Oi Douglas. Não sou familiarizado com o trabalho de Sartre. Não saberia dizer se ha correspondência entre seus trabalhos e os de Canguilhem...

@@gtamus Eles estudaram juntos. É difícil imaginar um francês que não tenha sido pelo menos levemente influenciado pelo existencialismo. Obrigado, Lucas!

Obrigado pelo comentario, Luiza. Os movimentos ecologicos sao heterogenos, logo é provavel que a noçao de pessoa varie entre eles. A corporalidade é um "impensado" das sociedade socidentais, com suas tradicoes judaico-cristas. Ou, quando é pensada, é tratada como um obstaculo para a plenitude. As ultimas descobertas das neurociencias e da inteligencia artificial vem provocando mudanças (assista por exemplo este excelente video de Anil Seth : www.ted.com/talks/anil_seth_your_brain_hallucinates_your_conscious_reality?language=pt). Peço desculpas pela falta de acentos no meu texto - eu moro na França e mudei de profissao : hoje, trabalho com homecare para pessoas idosas e/ou com deficiencia (a relaçao entre corpo e pessoa "fala" muito nestes casos !).

@@gtamus obrigada pela indicação de vídeo! Não tem problemas a falta de acentos. Boa sorte na sua nova profissão, é um nicho cada vez mais necessário!

Não necessariamente, ao meu ver. No Brasil, é um direito individual afirmar seus valores e seus pontos de vista. Ao mesmo tempo, você não pode atacar a dignidade de um indivíduo ou de um grupo em razão de características físicas ou de suas preferências sexuais ou afetivas. Dizer que você não apoia o homossexualismo não me parece um ataque à dignidade de indivíduo nem um grupo. É claro, a sua afirmação pode ser objeto de debate e, no calor da discussão, talvez você se perda na curva e diga algo injurioso! O mais importante é manter-se aberto aos temas que caracterizam o preconceito, porque nós perdemos muita energia julgando os outros em assuntos que talvez não nos interessem tanto assim. A sexualidade e a afetividade são temas de ordem privada, como as crenças religiosas. Por que discuti-los ou enfrenta-los se eles não nos dizem respeito ? Se for por curiosidade, para conhecer mais sobre esses temas, pode ser interessante. Mas para se afirmar contra ou à favor, eu acho que é uma perda de tempo e energia😉

Obrigado, Maciel. Ando menos ativo na antropologia desde o inicio do ano. Estou trabalhando fora da Universidade neste momento, em uma empresa de homecare (na minha vida pessoal/profissional, tive varias experiencias com pessoas idosas e em situaçao de handicap, eis porque decidi de mudar de rumo profissional neste momento). Se você quiser trocar uns emails comigo, eis o endereço : [email protected]

Claro, Ewerton. Com grande alegria!

@@gtamus Obrigado pela sua contribuição professor. Tudo pela educação!

Valeu Cristiano!

Oi Adriano, obrigado pelo contato. Eu faço meus roteiros como monto aulas: escrevo um texto próprio a partir de leituras de autores clássicos ou com os quais me identifico. No caso deste vídeo, as referências dos autores que utilizei foram os seguintes: - CASSIRER, Ernst. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 1994. - GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002. - GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989 - SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003. - UNESCO. Convenção para a proteção do patrimônio mundial, cultural e natural (s/d). Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000114.pdf

@@gtamus perfeito, professor! Muitíssimo obrigado! 😍♥️

Olá Thalita, Sim, claro. O material é baseado na leitura dos textos abaixo. O mais importante é o livro de Marcel Mauss, Sociologia e Antropologia, onde você encontra o texto "Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa". CASSIRER, Ernst. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 1994. DUMONT, Louis. O individualismo: uma perspectiva antropológica da sociedade moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1985. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 3: o cuidado de si. Rio de Janeiro, Graal, 1985. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. GOLDMAN, Márcio. Alguma antropologia. Rio de Janeiro, Relume & Dumara, 1999. MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo, Cosca & Naif, 2002. SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.

Claro, pode postar sim. Em princípio, essa atividade é reservada aos alunos e às alunas da Universidade La Salle. Mas se você quiser compartilhar aqui, eu darei retorno. Pode contar comigo.

Caro Moabe, qualquer autor brasileiro ou estrangeiro que tratar de Antropologia do Corpo tende a ser interessante. Neste link, você tem acesso à bibliografia recomendada pela profa. Ceres Victoras, da UFRGS, com quem tive a honra de estudar: www.ufrgs.br/ppgas/portal/paginas/programa.php?id=ANP47&sem=2015-2. Neste outro, há uma ementa para a disciplina de Antropologia do Corpo ministrada pela profa. Laura Gil, que não conheço pessoalmente, mas que traz uma série de leituras interessantes: www.humanas.ufpr.br/portal/ppga/files/2012/03/HA708-Antropologia-do-corpo-2013.1-Laura.pdf Pessoalmente, eu faço cruzamentos entre autores clássicos como Marcel Mauss e Robert Herz, filósofos da Fenomenologia (Maurice Merleau-Ponty sobretudo), um pouquinho de Michel Foucault (História da Loucura, Vigiar e Punir e História da Sexualidade ) e mais um bocadinho de uma autor francês meio outsider, mas bem conhecido no Brasil: David Le Breton. Mas au creio que os autores de língua inglesa tem muito a trazer também (o Kleinman, por exemplo, que aparecem na bibliografia da profa. Ceres) - e sobretudo trabalhos etnográficos realizados em sociedades tradicionais.

Obrigado!

TDO ESTUDANTE DEVERIA TER COMO META CHEGAR NO PÓS-DOUTORADO.

Caro André, o texto do vídeo é de minha autoria. Eu tenho o hábito de preparar as minhas falas em conferências e nas aulas como uma leitura organizada de um texto. Em um ambiente diverso como o youtube, ainda que esse tipo de leitura não seja popular, é uma forma possível de expressão. Particularmente, eu estou trabalhando aos poucos outras formas de expressão e creio que sim, como você sugere, devo estar atento às mais diversas audiências. Ao mesmo tempo, há muitos alunos meus e muitas alunas minhas que respondem positivamente a essa forma. Logo, não pretendo extingui-la ou abandoná-la em um futuro próximo, mas fazê-la dialogar com outras formas de expressão possíveis e diversas.

Caro André, vi a sua réplica à minha resposta no meu email, mas não consegui localizá-la no youtube. Gostaria de dizer que não senti nada de negativo com o seu comentário. Ao contrário: penso que a sua crítica é importante para aprimorar minhas propostas de reflexão e os vídeos que estão circulando no youtube. Sobre os textos que uso: sim, posso passá-los para você. Por favor, envie um email para [email protected] que eu farei o encaminhamento.

Imensa a dúvida e a tarefa de respondê-la, Valdeci. Ao meu ver, o enunciado da questão estabelece a unidade corpo-alma - o que implica, simultaneamente, reconhecer a sua dualidade. Sob esse prisma, eu tenderia a contextualizar os problemas subsequentes (espiritualidade, imortalidade da alma, liberdade, etc.) dentro do quadro de pensamento "ocidental" (filosofia grega-helenística clássica e filosofia judaico-cristã). No artigo de Marcel Mauss sobre a noção de pessoa, esse quadro de pensamento pode ser tanto categórico, representacional e sentimental. Em outras palavras, pode-se tratá-lo como um problema ontológico, social ou psicológico. Como o enunciado da questão que vc evoca parece postular a unidade corpo-alma, seria o caso de um problema ontológico. Para esses casos, o melhor remédio é a Filosofia (Platão e Aristóteles são as escolhas de base, mas você pode recorrer a Santo Agostinho e Kant). A Antropologia Cultural trabalha mais no sentido de relativizar concepções ontológicas com pretensões universalistas e de compreender a diversidade e as variações das formas das representações e sentimentos de corpo e pessoa. É provavelmente por isso que vc está com dificuldades de encontrar respostas na Antropologia escrita por antropólogos... As áreas de Antropologia Filosófica e Antropologia Teológica, por outro lado, certamente trarão algumas respostas para você.

@@gtamus grato. Vou seguir sua orientação. Abraço

Boa ideia. Farei-o em breve!

Obrigado Márcio!

1) Não utilizamos mais o termo "sociedade primitiva" em Antropologia. Trata-se de um termo datado, que remonta aos evolucionistas sociais do século XIX. Isso dito, as trocas nas sociedades atuais e de outrora podem se processar de diferentes maneiras. O princípio universal sugerido por Marcel Mauss é o da reciprocidade: na troca, dá-se e recebe-se em troca. Caso a retribuição não se dê imediatamente (ou caso uma das partes pressinta um desequilíbrio nos termos da troca), dá-se a experiência simbólica da "dívida", que é a inclinação para desfazer o desequilíbrio experimentado pela partes. Em princípio, essa relação não precisa ser regulada por normas externas (contrato, obrigação legal, etc.). Para Mauss, a lógica da reciprocidade é um princípio básico de coesão social e de organização das relações de interdependências - e, por consequência, das concepções de pessoa. 2) A gênese do conceito de cultura e a formação da Antropologia como ciência humana andam juntas. Em alguns momentos, a cultura aparece como objeto de pesquisa para antropólogos (é o caso de Edward Tylor e Franz Boas), mas isso não é uma regra. Em Clifford Geertz, há uma ressurgência do conceito de cultura como objeto de pesquisa, mas agora em termos semióticos. A cultura seria um sistema simbólico - e não mais uma coleção de produções e práticas humanas). 3) Não creio que "tribo" seja um conceito ou noção significativa em Marcel Mauss. Ao meu ver, seria no máximo um termo descritivo de alguns grupos humanos. 4) "Dádiva" foi o termo escolhido pelos tradutores lusófonos para a palavra "don", em francês. "Don" é o substantivo do verbo "donner" (dar, em português). Uma tradução alternativa seria "doação", mas creio que os tradutores escolheram dádiva para dar um tom mais acadêmico - ou, talvez, para escapar das noções jurídicas e religiosas relacionadas a essa palavra em português.

Obrigado pelo comentário, Lene. Nos primeiros vídeos, minha preocupação foi mais com o texto (torná-lo agradável e de fácil compreensão). De lá para cá, venho trabalhando para melhorar minha apresentação e imagem. Como uso teleprompter, é fundamental aprimorar a a espontaneidade.

Obrigado! Você pode me enviar um pedido para comentar algum tema de antropologia que te interesse. Se eu puder ajudar, farei um vídeo sobre.

Eu gostaria de um falando sobre os conceitos antropologia sobre a cultura ,como diferenciar a cultura usando conceitos antropológicos ,estou estudando antropologia mais não consigo entender quando penso que entendi a professora faz umas perguntas tão complexas que vejo que não entendi nada ! Obrigado pelo vídeo

Você conhece este texto do Sidney W. Mintz? www.scielo.br/pdf/tem/v14n28/a10v1428.pdf Acho que é bem instrutivo. Como facilitador, eu costumo dizer que há três maneiras típicas de abordar o conceito de cultura: 1) como a "propriedade" de um indivíduo ou coletivo (“fulano tem cultura”, “os franceses têm cultura”); 2) como um conjunto de práticas significativas (categoria diferencial, isto é, o que faz com que tal grupo, indivíduo ou nação seja "diferente" ou "estranho" aos olhos dos outros); e 3) cultura como natureza humana (como se fosse a característica marcante dos seres humanos em relação a outros seres vivos). Você pode aplicar cada uma dessas três noções a um indivíduo ou grupo e terás resultados interessantes. Por exemplo: há pessoas que dizem que o “O Brasil não vai para frente porque a nossa cultura é corrupta". Isso entra no item 2. Ou "O Brasil tem uma tradição de alegria de viver, que se explica porque a nossa terra é rica" - aqui, seria mais item 1. Se dissermos "os seres humanos não são animais; a gente pensa e aprende coisas novas. Não somos determinados apenas pela seleção natural...", então é o caso 3. São exemplos simples, que ajudam a começar a pensar um pouco essa ideia de cultura. Vale a pena lembrar, por fim, que o conceito mais utilizado de cultura é o que foi consagrado pela UNESCO e que tem origem na obra de Edward Tylor: um todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e qualquer outra capcidade e hábitos adquiridos pelos humanos como membros de uma sociedade" (no original: "Culture... is that complex whole which includes knowledge, beliefs, arts, morals, law, customs, and any other capabilities and habits acquired by [a human] as a member of society.”)

Muito obrigado,hj tenho prova na faculdade e esse tema de antropologia me deixa meio confusa mais esses exemplos estão sendo de grande ajuda , preciso de um 9 para passar 😪 mais li tantas vezes seus exemplos e vi o vídeo q não vai sair da cabeça

Kelvyo, é uma bela ideia. Estou preparando alguns roteiros para os próximos vídeos e farei um sobre fato social total. Valeu!