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Күн бұрын

Jorge Luis Borges é um dos maiores escritores de todos os tempos, embora tenha se dedicado, quando se trata de ficção, apenas aos contos, além de ter sido poeta também. Um mestre da narrativa curta, sempre cheia de simbolismos e referências a escritores, obras, documentos - muitas vezes, inclusive, fictícios. Em "There are more things", presente em "O livro de areia", conto dedicado a Lovecraft, um dos maiores nomes da literatura de terror/horror, o argentino tece uma história sombria de um jovem que tenta compreender os mistérios que acontece(ra)m na ex-casa do seu falecido tio, mas será que a razão conseguirá explicar o que carece de lógica?
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Пікірлер: 10

@rafaelabrelaz 2 ай бұрын

Obrigada pela indicação, Carlos. Apesar de Borges ter tido uma opinião política controversa, foi um grande escritor.

@carlossiqueira2796 Ай бұрын

Que bom que gostou, Rafaela! Sim, infelizmente, é um caso comum de artista com vida pessoal e política decepcionanente...

@dhyanalmasta3829 Ай бұрын

Também acho esse conto genial ! Já li esse livro umas três vezes, mas como toda obra borgiana pede novas releituras. Apesar de escrito no seu ocaso , Borges conseguiu escrever um livro muito bom.

@carlossiqueira2796 Ай бұрын

Muito bom conto, meu amigo! Sim, eu gostei, fiquei supreso que no livro que você me deu, "Borges em 90 min", falaram que é um livro decepcionante rsrs

@silviaduarte4165 2 ай бұрын

Muito bacana sua análise! Não conheço esse conto, mas vou procurar agora. Quero ler 😊

@carlossiqueira2796 2 ай бұрын

Que bom que gostou, Silvia! Espero que goste quando o ler!

@solangebeatriz958 2 ай бұрын

Oi, Carlos! Que conto realmente genial, entre tantos igualmente geniais, deste autor admirável que é o Jorge Luis Borges! Seus textos estão sempre recheados de referências e, por isso, nos dão um certo trabalho para sua compreensão. Como geralmente gostamos daquilo que entendemos, quando sento para ler um conto do Borges, já sei que terei que fazer algumas pesquisas (rsrs). Eu tenho esta mesma edição de "O Livro de areia" e já o havia lido no começo do ano. E, agora, reli o conto. Ele é interessantíssimo , com tantas referências, que, como disseste, já começam pelo título e pela dedicatória a H. P. Lovecraft, de quem nada li. Mas, o que falaste sobre ele me fez lembrar o que o Manguel nos diz na Introdução de "Contos de Horror do Século XIX": "é recorrendo àquilo que não se pode dizer que Lovecraft aterroriza seus leitores. Suas atrocidades são tão terríveis (contam aqueles que as viram) que não há palavras para descrevê-las..." (p. 10). E é exatamente isso que está presente no conto do Borges: vários personagens não conseguem descrever o que viram. Quanto às demais referências, eu só não precisei pesquisar sobre o Wells, Shopenhauer e Samuel Johnson, dos quais, pelo pouco que sei deles, consegui entender o que Borges quis nos dizer. Mas, precisei pesquisar sobre várias outras. Até sobre o "ovelheiro", que descobri ser uma raça de cão pastor, chamada de ovelheiro gaúcho (gaúcho, e eu não sabia rsrs). E o protagonista, assim como outros personagens, também não nos revela como era o "ser" ou "seres" que viu na casa. O máximo que ele nos diz é que, ao ver uma mesa muito estranha dentro da casa, lembrou-se da palavra "anfisbena", que, conforme pesquisei, é um réptil que tem uma cauda arredondada e, por isso, é chamada de "cobra de duas cabeças". Mas, ele também diz que isso "sugeria mas por certo não esgotava o que depois meus olhos veriam". E, assim, ficamos sem saber o que foi realmente visto pelo protagonista; para que criatura (s) foi tão estranhamente reformada a antiga casa de seu tio. Fica por conta de nossa imaginação. Ou, voltando ao que nos diz Manguel "nesse vácuo perfeito o leitor aplica seus próprios pesadelos" (p. 10). Também, por isso, é um conto genial! Carlos, adorei o vídeo e adorei reler o conto! Um abraço!

@carlossiqueira2796 Ай бұрын

Oi, Solange! Sim, e olhe que esse livro nem é visto como um dos melhores do mestre! Sim, são contos que é preciso ter muita atenção e que até podem ser entendidos sem pesquisar as referências, mas quando se percebe a relação feita, aí vê como o Borges é um excelente construtor de narrativas! Do Lovecraft, só um um conto e não gostei muito rsrs Esse livro de contos de horror é muito bom, essa coleção toda, na verdade! O Samuel Johnson eu não conheço! É verdade, sobre o ovelheiro! E sobre o gaúcho, descobri com os argentinos mesmo, não são os brasileiros, mas o pessoal da fronteira e do trabalho rural. Muito bom comentário, Solange, obrigado. Sim, esse conto me lembra, em parte, as histórias do Henry James, que fala muito revelando pouco! Que bom, Solange! Muito obrigado, de novo!