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Só mais uma históra incrível.
#Wilsonsimonal #Culturadocancelamento.
Wilson Simonal, O primeiro cancelado.
Wilson Simonal, O primeiro cancelado.
Wilson Simonal, O primeiro cancelado.
Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 - São Paulo, 25 de junho de 2000)[3] foi um cantor e compositor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970, chegando a comandar um programa na TV Tupi, Spotlight, e dois programas na TV Record, Show em Si... Monal e Vamos S'imbora, e a assinar o que foi considerado na época o maior contrato de publicidade de um artista brasileiro, com a empresa anglo-holandesa Shell.[3]
Cantor detentor de esmerada técnica e qualidade vocal, Simonal viu sua carreira entrar em declínio após o episódio no qual teve seu nome associado ao DOPS, envolvendo a tortura de seu contador Raphael Viviani.[4] O cantor acabaria sendo processado e condenado por extorsão mediante sequestro,[3] sendo que, no curso deste processo, redigiu um documento dizendo-se delator, o que acabou levando-o ao ostracismo e a condição de pária da música popular brasileira.[3]
Seus principais sucessos são "Balanço Zona Sul", "Lobo Bobo", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Nem Vem Que não Tem", "Tributo a Martin Luther King", "Sá Marina" (que chegou a ser regravada por Sérgio Mendes e Stevie Wonder, como "Pretty World"[3]), "País Tropical", de Jorge Ben, que seria seu maior êxito comercial, e "A Vida É Só pra Cantar". Simonal teve uma filha, Patrícia, e dois filhos, também músicos, Wilson Simoninha e Max de Castro.
Em 2012, Wilson Simonal foi eleito o quarto melhor cantor brasileiro de todos os tempos pela revista Rolling Stone Brasil.[5]
Índice
1 Biografia
1.1 Infância
1.2 Primeiro conjunto, carreira solo, Beco das Garrafas e estreia na TV
1.3 Mudança de canal, pilantragem e o Mug
1.4 Alegria, Alegria
1.5 Mudanças no som
1.6 O contrato com a Shell e o último Alegria, Alegria
1.7 A Copa do Mundo e o início do fim
1.8 Episódio do contador
1.9 Inconstâncias e incertezas
1.10 Ostracismo e morte
2 Tentativas de reabilitação
3 Discografia
3.1 Estúdio
3.2 Ao vivo
3.3 Compactos simples
3.4 Compactos duplos
3.5 Coletâneas
3.6 Caixas
3.7 Trilha sonora
4 Filmografia
5 Ver também
6 Referências
Filho de Maria Silva de Castro, uma cozinheira e empregada doméstica mineira, e do também mineiro Lúcio Pereira de Castro, radiotécnico que havia se mudado com sua mulher para o Rio de Janeiro, Simonal recebeu esse nome em homenagem ao médico que realizou o parto.[3] Mas, por obra de seu pai, o que deveria ter sido Roberto Simonard de Castro acabou tornando-se Wilson Simonal de Castro.[3] Estudou em colégio católico chegando inclusive a ter aulas de canto orfeônico ao participar do coral mudando-se após para um colégio público.[3] Na praça Antero de Quental, onde jovens se reuniam para passar os fins de semana, chegou a causar algum rebuliço cantando sucessos da época em inglês.[3] Ali conheceu Edson Bastos, filho da pianista Alda Pinto Bastos, que lhe ensinou a tocar violão e piano e com quem pretendia formar um conjunto musical.[3]
Mas os planos de formar um grupo musical foram interrompidos quando Simonal foi chamado para servir no 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM) e neste quartel, que era famoso pelo seu time de futebol e pela sua banda, Simonal aprendeu a comandar plateias, já que era chefe da torcida do time do quartel, além de ter participado de vários bailes como cantor[6]:
“ Percebi que podia dominar o público. Como, nem sei explicar direito. Descobri o valor da entonação e aprendi que há um segredo na maneira de falar, na maneira de olhar, na maneira de se portar. Quando não gritava, me impunha com o olhar, naturalmente. ”
Primeiro conjunto, carreira solo, Beco das Garrafas e estreia na TV
Em 1960, Simonal deu baixa do exército como sargento[3] e, juntando-se ao irmão Zé Roberto e aos amigos Marcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, adotaram o nome de Dry Boys. O conjunto durou até os primeiros meses de 1961, quando se apresentaram no programa Clube do Rock de Carlos Imperial, na TV Tupi.[3] Depois da apresentação tentaram um contrato com uma gravadora, por intermédio de Imperial, mas foram recusados. Isto levou o grupo ao fim, com Simonal seguindo carreira solo sob a proteção de Imperial, tornando-se também crooner do Conjunto Guarani,[3] se apresentando como o "Harry Belafonte brasileiro", uma alusão ao Rei do calipso americano".[3]
Com o fim dos Dry Boys, Simonal ficou sem ter onde morar, já que morar na casa da sua mãe em Areia Branca[3] e trabalhar na Zona Sul não era possível. Carlos Imperial contratou-o como seu secretário, ao lado de Erasmo Carlos, e arranjou um modo de Simonal morar na casa de Eduardo Araújo que, ainda adolescente, morava em uma quitinete alugada pelo seu pai, no Catete.[3]