29.Acácio Augusto - Anarquia contemporânea e lutas anti-segurança

Conversa com o professor e pesquisador Acácio Augusto sobre Anarquia contemporânea e lutas anti-segurança dentro do canal Agenciamentos Contemporâneos.
O canal Agenciamentos Contemporâneos é uma iniciativa do Laboratório de Filosofia, Ciências Humanas e outros sistemas de Pensamento, que conta com a parceria do Programa de Posgraduação Profissional em Filosofia - Núcleo Montes Claros e o apoio da Coordenação Didática do curso de Filosofia da Unimontes.

[@RafaelCab]

Boa tarde gente. Agradeço a conversa. Tem essa lissta de referencias diaponivel? Abraço

[@ricardovitu31]

Onde tem Acácio é certeza de conteúdo de qualidade.👏👏👍

[@antoniomartins4775]

Conversa filosófica muito boa.

[@carloscontente]

Acácio é muito sangue bom.

[@Anarquistas1]

Definição de anarquismo (do grego an-, e arke, contrário à autoridade), é o nome dado a um princípio ou teoria da vida e conduta que uma sociedade sem governo concebe, na qual a harmonia é obtida, não pela submissão à lei, nem pela obediência à autoridade, mas por acordos livres estabelecidos entre os vários grupos, territoriais e profissionais, livremente constituídos para produção e consumo e para a satisfação da infinita variedade de necessidades e aspirações de um ser civilizado. Numa sociedade desenvolvida com base nessas diretrizes, as associações voluntárias que já começaram a abranger todos os campos da atividade humana adquiririam uma extensão ainda maior ao ponto de substituir o Estado em todas as suas funções. Representariam uma rede entrelaçada, composta por uma variedade infinita de grupos e federações de todos os tamanhos e graus, local, regional, nacional e internacional, temporária ou mais ou menos permanente, para todos os objetivos possíveis: produção, consumo e troca, comunicação , serviços de saúde, educação, proteção mútua, defesa do território, etc. e, por outro lado, para a satisfação de um número crescente de necessidades científicas, artísticas, literárias e sociais. Além disso, uma sociedade assim não fingiria ser imutável. Pelo contrário, como acontece em toda a vida orgânica, derivaria de ser a harmonia de um ajuste perpétuo e variável e um reajuste do equilíbrio da multidão de forças e influências, e esse ajuste seria obtido. Resumidamente, se nenhuma força gozava da proteção especial do Estado. Se a sociedade, de acordo com isso, fosse organizada de acordo com esses princípios, as pessoas não ficariam limitadas, no livre exercício de sua capacidade produtiva de trabalho, a um monopólio capitalista apoiado pelo Estado; nem no exercício de sua vontade por medo de punição ou por obediência a entidades ou indivíduos metafísicos que levam a uma diminuição da iniciativa e do servidão intelectual. A pessoa seria guiada por sua própria razão, que necessariamente levaria a impressão da livre ação e reação de seu próprio eu e das concepções éticas do ambiente.

[@alberalmeida1919]

Lutas contra tecnologias de poder e privilégios do saber, como a bioinformática, projeto do genoma humano, taxonomia do covid 19, partido comunista chinês. Eis a síntese contemporânea das lutas contemporâneas.

[@yocl5387]

Só faltou o principal: O capitalismo.

Gostaria de saber como funciona na teoria anarquista a necessidade de moradia individual das pessoas, produção rural e industrial....Se não tem propriedade como o individuo existe localmente? A lógica de um carro por exemplo não ter dono me parece fácil de assimilar, tipo eu pego um veiculo, uso e deixo disponivel para outra pessoa. Agora eu não gostaria de dividir o meu teto com ninguém rs Eu quero ter um canto meu para ser deixado em paz. A teoria Anarquista e socialista desconstruindo a propriedade privada me parece otima e eu concordo com a maioria do texto. O que me deixa em cheque é essa questão de "onde eu vou dormir em paz?" as vezes parece que o anarquismo e o socialismo são sistemas feitos por pessoas extrovertidas que gostam de estar sempre em grupo kkkkkkkkk Perdoe-me a ignorância mas ainda não achei uma explicação disso.

[@TT-hn9gu]

o fim da propriedade privada não deve ser confundido com o fim da privacidade. o simples facto de eu não ser dono/proprietário de um espaço não é impedimento a poder utiliza-lo de forma individual e com privacidade. no sistema capitalista isto é muito claro, por exemplo, nas cadeias hoteleiras, em que o facto de eu não ser proprietário nao me impede de ter privacidade. no anarquismo a privacidade seria mantida, a diferença é que dentro dele a propriedade seria detida em comum. mas ser detido em comum não significa sobrelotamento. veja-se o exemplo das cooperativas de habitação, das CLT's (community land trusts), etc.

[@gabrielomiya647]

bem atrasado para a discussão mas acredito que talvez você esteja confundindo propriedade com posse... sendo esse o caso, é bastante importante diferenciar esses dois conceitos