Рет қаралды 20,545
Bothrops
Bothrops jararaca
Bothrops, o famoso grupo das jararacas, é amplamente distribuído pela América Latina, com grande diversificação nas paisagens da América do Sul. Esses animais ocorrem em diversos ambientes, como florestas, ambientes secos como a caatinga e o cerrado, regiões montanhosas e ilhas oceânicas; e ocupam diferentes estratos ecológicos: arborícolas, semi-arborícolas e terrestres [24] [10] [16]. Apresentam hábito predominantemente noturno e, quando ameaçadas, podem ser agressivas, sendo responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos no Brasil. As principais táticas defensivas são a camuflagem e o bote. [25] [26] [27] [28].
Bothrops jararacussu, com setas indicando a posição da fosseta loreal (em amarelo) e narinas (em azul).
Os representantes do gênero Bothrops mostram uma grande diversidade de tamanho, variando entre 30 cm e 180 cm [16]. Em geral, as espécies semi-arborícolas apresentam corpo menos robusto e cauda mais alongada do que as terrícolas. Algumas espécies apresentam coloração variada, apresentando de tons castanhos claros a preto, com manchas em forma de “v” invertido ao longo do corpo, como a Bothrops jararaca. [25] [26]
A "Ilha das Cobras", também conhecida por “Ilha da Queimada Grande” devido as grandes queimadas[29], é famosa por suas lendas e misticismos que envolvem a víbora que lá existe, a jararaca ilhoa, Bothrops insularis[30]. A jararaca ilhoa é endêmica da Ilha e considerada ameaçada de extinção. Devido a essa vulnerabilidade, são mantidas cinco populações de B. insularis em plantéis de quatro institutos de ensino e pesquisa para fins de reprodução e conservação ex situ [30].
Crotalus
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758). Na foto, é possível observar o chocalho na extremidade da cauda.
Conhecidas popularmente por cascavéis, as serpentes do gênero Crotalus são terrestres, robustas, pouco ágeis e caracterizadas pela presença de um apêndice caudal semelhante a um chocalho, essa adaptação se deu pela modificação das últimas escamas da cauda, associadas à fusão das últimas vértebras. O número de segmentos no guizo aumenta conforme a serpente troca de pele, deixando assim um remanescente da última troca na ponta do chocalho [31] [32]. Quanto a isso, vemos que há um equívoco em tentar decifrar a idade das cascavéis pelo número de segmentos no guizo, pois cada segmento surge a cada troca de pele e não por ano de vida do animal.
As cascáveis ocorrem do sul do Canadá até a Argentina e também são encontradas em uma grande variedade de habitats, como campos abertos, áreas secas, arenosas, pedregosas e, mais raramente, na faixa litorânea. Sua distribuição pelo país está em expansão, fato que pode ser explicado devido ao alto poder de adaptação dessas serpentes a ambientes modificados pelo homem [33] [34].
Lachesis
Lachesis muta
Conhecidas popularmente como surucucus ou surucucus-pico-de-jaca, devido à textura de suas escamas, as serpentes do gênero Lachesis são distinguíveis por possuírem cabeça grande, volumosa, destacada do corpo; olho pequeno em relação a cabeça e corpo, com a pupila vertical; e a presença de escamas tuberculares, ora mais ora menos pronunciados dependendo da espécie, característica esta que fez com que o povo da Amazônia ligasse estas protuberâncias com a casca da conhecida fruta chamada “jaca", daí o nome de "surucucu pico de jaca" para este ofídio [18].
As surucucus podem alcançar entre 2 e 2,5 m de comprimento (o maior espécime conhecido media 3,65 m), sendo a maior víbora do Brasil e uma das maiores do mundo. Habitam zonas arborizadas e remotas na América Central e América do Sul. [35] [36].