Vencer o mal com o bem

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24 күн бұрын

“Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; [...] Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” (Rm 12:17-18, 20-21).
Após ensinar sobre o nosso relacionamento de amor com Deus e os irmãos nos versículos 9 a 16, Paulo termina o capítulo 12 de Romanos com uma exortação sobre o trato com os inimigos. O princípio básico é que o cristão não deve devolver mal por mal (v. 17) e não deve se deixar vencer pelo mal, mas vencer o mal com o bem (v. 21).
Paulo usa o termo “vencer” em sentido militar, de subjugar. Na batalha contra o mal, retribuir o mal em igual moeda é perder de imediato. O único modo de derrotá-lo é fazendo o bem à pessoa que causou o dano. Ao escolher perdoar, amar e ser bondoso com o malfeitor, o cristão interrompe a corrente multiplicadora de maldade. O ódio e o orgulho da pessoa hostil não nos contagiam e a disseminação do mal pode ser controlada no malfeitor. Nosso amor pode abrandar seu ânimo ou constrangê-lo, levando-o até ao arrependimento. Temos de reconhecer que nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes (Ef 6:12).
Muitas vezes, os cristãos também experimentam ódio e perseguição por parte da sociedade (1Pe 1:6; 2:11-12; 3:14-17; 4:12-16; 5:9). A resposta normal seria retaliar. No entanto, temos de reconhecer que somos chamados a servir e ministrar a graça de Deus neste mundo perdido e hostil, sendo Jesus o nosso modelo. Ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas Se entregava Àquele que julga retamente (1Pe 2:23). O Senhor também nos ensina, no sermão do monte, a amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem (Mt 5:44-46).
Tanto quanto possível, devemos viver em paz com todos. Deus é reto juiz e o administrador da ira e da vingança. Nosso papel é manifestar a graça e o amor de Deus, não a sua ira (Lc 9: 54-56). O reconhecimento de que Deus julgará todas as pessoas em absoluta equidade conduz o cristão a não sentir a compulsão de corrigir, sozinho, toda injustiça, mas a confiar na soberania e no tempo de Deus.
Que padrão elevado! Como alguém consegue viver realmente desse modo em relação aos amigos e em especial aos inimigos? A resposta está na cruz. Só conseguimos praticar esse padrão se contemplarmos as misericórdias de Deus (Rm 12:1), reconhecendo a paciência, amor e longanimidade do Senhor para conosco, ao Se entregar por nós, quando ainda éramos Seus inimigos (Rm 5:10), e se tivermos nossa mente constantemente renovada e lavada pela Palavra e pelo Espírito.
O modo como pensamos influencia diretamente o modo como vivemos. A mente do cristão deve ser determinada e remodelada pelo conhecimento do evangelho, pelo poder do Espírito e pelos interesses da era vindoura (Rm 12:2; 8:5-9; 13:11-14), e não pela tendência passageira dessa era (2Co 4:18; 1Jo 2:17). Somente por meio dessa renovação santificadora é que o cristão se torna suficientemente sensível para conhecer o comportamento que a vontade de Deus exige em cada situação.
Para se aprofundar no assunto, leia também:
Pv 25:21,22; Tg 3:17-18; Mt 5: 9, 39-42, 44-45; 1Ts 5:15; 1Pe 3:9.
Pensando na porção de hoje, sugerimos este louvor para você ouvir e meditar:
Vence o Mal Com o Bem, do álbum Alumiar
• Vence o Mal Com o Bem
Vamos orar:
Senhor, ajuda-me a praticar o Teu amor. Quero amar aos irmãos da forma como me amastes e com Tua graça exceder em amor ao ponto de amar meus próprios inimigos. Que o meu amor não seja fingido, pois Teus olhos estão sempre sobre meu coração. Que também possa confiar a Ti toda a vingança, pois Tu és o único reto juiz. Que nesse dia eu possa experimentar Tua palavra, amando aos outros como o Senhor me amou. Em nome de Jesus, amém!