Instituto de Economia da Unicamp e do Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUC-SP). Atua predominantemente na área de História Econômica Geral, Economia Política Internacional e Teoria das Relações Internacionais, trabalhando recentemente com o tema do pensamento neoliberal.

[@lauaf]

Paulo Arantes, sempre genial!

[@metodologiaeconomicadoshom8044]

Sempre acho curioso cortes de discussões sobre as formas de representação do capital sem nenhuma menção à categoria da "exploração do trabalho", exploração da força de trabalho.

[@forniquindosoad5598]

Fiquei com uma impressão péssima desse sujeito pelo o que ele falou sobre o Ricardo Paes de Barros nesse vídeo. Os heterodoxos e afins realmente entraram em crise existencial por causa do sucesso das políticas focalizadas. Só lembrando que a alternativa que a Conceição Tavares propôs no lugar do Bolsa Família era que o SUS distribuisse leite para as familias pobres da época.