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O I Encontro Escola e Comunidades tradicionais: práticas pedagógicas inovadoras no Vale
do Ribeira tem por objetivo promover o diálogo e a troca de experiências entre professores,
estudantes e pesquisadores que desenvolvam propostas didáticas visando à valorização dos
diversos povos e comunidades tradicionais da região do Vale do Ribeira, incluindo o modo de
vida, a ancestralidade, o território e a territorialidade, as formas de produzir economicamente,
entre outros aspectos.
O Vale do Ribeira abriga uma grande diversidade de povos e comunidades tradicionais, entre
os quais estão os vários grupos Guarani, os quilombolas, os ribeirinhos, os caboclos e os
caiçaras. Alguns desses grupos, como os caiçaras, estão seriamente ameaçados pelo contato
com a sociedade urbana e pela implantação de áreas protegidas em seus territórios
tradicionais, ameaçando em sua sobrevivência física e cultural, além de serem discriminados
socialmente.
Desde a década de 1980, as comunidades tradicionais da região começaram a se organizar por
meio da criação de associações e fóruns que reúnem moradores que lutam pelo
reconhecimento de seus direitos a seus territórios tradicionais de onde foram expulsos com a
criação das áreas protegidas ou tiveram seus modos de vida inviabilizados pela negação de
suas atividades tradicionais como a agricultura de subsistência, a caça e a pesca. O
reconhecimento por parte do governo federal e também da OIT (Organização Internacional
do Trabalho) de seus direitos, declarando-as recentemente como povos e comunidades
tradicionais, tem reforçado a luta desses grupos portadores de uma rica tradição cultural e que
são socialmente discriminados.
Alguns povos e comunidades tradicionais como o Guarani e Quilombolas tem suas tradições
culturais protegidas nas escolas com seus currículos que incorporam suas práticas culturais
como festas e modos de vida. Outras experiências pedagógicas estão surgindo em
comunidades caiçaras e de pescadores artesanais da Barra do Ribeira, da Ilha Comprida, e de
Registro tentando valorizar a cultura caiçara através de práticas de pesquisa participativa.