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Módulo II - Confluências da Periferia
Docente: Nêgo Bispo ou Antônio Bispo dos Santos.
Duração: 25’42”
Realização: novembro 2018
Local: Galpão Bela Maré
Resumo: A partir da reflexão sobre os processos colonialistas que institui e legitima uma única maneira de se produzir conhecimento e representações sociais de humanidade, Nêgo Bispo nos mostra nesta videoaula, de que forma a sociedade pode transgredir a construção sociopolítica da memória, de maneira a valorizar os saberes, linguagens e escritas da periferia consideradas dentro deste paradigma monocultural e colonialista como subalternas.
Apresentação: O curso Significações da periferia: representações, confluências e transgressões busca compartilhar, a partir da crítica aos paradigmas hegemônicos, diferentes repertórios conceituais e de experiências corporificadas dos significados plurais das periferias urbanas na contemporaneidade. Para além da desconstrução de estereótipos e estigmas que marcam sujeitos e territórios periféricos, desejamos mobilizar outras possibilidades de leitura, reconhecimento e afirmação das periferias como potências de invenção de representações socioculturais, de confluências das diferenças de ser e de transgressões políticas de desigualdades sociais e distinções corpóreo-territoriais.
Objetivo Geral: O curso proposto é um convite ao debate qualificado de reposicionamento das periferias como centralidades de formulação de utopias do Direito à Cidade. Trata-se, portanto, do exercício de construção compartilhada de narrativas apoiadas em novos referenciais teóricos, políticos, culturais, corpóreos e territoriais para pensar, viver e transformar o mundo da vida, tendo como referência os sujeitos em suas periferias múltiplas existências.
Biografia: Nasceu no Vale do Rio Berlengas (PI), criou-se no Quilombo Saco-Curtume (São João do Piauí/PI) e construiu uma trajetória de relevante atuação a partir de sua territorialidade, ancestralidade e cosmovisão quilombola. Lavrador; poeta; escritor; intelectual; ativista; militante; professor convidado em universidades; documentarista; liderança quilombola ou, como prefere ser chamado, um ‘relator dos saberes’. A partir de sua produção intelectual e militância política, desenvolveu não só uma crítica consistente ao modelo de sociedade imposta aos povos negros e populações de periferia, mas também procurou trazer à luz o longo histórico de luta das populações subalternizadas em busca da disputa de paradigmas de pensar e viver que ampliem a potência humana criativa.
Leituras complementares:
SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, Quilombos: modos e significados. UNB. 2015. Disponível em: cga.libertar.or...