Teoria do Conto - Tópicos de Leitura e Teoria

Neste vídeo, comento brevemente alguns elementos básicos do gênero conto. Para tal, tenho como base o texto básico de Nádia Gotlib.
Obras consultadas para este vídeo:
* "Teoria do conto", de Nádia Gotlib.
* "A filosofia da composição", de Edgar Allan Poe.
* Aulas de literatura", de Julio Cortázar.

[@francinalvaleiterocha4971]

Excelente aula! Cheia de informações fundamentais para a compreensão do assunto e tudo isso de uma forma sucinta e objetiva. Amei! Parabéns, professor.

[@DiegodoValle]

Olá, Francinalva! Muito obrigado pelo retorno. Fico contente demais em saber que fui útil pra você. Abraços e bem-vinda ao canal!

[@christoferfgm7208]

Nos romances que venho escrevendo, mesmo os que são sagas, todos têm o final pensado juntamente do início e de alguns pontos de maior importância que são entrelaçados pelos acontecimentos que surgem na hora da escrita. Muito interessante pensar que me encaixo perfeitamente nessa descrição. Ótima aula!

[@DiegodoValle]

Valeu, Christofer. Que bom que intuitivamente já vem fazendo isso. Leia o ensaio de Poe e confira todos os procedimentos; para você será duplamente interessante! Abraço.

[@christoferfgm7208]

@@DiegodoValle pode deixar!

[@AMentedoDiretor]

Salve mestre. Interessantissima a analogia do conto com a fotografia. Uma fotografia coesa, além dos detalhes citados como luz e enquadramento, necessita de ter seu objetivo e objeto bem definidos, retirando do enquadramento informações desnecessáias, ou que porventura venham a dividir a atenção do observador deixando apenas os elementos necessários para contar a história desejada. Portanto a analogia é perfeitamente adequada neste caso, pois ambos compartilham da característica de serem sucintos, e altamente convidativos ao imaginário dos obsrvadores / leitores o preenchimento das lacunas da composição . Abraços.

[@DiegodoValle]

Salve, caro Éverson! Como devo ter dito no vídeo, sou leigo no assunto, então receber esse seu parecer técnico é fantástico. Obrigado pela contribuição, que é sempre bem-vinda! Abraço!

[@wallaceprado313]

Parece interessante pensar a unidade de efeito em relação à Análise do Discurso, pois se diferentes leitores podem ler diferentemente o mesmo texto, o escritor perfeito seria aquele que conseguisse imprimir com tanta maestria os seus significados, os seus efeitos e as suas intenções, que transporia-se na própria obra, sendo ela; mas, talvez, não somente sendo, mas transparecendo-se nela. Contudo, que é que isso poderia significar? kkk Ou eu estou viajando muito?

[@DiegodoValle]

Muito boa reflexão, Wallace. Em verdade, a obra é sempre maior que seu autor, justamente porque atualiza camadas imprevistas de sentido em um futuro que eventualmente (normalmente) não são vivenciados pelo autor. Não sei se você conhece o ensaio que abre o livro Por que ler o clássicos, de Ítalo Calvino. Ele explica muito bem isso. Eu teria muito a dizer sobre isso, então podemos continuar aos poucos haha.. abraço!

[@wallaceprado313]

Compreendo, professor, podemos, assim, nos indagarmos sobre a possibilidade/capacidade de se dizer algo. Mas concordo que podemos continuar aos poucos kkk Aliás, vou ler o ensaio o mais rápido possível.

[@edulobo3797]

Eu sempre gostei da literatura brasileira, contudo não consegui despontar-me e nem chegar às livrarias. Nesses dias, abrindo os meu compêndios, encontrei um poema da Adélia Prado que me chamou à atenção. Este poema ela o intitulou de "Casamento". Mas, eu estou aqui pedindo licença pra ela para substituir o título por "UM TAPA NA CARA DA SOCIEDADE MODERNA". Observe o pensamento sapientíssimo que resulta na transfiguração do prosaico, do cotidiano, em poético. UM TAPA NA CARA DA SOCIEDADE MODERNA Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, Mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, Ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, De vez em quando os cotovelos se esbarram, Ele fala coisas como "este foi difícil" "prateou no ar dando rabanadas" e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: Somos noivo e noiva. PRADO, Adélia. Poemas reunidos. São Paulo, 1991. Gente: que coisa mais linda ! Fico observando a nossa sociedade neste ambiente multifacetado, com a ocorrência de dezenas e dezenas de feminicídios. Fico chocado com coisas que já existiam, mas que agora acabam por se transformar numa nova tendência macabra de lirismo contemporâneo. É o fim da picada!

[@DiegodoValle]

Olá, Edu. Obrigado pelo comentário, o qual me fez lembrar do livro "A balada do cárcere", de Bruno Tolentino. Inclusive, uma das partes foi dedicada à grande amiga do poeta: Adélia Prado. Não digo nada sobre o livro para que você o possa desfrutar. Abração!