Tarira seca - Ribinha de Nazareth e Vicente Telles

&&& ** NOVO ENCONTRO COM RIBINHA DE NAZARETH ** &&&
No início da minha vida musical em 1973, consegui não sei como, pois não me lembro (Num rolo qualquer), um violão e este violão, mesmo todo desafinado conseguia afinar os passos de alguns amigos rumo a minha casa na Rua do Flamengo 72, Santa Inês no Maranhão. Já tinha grande fixação pelo Rio de Janeiro e pelos movimentos musicais apresentados pelos filmes, revistas e assuntos de entrevistas de rádios e jornais. Aquilo tudo acabou gerando em meu âmago algo que precisava ser resolvido. Então, esses amigos começaram a frequentar o meu violão e casa pela nossa amizade, é claro, também para mostrarem seu desempenho na música.Caso do Ribinha de Nazareth, que me ensinou um pouco dos acordes que já lhe permitiam tocar algumas canções, como; Sempre Só, My Baby, Alguém em Meu Caminho e a famosa “A Desconhecida”, foi então, que começou tudo, em seguinda também o Juarez, que me acompanhou na primeira apresentação num programa de calouro e também numa apresentação com Fernando Mendes, quando lá esteve para um show no Cine Art Palácio e também passou a frequentar a minha casa e numa dessas, me ensinou a canção Eu me Recordo, versão de Yo Te Recuerdode Armando Manzanero por Roberto Carlos. Primeira canção que Roberto Carlos fez sem a assinatura do Erasmo depois de firmada a parceria. Canção que depois da linda carreira e já consolidada por Roberto Carlos. O Ribinha de Nazareth sabia tocar a introdução desta canção A Desconhecida e com a sua sensibilidade e generosidade procurou me ensinar e eu aprendi. Foi o máximo para mim, pois eu ficava na porta de casa onde passavam os alunos do Ginásio Bandeirantes, e eu sentado num banquinho na calçada com um velho violão, tocava esta introdução e a introdução de “Onde a Vaca vai o Boi vai Atrás” com uma só corda a 6ª ( E ), isso tudo tinha um significado fatal na minha vida e nos meus sonhos. As pessoas passavam e as que se encantavam, me enchiam de entusiasmo, assim como um amigo apresentado por este velho violão, Antonio Henry, que, por sinal até hoje mantemos contatos. Parti abandonando os amigos de violão, o tempo passou e com o tempo muitos amigos, mas a vida como sempre está amparando aqueles que respeitam tudo, todos e, principalmente o universo quando nos mostra a verdade que é realmente a verdade universal, sempre nos presenteia com coisas boas, belas e ternas. Precisei de música para gravar um CD e numa ida a Santa Inês foi que me proporcionou o reencontro com o amigo que me ensinou a introdução da A Desconhecida, Ribinha de Nazareth, daí peguei uma canção sua, que foi incluída neste disco e muitos anos depois através das redes sociais nos reencontramos já nos tornando parceiros, diálogos, ideias e músicas e agora estamos com esta parceria que com certeza nos trará bons frutos, frutos colhidos no pé da raiz. Começamos com Tarira Seca. (Vicente Telles)

[@АлександрВерещагин-э6м]

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