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Sou natural de Muriaé, residente nesta cidade, e somente hoje tive a oportunidade de conhecer esta fazenda Boa Vista, histórica, pertenceu a um grande político da cidade, o Coronel Domiciano Antonio Monteiro de Castro. Fico surpreso como a nossa população de Muriaé, de um modo geral, desconhece esta história e não tem conhecimento da existência desta fazenda, tão bonita e conservada, há mais de 150 anos na mesma família...
Tivemos o prazer de conhecer esta fazenda e quem nos recebeu foi a sua proprietária, Srª Yeda Monteiro de Castro, bisneta do Cel. Domiciano Antonio Monteiro de Castro. Uma simpatia de pessoa, nos mostrou todo o casarão em detalhes, lugar com muita história sobre o município de Muriaé, mas pouquíssimo divulgado. E o pior, a fazenda que foi tombada como patrimônio histórico de Muriaé em 2010, foi destombada em 2013, a partir de um projeto de construção de uma barragem para contenção de enchentes na região do Rio Preto. Projeto este que não foi levado, ainda, a frente; não sei opinar sobre esta situação, espero que coloquem em pauta esta discussão sobre a preservação desta importante história de Muriaé. Imaginem uma fazenda desta ser destruída, coberta pelas águas de uma represa...
A Fazenda Boa Vista foi construída para moradia do Coronel Domiciano Antônio Monteiro de Castro e sua família, no século XIX. Vindo da região de Leopoldina para Muriaé, em 1860, para desbravar a região, o Coronel instalou-se próximo a esta fazenda, na Fazenda Águas Claras, enquanto esperava a construção da sede maior da Fazenda Boa Vista.
Tornou-se grande produtor de café, na fazenda chegou a existir mais de 100 taperas de escravos fugidos de toda a região, que eram acolhidos pelo fazendeiro, transformando o local num verdadeiro quilombo. Isto lhe custou inimizades com os proprietários de escravos, pois eles preferiram a companhia do antigo senhor a uma alforria, tamanha sua bondade e justiça. Agraciado com o título de Coronel, conforme diploma assinado pelo imperador Pedro II, há muito militava na política, sendo um líder inconteste em toda a região. Por duas vezes exerceu o cargo de Presidente da Câmara Municipal (correspondente, na época, ao cargo de Prefeito): 1883 e 1884 - eleito, e em 1898 - Substituto. Nesta época, criou uma série de Escolas Municipais e fez doações do seu patrimônio pessoal ao Município, como a Cachoeira da Fumaça e de 2 alqueires de terra ao redor da mesma, pertencentes à Fazenda Boa Vista, sendo construída no local a Usina Hidrelétrica Cel. Domiciano pela Companhia Força e Luz Cataguases Leopoldina, para que o município tivesse energia elétrica para implantar fábricas e indústrias. Em 1899, derrotado nas eleições em que se empenhou a fundo por mudanças radicais na política em favor da lavoura, e decepcionado com a atitude hostil de seus co-municípies, a quem servira com dedicação e lealdade, retirou-se de vez para sua fazenda, negando-se a voltar à cidade até o fim da sua vida.
Fontes:
www.jusbrasil....
www.silvanalve...
@turismoruraleecologico4937
@observacaodeavesbrasil3992