7 VÍDEOS POR DIA? VAI TUDO ACABAR? | JANA VISCARDI

[@ANomadeCosmica]

"Meu trabalho é contaminado pela minha condição", Conceição Evaristo. Essa frase é tão forte quanto triste, pois é nossa condição de criadoras de conteúdo que tem contribuído para o nosso apagamento com direito a, em alguns casos, torcida organizada de trolls pra nos derrubar/intimidar. Não é normal um trabalho tão bom quanto o seu levar 7 anos para obter aquilo que o canal de qualquer criador medíocre ganha de bandeja em meses.

[@jucaracarvalho847]

Fugimos da TV para o KZbin por conta da qualidade da programação .E agora para onde vamos fugir???

[@zenoluz775]

O youtube é um rolo compressor. Cuidado com ele, Jana. Resista! Precisamos de você.

[@leticiad.1944]

Esse vídeo me lembrou o fim do canal "Depois das Onze". É uma dupla de duas amigas que começou o canal adolescente e durou anos, faziam de 3 a 4 vídeos por semana, gravaram música e peça que rodou o Brasil todo lotando muitos espaços. Mas, a diferente rotina das meninas e a negação de ambas em "tiktokzar" o canal levou ele ao fim. Achei as duas muito corajosas de respeitarem o que tinham como princípio. Acho que muitos criadores também vão ver o peso, as limitações e por um fim em seus canais no futuro. É muito triste o que está acontecendo com a Internet, eu me pergunto: onde vamos parar? O que mais precisamos fazer para que trabalhos de qualidade sejam valorizados nessas plataformas? É uma lógica absurda de consumo que eu não consigo acompanhar. É um acalanto ter o seu canal firme e persistente por aqui.

[@JanaViscardi]

Eu fico pensando como seguir tendo um trabalho se não for através das redes. Eu tenho 41 anos, terminei meu doutorado há 10. Não estou na universidade, já estou "envelhecida" pra muitas buscas de emprego e minha renda vem dos cursos que ofereço. Eu os divulgo pelas redes. Meu trabalho está aqui. Mas tb não acho que será viável num futuro relativamente próximo. Enfim, questões de vida que a "idade" só faz ampliar ainda mais.

[@leticiad.1944]

@@JanaViscardi Não sei como será, mas acredito que terá espaço pra todos, só não consigo imaginar como. Espero que o seu seja reservado com prestígio.

[@IncrivelPontinhoAzul]

A meritocracia na produção de conteúdo. "Ain, se você não tem alcance é porque você não se esforça." Produzo animações educacionais voltadas para o público infantil e é simplesmente IMPOSSÍVEL manter esse volume imposto. Meu canal não pode ter aviso de novas publicações (sininho), nem comunidade, nem shorts, nem mesmo comentário. O conteúdo não é entregue, simples assim. Desisti da ideia de tentar me tornar um produtor de conteúdo.

[@sthess1]

Mas pode ter certeza que o seu canal é muito bom!👍🏼 Sou inscrita.😁

[@PedroHenriqueA20]

Geralmente canais voltados ao publico infantil são desse jeito mesmo, infelizmente. TODOS os canais infantis que vejo têm seus comentários desativados

[@namarie666]

Produzindo e chorando no cantinho kkkk(crying)

[@PapodeCobra]

Meu canal fala de ciência. Eu preciso de tempo para explicar conteúdos q são direcionados ao grande público. Então fazer videos curtos ou muitos videos por semana não se encaixa com minha proposta. Não tenho patrocínio e dependo da distribuição do YT que piora a cada dia. Mas vou continuar com o propósito do inicio: tentar oferecer o melhor conteúdo possível e evitar q pessoas e cobras sejam mortas pelo desconhecimento. Se eu conseguir mudar o pensamento e o comportamento de um pequeno grupo de pessoas, estarei satisfeito. Não vou me vender por causa de algoritmo nenhum. 💚💚🐍🐍

[@JanaViscardi]

Claudio

[@lus.n7009]

E a gente também não consegue assistir muita coisa, porque tem coisa demais, nosso cérebro não consegue acompanhar.

[@quinhavieri2178]

Sim, acabei de deixar o comentário falando desse ponto de vista do lado de quem consome o conteúdo tamb... a gente tamb não dá conta de td!

[@ClaudineiaAntunes]

em 2016 quase pirei, vendo isso, e conclui que deveria usar o KZbin como lugar onde disponibilizo videos como complemento do blog e para divulgar algo produzido por mim. ai que veio uma loja de molde. e eu também queria saber como produzir e consumir tanto conteúdo, e uma overdose

[@walkbarros7306]

Consumo desenfreado...referência única....produção frágil....difícil Jana, mas seu canal está bem longe disso e não vai acabar mas sua reflexão chega e provoca, pensemos juntos sobre o filtro somos nós.

[@FlaviaLundberg]

Jana! Super entendo seus questionamentos... mas pense nos cortes, no caso do seu canal, como uma chamada para assistir todos os seus vídeos na íntegra. Não desista. Seu conteúdo é de excelência!

Esse assunto tem me tirado o sono há meses! Não tenho recursos financeiros e nem saúde mental para "me adaptar" aos desejos das plataformas (publico 1 vídeo a cada 10 dias). E acho muito injusta a utilização das mesmas métricas para os diferentes tipos de conteúdos/criadores (desconsideram as nossas especificidades) 😢. Espero que um dia o KZbin consiga re-pensar essa lógica homogeneizadora e passe a incentivar mais canais importantes como o seu Jana. Abraços!

[@I.Sousa_]

Jana, "Vamos em frente... Rumo à produtividade... Não importa a qualidade...Produza sem cessar. Só tem sucesso quem se esforça. Se esforce!" (Modo ironia estava ligado😂. Pronto, já desliguei). Infelizmente, só os números e algoritmos interessam nessa época de "uberização" de tudo, inclusive do conteúdo digital. Mais uma "doce" faceta neoliberal! É o esvaziamento de sentido em tudo e em todos na prática! Tempos modernos ( nem tão modernos assim). Receba minha solidariedade e carinho. O conteúdo que vc produz é, sem dúvidas, enriquecedor, de alto nível intelectual, caprichado e fonte de aprendizagem para mim. Obrigada! 🌻

[@JanaViscardi]

Pois é...

Errata : onde se lê "se esforce", leia-se "esfole-se" 😢

[@I.Sousa_]

@ Só faltou incluir que é pra mudar o mindset 🤦🏻‍♀️

[@renanpereira-podcastserios8674]

Eu tô há dois anos tentando produzir conteúdo - aqui e em outras redes sociais. Faço parte de um podcast de divulgação científica - o Sério Sapiens?, enquanto tento meu lugar na academia / espaço de trabalho. Todos os integrantes do grupo tbm tão nessas: mestrado, doutorado, especialização enquanto colaboram com o podcast. Nos orgulhamos por termos diversidade racial, gênero e orientação sexual, e buscamos levar assuntos e reflexões sobre biologia ás pessoas. E com essas mudanças das plataformas, nos questionamos exatamente disso: como falar sobre evolução em 1 minuto? Não sabemos como, sendo que gastamos no minimo 1 semestre só pra estudar isso na graduação (fora o que vimos em outras disciplinas). E qual o problema de um video de 20, 40, 60 minutos se a pessoa quer ver? Vamos tbm que, por exemplo, nossos shorts têm muito mais alcance do que nossos episódios (de 30 min+). O tema conta muito, se for polêmico, se espalha muito mais. Eu, sendo negro, vejo que se eu aparecer em um video vs se uma das mulheres do grupo aparecer, já tem diferença tbm. Tudo isso pra considerar enquanto nos preocupamos com artigos e prazos da pós. Sendo que n contamos com investimentos e equipamentos... passando por tudo isso, entendo muito bem o sentimento que vc tá tendo, Jana..., é desesperador tentar tentar e não ter resultados, nem pela qualidade do trabalho ser ruim, mas por causa de todas essas variáveis e por tantas outras que as redes podem trazer sem nem explicar direito. Sinto que é como montar um avião sem manual, ferramenta, sem nem nunca ter visto um avião =S

[@janedsonalmeida1324]

O que mais admiro no teu trabalho é que você não deixa de problematizar essa plataforma aqui e sempre traz reflexões sobre o processo. Não é o primeiro vídeo que você traz essa temática. Acho importante a gente pensar sobre como as plataformas se estruturam, né.

[@nubiahuff]

Eu passei por uma situação muito semelhante em 2016 com minha empresa de música ao vivo para eventos. Uma consultoria em marketing digital chegou à conclusão de que eu deveria publicar um vídeo de conteúdo por semana no KZbin e duas a três postagens diárias no Instagram. Claro que pra mim sozinha, sem equipe, tendo que fazer o atendimento dos clientes, participar de eventos, criar produtos, criar e alimentar uma rede de contatos de organizadores de eventos... era impossível. Ali eu decidi que a internet serve pra mim pra deixar conteúdo de qualidade disponível e o resto faço tudo ao vivo, em eventos presenciais. Me ferrei na pandemia :/... mas a pandemia foi terrível pra todo mundo que trabalha.

[@LudmilaSouzaRodrigues]

Genial!!! Maravilhosa fala e tão honesta! Estava hoje mesmo sofrendo com a vida acelerada, a dificuldade de fazer pausas, pensar, refletir. Vivemos sobre uma pressão impressionante, para obtermos sucesso, para termos qualquer forma de atenção e aprovação. Onde vamos parar? Quanto estresse e exploração da mão de obra. E com esta velocidade acelerada nos tornamos mais violentos.

[@Rafael_1917]

São questões bem complicadas. Vejo que parte disso, assim como a Jana apontou, vem da maneira como consumimos os conteúdos produzidos. E isso por si só, já é tema pra muito debate. Pelo que eu venho percebendo nos últimos anos, estamos caminhando pra um futuro onde, pensaremos cada vez menos e executaremos cada vez mais. Acho que um possível candidato a "antídoto" contra isso, seria fazermos meio que o oposto, pensar mais antes de fazer. Seria interessante também, se houvesse mais KZbinrs abordando a questão da produtividade excessiva. Especialmente os canais que possuem milhões de seguidores. Obrigado por nos trazer essa discussão tão importante Jana.

[@jornalistarenatarosa4205]

Gente ainda lembro qdo todo mundo ficou passado em atender a fome da plataforma de fazer 3 vídeos por semana se nem sempre vc tem o que dizer, imagina várias vezes ao dia? Eu tive um canal que produzi jornalismo independente incessantemente durante os dois anos de pandemia até q a minha bateria acabou. Isso tá deixando a gente doente, não dá pra entrar nessa lógica não, e pensar q pra assistir tanta coisa as pessoas estão vendo em ritmo acelerado, e clickbait virou a normal...é a escravidão moderna darling

[@EcologiaInterior]

Mulher! Esse é o primeiro vídeo que assisto seu. Uma amiga me enviou pq disse que seria bom pra mim. Ela acompanha minha montanha russa emocional em relação ao meu canal (que criei há 2 meses), mas já sinto TODA essa pressão e já começa desestimulando quem ainda nem começou a engatinhar. Vejo que quanto mais perfimático é apresentador de programa, além da programação sugerida pelo YT, "melhor". Mas, melhor pra quem, né? Obrigada por esse vídeo! Ameeei! Continuarei te seguindo 😉🥰

[@JanaViscardi]

Seja bem-vinda ❤️

[@Henrique96Alves]

Há anos eu tentava criar coragem pra criar conteúdo pra internet. Eu precisava me dissociar de um perfeccionismo tóxico que ainda enfrento, pq pra produção diária é impossível. Eu até tô me encontrando no Tiktok, é uma plataforma mt boa pra quem quer começar, mas não tem como se aprofundar lá. Ainda tô tentando criar roteiros pro KZbin mas eu sei que não vale a pena investir taaanto nisso e talvez esse seja o ponto. É difícil ser do contra, "slow-blogging"

[@lingux_yt]

me encontrei no tiktok tb. um ou dois vídeos por semana, senão fico doido

[@marianadilascio7692]

É triste... não aguento os shorts. Seu canal é excelente.

[@mariavilma1526]

Excelentes reflexões, Jana. Acompanho o seu canal exatamente por seus conteúdos tão ricos.♥️

[@raquel_hakeu]

Eu acho que a intenção é tornar o conteúdo dos canais mais superficial. Quem controla os cordões da economia/política não tem NENHUM INTERESSE em promover debates sólidos , não tem NENHUM INTERESSE que as pessoas se desenvolvam , desenvolviam senso crítico , etc . O emburrecimento geral é uma meta que os donos do mundo ( aquela elite que se reúne e manda e desmanda , que manda fazer guerras e manda fabricar armas biológicas) tem como meta deformar a mente do ser humano , de acordo apenas com sua conveniência . O nosso trabalho é lutar contra , cada um na sua humilde medida !! Seu trabalho é maravilhoso, e mesmo que seu canal acabe , você terá produzido um material consistente, que poderá ser disponibilizado e acessado em uma plataforma , por exemplo ( como o ICL , como o SuperSentido tem feito) Somos pequenos , mas temos meios . Parabéns pela sua fibra !

[@jornalistarenatarosa4205]

puro entretenimento essa sempre foi a ideia da plataforma, mas o levante conservador fez surgirem muitos canais de conteúdo mais denso que agora estão sofrendo para sobreviver em meio a essa demanda desenfreada por informação descartável

[@rafaelalobato7145]

Jana, sei de qual canal que se trata que tá postando 7 vídeos por dia. Mas, vc tem que levar em consideração que é um canal tocado por jornalistas. É isso que a gente, em redação, geralmente tem que entregar num dia de trabalho. Ou seja, é rotina de trabalho pra eles. Não é a mesma coisa que conteúdo especializado. Vc acaba fazendo o trabalho de "tudólogo"

[@DireitoeCinema]

Jana, quanta pergunta boa. Essa uberização da sociedade é punk. Você trabalha quanto quiser, é seu próprio chefe, pode levar o escritório quando for viajar.... Resumo: temos o pior chefe do mundo, nós mesmas que não temos piedade na crítica, estamos sempre devendo e não há quantidade que seja suficiente. Tenho um canal que fala de Direito e Cinema e os vídeos precisam de tempo para serem produzidos, preciso estudar, pesquisar, refletir para depois começar a produzi-los. O meu canal é meu passatempo, não consigo produzir vídeo toda semana, nem de 15 em 15 dias. Produzo quando dá, entre uma aula e outra. Receba a minha solidariedade e um forte abraço!! Ana Victoria

[@crajirucunha]

Na uberização seu chefe é o uber, o ifood, o KZbin, ou as outra plataforma digital, não se engane com essa história de ser seu "próprio" chefe.

[@ritarocha8360]

Êta que situação angustiante... Espero que você continue resistindo, porque teu canal é muito necessário. Força!

[@thaisviegas9269]

Jana, gosto muito quando tu nos convida pra essa conversa porque o papo nos alerta, esclarece e orienta, além de humanizar as pessoas que produzem conteúdo. Cá do outro lado, ficamos consumindo vídeos mil e podemos perder de vista quem está no trabalho de produção daquele material e sob quais condições. Sendo leiga, desconheço o que conduz o algoritmo e não faço ideia da gravidade das exigências impostas pela plataforma para distribuir os vídeos. Deixo aqui minha solidariedade e respeito por teu trabalho aqui no canal e em outros lugares. Um beijo grande!

[@quinhavieri2178]

E tem o lado do público tamb! Já me afastei de canais depois de tanto ouvir "cobranças" e desabafos sobre como a gente (inscritos) precisava ver os videos assim q saíssem, compartilhar, comentar... Claro q entendo a pressão q os criadores sofrem pra chegarem nessas cobranças. Mas comecei a me sentir muito mal, culpada, incompetente, cobrada por não conseguir acompanhar todos os videos de todos os canais. Me desliguei de vários da noite pro dia e fiquei um bom tempo afastada. Com o tempo fui voltando pra alguns, e hj priorizo o "ñ me cobrar" pra deixar comentários, assistir tudo, assistir quando sai e até mesmo me inscrever. Sei q é foda para os youtubers tamb, mas eu tamb não dou conta de td...

[@mariane7682]

Jana, como eu me sinto? Moída. Mas sabe? Cada pedacinho animado com as tuas reflexões. Abração!

[@henriquedjosci]

Jana, bota o link do seu site na descrição padrão dos vídeos e nos links do canal. Assim a gente não tem que digitar a URL pra acessar. 💛

[@LimiardoMedo]

Esse conteúdo foi tão necessário 💜 estava pensando nisso essa semana, sobre as efemeridades na nossa sociedade contemporânea. Prezar a quantidade vai diminuir a qualidade se você não tem dinheiro para pagar uma equipe. Está bem complicado para canais pequenos.

[@semavatar8106]

Poxa, Jana, espero q isso mude e que o seu canal cresça pela pela qualidade e não pela quantidade de vídeos postados. Horrível esse tipo de coisa q KZbin faz. Sinceramente, eu não gosto, nem tenho saco de ficar assistindo vídeo a todo momento, tbm não gosto q os canais q eu sigo postem vídeos o tempo inteiro...imagina os produtores de conteúdo q fazem roteiros?

[@julianabenicio1310]

Jana, você materializou um desconforto que tenho sentido ao acompanhar um de meus canais preferidos aqui no KZbin. Há vezes em que eles publicam 4 vídeos no mesmo dia. Quando o conteúdo não fica prejudicado, a minha saúde mental fica. Eu sei que poderia não assistir, mas a necessidade de me manter informada e, sobretudo, a solidão em que a vida apressada e cheia de instruções ("informações") nos coloca me impelem a estar conectada à plataforma na TV, no celular e no computador. E são tantos canais, e são tantos vídeos, tanto conteúdo, que me sinto esgotada, sozinha, num campo aberto, com rajadas de vento vindo de todas as direções... cada uma me arrancando um pedacinho.

[@fabioselvo3802]

Muito boa reflexão! Tenho pensado muito sobre os rumos que nossa sociedade vem tomando, e esse efeito "tiktokzação" tem influenciado muito nossas relações para além das midias. E é importante falar sobre, pois, no caso do you tube que vinha com uma possibilidade de romper padrões, acaba caindo na mesma lógica de exploração e com olhar para os ganhos.

[@fulavio]

ótima reflexão

[@anarcarolinee]

é o famoso "pagar pra trabalhar", agradecer de joelhos que a plataforma simplesmente existe. é punk, é coisa de ir adoecendo todo mundo mesmo (quem produz principalmente, mas também quem consome). forças, Jana! obrigada pelo conteúdo, sempre ♥️

[@JenaraMiranda]

Jana, a partir do seu convite pra reflexão, porponho um outro convite pra reflexão: talvez seja um olhar utópico de alguém que estuda/acompanha a evolução da comunicação, mas não necessariamente faz parte dela, mas eu penso que uma opção/saída dessa opressão que as plataformas infligem sobre pequenos produtores de conteúdo seria a reunião/associação desses pequenos produtores em grupos mais ou menos organizados de forma que, juntos, pudessem diluir os custos com a parte mais técnica (roteiro e edição) e se concentrar no conteúdo propriamente dito. Isso ajudaria, inclusive, uma galera da técnica que também precisa se virar pra ter uma renda, mas que acaba pegando um freela aqui e ali porque os canais que podem manter um pessoal fixo já têm equipe montada. Eu percebo que a transformação do mercado de trabalho, que cada vez mais empurra o trabalhador pro lugar de "empreendedor" (contém altas doses de ironia) está fazendo com que os trabalhadores façam o caminho contrário do que se viu décadas atrás, em que muitas conquistas na área trabalhista se deram graças à pressão dos grupos, associações e sindicatos pra que as mudanças acontecessem. Claro que não estamos falando aqui na criação de um sindicato de KZbinrs, mas numa tentativa até de incentivar um modo de trabalho mais colaborativo. Mas não colaborativo no sentido de convidar o coleguinha pra participar de uma live aqui e ali e sim uma colaboração real, colaboração no perrengue do dia a dia. Daqui a pouco este grupo pode se ajudar até no sentido de entender melhor como a plataforma funciona, trocando experiências e estratégias que podem ajudar a todos. Não sei, uma ideia aí pra se pensar...

[@karlateixeira56]

Ah Jana… sua fala sempre muito necessária! Eu como ouvindo do seu canal e mais alguns como da Rita e da Sabrina os quais tento acompanhar regularmente já fico triste quando deixo acumular vários, pense vários por dia! Infelizmente sabemos que faz muito sentido essa lógica de produção tem justamente esse objetivo: que pensemos cada vez menos, vcs na produção e nós na reflexão que não interessa ao “grandes”. Que possamos resistir todos juntos e assim ao refletir escolher cada vez melhor o que assistimos. Amo teu trabalho!!!

[@sthefanyvieira4106]

Jana, eu gosto muito do seu canal. Já faz algum tempo que acompanho, sempre assisto tudo que você posta. Gosto muita das lives e dos shorts, mas os meus favoritos são essas discussões de 15-20min que vc propõem com os vídeos semanais. Acho a periodicidade maravilhosa. Beijos,

[@MariSheWolf]

Olha, eu trabalho como dominatrix e uma das coisas mais difíceis do trabalho é estar sempre produzindo conteúdo pra rede social pra continuar relevante/continuar tendo novos clientes. Eu costumava escrever textos sobre, mas infelizmente não dava tanta visualização, porque o que a galera quer ver mesmo são conteúdos fáceis de digerir. Uma foto, um vídeo bobinho... É esse tipo de coisa que te faz crescer nas redes, especialmente Instagram. E com isso a gente perde conteúdos mais aprofundados e que de fato vão te dar algo pra pensar.

[@monicacardoso4636]

Eu te admiro tanto, Jana! Sua insistência em compartilhar conhecimento me inspira, você é uma doutora, deveria ser super valorizada por isso, infelizmente a internet deu espaço aos boçais enquanto sufoca gente especial como vc. Que tristeza 😢

[@aleaguasanitaria]

Eu sempre digo: não sigo X , Y e Z, porque não sou capaz de consumir TUDO que a internet oferta todo dia. Se algum canal que eu sigo começa a postar todo dia, aquilo vai me dando uma aflição, eu não assisto todos os vídeos e acabo parando de seguir. Já deixei de seguir vários youtubers grandes por causa disso. Pra mim torna-se irrelevante aquela pessoa, me cansa. Sim, eu prefiro gente que posta uma vez por semana. No Instagram é a mesma coisa: se fica postando todo dia, eu paro de seguir, porque fico saturado. E não vejo stories de ninguém. Eu penso assim: se fosse importante, seria um post, não um storie.

[@ocianadonato]

Reflexão interessante e corajosa!!!

[@robertasantos4577]

Seu canal é tão preciso! Tão certo! Obrigada pela qualidade! Mesmo com tudo isso acontecendo!

[@pequenamente8612]

Pessoas inteligentes sempre sabem o que ver por aqui. Sua audiência sempre vai ti assistir, é um público que vc conquistou. Eu tô sempre por aqui . Beijos .

[@alinetakei4196]

Eu costuro roupas e lancei, recentemente, uma loja virtual com minhas peças. E me questionei muito sobre isso que você falou, só que aplicado ao Instagram. Não basta postar uma foto bonita lá... Cada vez mais, tenho visto vídeos curtos e dancinhas, inspiradas no Tik Tok. Então, pessoas que querem apresentar seu conhecimento, ou um trabalho autoral, ficam mais encurraladas. Criei um blog também, onde me sinto mais livre para escrever sobre o que me interessa. Mas é complicado contar com "engajamento orgânico" nas redes sociais.

[@marianamolinari4018]

Minhas férias me permitiu maratonar seus vídeos, conheci o canal agora e sinto que perdi muita coisa legal pela falta do youtube me indicar seus vídeos

[@JanaViscardi]

Seja bem-vinda, Mariana! :)

[@alokastrologica2727]

vc está certíssima por abrir esse debate e nessas horas a responsabilidade é nossa como espectadores de consumir nossos os canais de conteúdo mais aprofundado pra mostrar pro KZbin que há interesse nesse conteúdo. eu evito consumir shorts, não pq acho errado, mas pq não é o tipo de conteúdo que busco no KZbin, esse tipo de comportamento em quantidade faz a plataforma redirecionar suas decisões assim como foi no twitter que tirou os "Stories" que tinham depois de um tempo sem muito uso pelos usuários.

[@TeusSemH]

💚♥fica bem, Jana

[@xixicodoapodi]

Jana, quero agradecer seu trabalho nesse imenso mar que é a net.

[@silviacarolinamaiadossanto8198]

Tá rolando vício mesmo

Quantidade não é qualidade. Detesto lives, é pura enrolação. Se eu pudesse assistia vídeos com o dobro da velocidade, mas o KZbin tirou essa funcionalidade. E eu assisto YT 70% do tempo na TV, onde não posso fazer comentários. Batam o pé, resistam, mantenham seu formato. Vocês são os astros do Show. O KZbin não existe sem vocês.

Tá na hora de criar um sindicato de KZbinrs.

[@hnrqssz]

sua reflexão é muito boa, relevante e urgente. fico preocupado porque comecei a criar conteúdo para a internet há alguns meses e, embora [ainda] não seja um objetivo ganhar dinheiro com o que se criar por aqui, não gostaria de ter conteúdos com bons números que não se refletissem em qualidade (da minha parte). gostaria de fazer um paralelo com a fala da adele sobre criar música para sua geração e dizer que minha expectativa é que os conteúdos criados para ‘nossa geração não tiktokzada’ continuem sendo criados.

[@heloisabernardo2378]

Importante reflexão.

[@joaovitorbasilio266]

Jana, muito muito legal trazer essa discussão aqui! Trouxe aqui uma boa reflexão sobre a maneira com que nós consumimos o conteúdo e o quão “lúcido” é esse consumo. Gratidão pelo vídeo!

[@JanaViscardi]

[@claragrica]

Nossa, eu to vendo todos os Canais que sigo fazendo vídeos do tipo. Eu fico bem tensa, por que o TikTok trabalha na lógica de retirar a necessidade de conteúdo na realidade. Eu não tenho o aplicativo por que a maioria dos copilados me dão desespero e eu fico pensando que se o KZbin faz tanto dinheiro assim, como é que eles não bolam algo deles que seja tão atraente? Que que adianta ficar querendo “roubar” a atenção do tiktok no campo de batalha dele? Agora, sobre o volume de vídeos que se assiste por dia, a real é que eu deixo o KZbin como se fazia com a TV antigamente, de deixar rodando algo pra ficar escutando, então eu facilmente passo de 7 vídeos por dia, até por que existem momentos do meu trabalho que são bem mecânicos. Eu “assisti” a todos os filmes do Harry Potter assim, enquanto executava algum processo chato. Hoje em dia deixo os canais exatamente de quem se aprofunda mais em algum assunto e fazem vídeos longos, funciona como um podcast. Tendo a procurar mais no KZbin por que são os vídeo mais informativos. Tenho visto alguns canais com vídeos bastante longos tendo uma quantidade grande visualizações, mas geralmente são os que já começam com uma certa produção, já tem algum patrocínio (o que facilita pra pessoa conseguir produzir vídeos que duram 2 horas, às vezes). A real é que me parece muito que o KZbin tá querendo tirar o corpo fora em relação a pagamento, engajamento etc... assim, sei lá, passou pela minha cabeça agora refletindo sobre alguns dos canais que costumo assistir.

[@soniamf7925]

*É uma realidade. Coletivamente temos de ir pensando a respeito para não sermos todos tragados, seja como produtores, seja como consumidores.* *Abraço.* 🤗🌷🕊

[@teucorrea6658]

Tenho um canal de culinária que se chama “Teu Gostinho”. Começamos do zero, investimento baixíssimo e tudo feito por nós. Ainda é assim. Depois de ano e meio que conseguimos monetizar mas ainda longe de ver a cara do $. O custo do canal é alto. Além do tempo para gravar, criar, editar, etc, temos os custos da compra dos insumos para a produção das preparações. É desafiador demais. É desanimador também. Muitas vezes pensamos em parar, mas seguimos. Não sei pra onde. 😅

[@Lawson_Barbosaa]

Viscardi sempre brilhante ✊🏽💪🏽❤

[@patriciagss2024]

Jana, vejo que tem gente que para produzir vários vídeos abre e pronto, sem pensar. Essa está sendo a mesma lógica das escolas, os professores sobrecarregados de aulas, sem tempo de preparar aulas de qualidade, sendo submetidos a "avaliação de desempenho" e preencher notas, aplicativos, dia e noite. O foco, o aprendizado, fica esvaziado. Eu tive burnout por isso aqui no Paraná. Não pelos alunos, mas porque o Secretário da Educação (dono da Multilaser, governo do Ratinho Jr) transformou o ensino numa selvageria capitalista, com avaliações de desempenho, diminuição de horas -atividade para o professor, fim do afastamento para Mestrado, dentre muitos outros absurdos. Estou tentando o afastamento definitivo da sala de aula porque perdi minha liberdade de cátedra que é Constitucional, o que me deixou doente.

[@jonatanflauzino9180]

ótimo vídeo. ótimas perguntas

[@MeioAmbienteHojeMesmo]

Muito bom ouvir você falando sobre nossas angústias e a "escravização " de ter que produzir conteúdo numa velocidade insana.

[@paxvobus]

Espero sinceramente que esse momento de tiktokzação seja superado... Eu vi o "corte" de uma live do Felipe Neto (um corte justamente o que estamos criticando 🤭) onde ele fala sobre esse fenômeno que na visão dele culmina com as pessoas não refletindo mais sobre nada... Só correndo os vídeos curtos para terem sua dose de dopamina. O Henry Bugalho também falou dessa situação explicou que ele já passou por diversas ondas como blogs que também tiveram seu ápice e depois sua queda. Acho muito triste tudo isso... Eu pessoalmente vejo no KZbin algo muito maravilhoso onde pessoas podem ter acesso a vídeos como o seu, como do Tempero Drag, da escola Nova Acrópole com palestras maravilhosa da professora Lúcia Helena, ou Henry Bugalho.... Enfim vamos ver onde vai parar essa dinâmica.

[@alexcosta1880]

Odeio pensar que a internet como um todo anda forcando o conteúdo a ter cada vez menos espaço para reflexão. Odeio mais ainda pensar que seu canal seria encerrado por este triste e infeliz motivo - foi através de seus videos que comecei a adquirir conhecimento e empoderamento para usar a linguagem neutra. Seu trabalho significa demais para mim. Infelizmente não produzo conteúdo, gostaria muito de ter algo util para dizer e ajudar. O que venho observando ha tempos é o fato de as informações chegarem rápido demais, sem tempo para se refletir ou aprofundar no assunto.

[@rutepintodesouza2856]

Parabéns pelo seu canal Jana! Força!

[@lingux_yt]

Jana, eu acho que você deve trapacear a plataforma sempre que possível. se tiver um tema de meia hora, faz três vídeos de 10 minutos, pra monetizar, e dane-se. a gente tem que entender suas razões, afinal a gente nem paga pelo seu ótimo conteúdo! te sigo no tiktok tb, um abraço

[@paoladerossifontanelli8358]

Só quem não faz mais nada na vida consegue ver 7 vídeos por dia de um mesmo canal. Tem que pensar nisso tb, quem é seu público. Live, por exemplo, só vejo depois, porque dá pra aumentar a velocidade. Não tenho tempo pra ver tudo que eu quero

[@JanaViscardi]

pois é

[@asliteraturas]

Verdade, além da tentativa doentia de abraçar o mundo, completar todos os possíveis "buracos" para ter audiência.

[@quinhavieri2178]

Sim, tem o lado do público tamb! Já me afastei de canais depois de tanto ouvir "cobranças" e desabafos sobre como a gente (inscritos) precisava ver os videos assim q saíssem, compartilhar, comentar... Claro q entendo a pressão q os criadores sofrem pra chegarem nessas cobranças. Mas comecei a me sentir muito mal, culpada, incompetente, cobrada por não conseguir acompanhar todos os videos de todos os canais. Me desliguei de vários da noite pro dia e fiquei um bom tempo afastada. Com o tempo fui voltando pra alguns, e hj priorizo o "ñ me cobrar" pra deixar comentários, assistir tudo, assistir quando sai e até mesmo me inscrever. Sei q é foda para os youtubers tamb, mas eu tamb não dou conta de td...

[@enairavetter8149]

Oi Jana, a conclusão que chego é que é a precarização do trabalho virtual. Tenho loja virtual e sinto a mesma angústia, parece que nos é exigido cada vez mais de entrega pra que o nosso anúncio chegue ao consumidor. Só me falta fazer dancinha no tiktok...... Te deixo aqui um grande e afetuoso abraço!

[@silvaniaoliveira8792]

💪Força Jana! precisamos de você!

[@FlaviaCarvalho]

Agora como quem assiste eu comecei a sair dos canais que estão lotando de videos, pq quantidade não é qualidade, dai canais que sempre gostei de assistir como meteoro agora faz live e cortes mil...é uma maneira de tentar continuar a existir mas honestamente me sinto sufocada de videos e mais videos...não sei até que ponto ceder é o caminho Mas entendo pq vocês buscam viver disso, eu já desisti faz tempo rs

[@PatriciaScarpinTK]

Querida, já perdi as contas de quantas vezes fui perguntada sobre o porquê de eu não fazer vídeos de receita (antigamente mais, agora não tanto). Eu não consigo nem imaginar a trabalheira, e como minha fonte principal de renda nada tem a ver com o blog eu não posso investir nisso. Admiro quem consegue produzir conteúdo DE QUALIDADE, como vc, ainda mais lutando contra a maré da banalização de tudo. Você é maravilhosa!

[@JanaViscardi]

Querida ❤️

[@pombinho.tattoo_vegan]

Muito bom o conteúdo 👏

[@JanaViscardi]

Obrigada 🙌

[@ninivemsvanrossum9173]

É uma lógica de trabalho escravizador para o criador de conteúdo e emburrecedora para quem consome! Extremamente perigoso socialmente que foca em bitolar os dos lados do jogo com o KZbin manipulando ao seu bel prazer.

[@stefanyhelen21]

Trabalho com Marketing Digital e canso de dizer que REDE SOCIAL É CASA ALUGADA, TENHA UM SITE. E mesmo trabalhando com Marketing eu me canso desses sensacionalismos idiotas, luto contra isso, tanto que isso tá no nome da minha empresa: Frigga Marketing com Alma.

[@Leda736]

Obrigada por seguir incitando conversas tão lúcidas

[@kojimajessica8977]

Jana, adoro o seu canal. Nos seus vídeos, você conseguiu colocar em poucas palavras coisas que eu não consegui expressar minha vida inteira! E sou muito, muito grata por isso. Conseguir expressar e entender meus argumentos transformou minha vida. Espero que essa tiktokização seja passageira, ou ao menos que não se torne o principal tipo de conteúdo nas plataformas. Muita força para você, e desejo sorte na sua jornada.

[@JanaViscardi]

[@felipeamerico1576]

a autoexploração parece ser o futuro para essas grandes empresas. muito triste.

[@AlmaJunguianaDorianeDemuth]

Concordo com vc e senti isso na produção de conteúdo do meu canal. Os vídeos são longos pq trago estudos de psicologia. Não tem como mais de um vídeo por semana, eu mesma edito e tenho e preciso estudar o conteúdo. O conteúdo é profundo e as pessoas precisam de tempo para digerir. Depois de 4 anos finalmente 1000 seguidores. Ahhh que desafiador.

[@karlaakemi]

Eu não estou gostando/conseguindo assistir canais que antes tinham no título uma breve explicação e passaram a ter títulos assim: Não aguentei e contei tudo. Coisas que não compro. Abri meu coração e olhe o que aconteceu. Ninguém te contou que… E o pior é que vc clica e assiste e não tem nada ali. Era um vídeo ruim, sem conteúdo, com metade do vídeo pedindo da curtir etc. e as vezes o título nem faz sentido com o vídeo 😆 Fica muito voltado pra essas regras e constância alucinante da plataforma. Eu não tenho o aplicativo dos vídeos curtos e não gosto do short do YT. Mas penso a maioria gosta desses vídeos curtos. Nem imagino o trabalho que deve dar fazer um vídeo bem feito e não ganhar praticamente nada em troca. Complicado.

[@marenhas]

Boa reflexão. O Felipe Neto vem falando disso bastante e do malefício para as pessoas que estão viciadas nas timelines infinitas, nesse "passar adiante" sem fim.

[@chrisduarte4940]

Ô KZbin!!!!! Não f**** os bons né?! Jana é necessária e não a queremos despedaçada!

Eu comecei um hiato no KZbin que já dura dois anos achando que tava ficando muito hardcore produzir conteúdo pro KZbin. Mal sabia eu que isso era só aponta do iceberg. Eu vou voltar pro KZbin um dia, mas já antes de voltar eu já tô prevendo o próximo hiato

[@sthess1]

Ñ assisto mais de 3 vídeos em um dia e escolho muito bem. São vídeos interessantes e com qualidade. O YT vai ter muitos vídeos postados e poucas visualizações se for por mim.

[@rogerioaraujo2094]

Jana, da deve ter muita gente pensando igual a vc em todo mundo, só falta juntar essa galera e criar um grupo de pressão, se o Google for exposto ele muda...

[@ol_zy]

Estou para começar um canal onde abordarei vários temas, mas mantendo um foco em questões LGBTQIAPN+ e coisas relacionadas. E fico com esse medo constante de "nunca ir pra frente". Eu não teria cabeça pra um vídeo por dia, quem dirá sete. Meu plano era ir "na sorte" mesmo, ir fazendo no meu tempo, ir postando, e é isso. Se meu público for pequeno, tudo bem. Se eu tiver visualizações pontuais, tudo bem. Estive produzindo mais no Instagram, e desde lá percebo essa crise da produção de conteúdo na Internet, que está se tornando apenas produzir por produzir e só; sendo sobre quantidade apenas, e não qualidade. É deprimente, também não sei como lidar. Mas estamos aí, né.

[@JanaViscardi]

Eu acho que ninguém deve começar um canal com expectativas de que “dê certo”, nessa lógica de números algos e alcance rápido, em especial se é um projeto solo, sem verba. Isso não significa não fazer, significa reconhecer que pode haver ótimas possibilidades de diálogo mas tb um mar muito grande a navegar.

[@cleeosaraiva]

Ouvir muitas verdades

[@augustopinto7431]

Ótimo vídeo. Essa Jana é fera.

[@leticia_veiga]

Jana, já ouviu o podcast do Revolushow com o Luide, a Laura Sabino e o Jones Manoel falando sobre a produção de conteúdo na internet? Talvez o bate papo desse episódio possa te ajudar a pensar sobre e ajudar tbm a melhorar.

[@JanaViscardi]

Obrigada!!!

[@leticia_veiga]

@@JanaViscardi disponha 😘

[@JhonatanKn]

Oi Jana, adoro seu canal, acompanho sempre que possível, o que mais me fascina, é modo como você traz esses debates, como você mesma disse, as leituras críticas, nesse formato mesmo, acho extremamente pertinentes, um beijo, parabéns por mais este conteúdo de qualidade.

[@taisbaldon]

Tenho, há tempos, vontade de mandar o youtube para o inferno. Não paro totalmente de ver pq gosto de teus vídeos, de Rita VH, um pouco de 247, L Nassif, outros poucos mais. Mas é bem enjoativo no geral. Não uso mais nada além de Whatsapp (que tem sido invadido de comércio e dá vontade de mandar à merda tbm). Ok, sou velha e deprê (já nasci velha e deprê) mas olha, tá difícil de suportar o mundo. Demais.

[@thaisn.b.5918]

exato! é que nem a lógica produtivista da academia. se vc sai submetendo um tanto de artigos , só para ter produção, mas n tem tempo p pesquisar, aprofundar , logo, poder de fato contribuir de maneira relevante substancial, vc só ta ajudando a roda aí , se exaurindo , mas não provocando reflexões e contribuindo de fato com a construção de conhecimento.

[@lyndianelima]

Isso mesmo. Parece que nós aqui são levados por uma onda 🌊. Como consumidores também somos desafiados manter os pés no chão.

[@davisetim2]

comentário para engajar

[@JanaViscardi]

[@deiadedeia4211]

Comentários de quem não entende absolutamente nada desse mundo...Mas não seria o caso de dividir um vídeo maior em três postagens por dia?

[@laurarodrigues7791]

@@deiadedeia4211 vc pode explicar então?

[@yta23xp]

Pessoal, o lance é FAZER DANCINHA. Simples assim, taoquêi? E academia, só se for de ginástica, pra deixar tudo no shape. Mais glúteo, menos neocórtex. Viva o futuro! Viva as redes sociais pautando a vida, como se não houvesse alternativa fora delas!

[@idvss]

Jana quando preciso de equilíbrio e ajuda para fincar os pés na realidade, nos dias q parecem q vou enlouquecer com tanta correria e cobrança diante da rotina diária, eu venho aqui no seu canal e escuto uma mulher real, linda e sabia que faz com q eu me acalme e ligue o foda-se: rotina vai esmagar outra pq eu não, eu me canso, eu fico triste, eu tenho limites. Te amo Jana 💝

[@andiaraha1]

Eu estou abismada com a lógica do youtuber que quer aumentar o número de vídeos diários vai melhorar a "entrega" ou as visualizações por vídeo. Qnto mais vídeos postados menor a entrega pq tem mais vídeos à serem sugeridos tanto seu qnto dos outros, a "vitrine" ( que é a pg inicial) tem um espaço limitado. E principalmente o tempo de nós audiência é extremamente limitado Pense 7 vídeos de 15-20 min cada são cerca de 2horas por dia, isso por si só limita nossa audiência à 8 canais se deixar falando o tempo todo, 12 se a pessoa não dormir🙄, quem é inscrito em apenas 12 canais? Sem contar que essa dinâmica não deixa espaço p/ conhecer coisas novas que seria a principal vantagem do app. Por essas e outras ( explicadas no próprio vídeo) que aumentar o n° de postagens diárias apenas destrói o ambiente virtual.

[@Lestr4ng3]

Jana, esse vídeo seu me tocou em um lugar de muita reflexão. Tanto que decidi até pegar o computador pra conseguir discorrer com mais fôlego. Hahahaha. Esse pensamento, da quantidade e da velocidade de consumo dos conteúdos que hoje parece inescapável, principalmente por uma limitação processual e, importante dizer, eletiva das redes e quem está por trás delas me levou a lembrar de uma situação, nas últimas semanas, em que me peguei extremamente ansioso por esperar pela liberação de um vídeo da Rita von Hunty. Depois de muito atualizar o feed do KZbin e olhar no Instagram, parei pra pensar que, assim como Rita expôs em um dos seus vídeos, nós somos captados por essa lógica do puro consumo dos conteúdos, do consumo rápido e irrefletido de qualquer coisa. Acredito que nós, espectadores, de maneira pré-consciente (porque não acredito que seja de maneira consciente, nem inconsciente - algo como um senso prático), acabamos por exercer certa pressão por uma demanda que acaba por requerer menos pensamento e mais produção de quem está a frente de um conteúdo. A ânsia pelas respostas aqui e agora sobre o que se passa a nossa volta, um certo alento às nossas angústias são, hoje, refletidas naqueles que acompanhamos, que se tornaram nossos porta-vozes. Incorrendo, talvez, em uma lógica elitista (e peço desculpas caso seja o caso), parece que cada vez menos nós temos a possibilidade de buscar, por nós mesmos, as respostas para aquilo que nos preocupa e de refletirmos, em conjunto, sobre os temas que são levantados. Acredito que o momento e a conjuntura sócio-histórica nos demanda, na verdade, reflexão e busca por burlar esse sistema que gera lucros para outras camadas que não nós, que consumimos ou produzimos conteúdo. Talvez a conjuntura nos demande mais parcimônia mas não sei até quando é possível visto que cada vez mais desaparecem as possibilidades de um diálogo qualificado. Fico com a esperança de que um dia melhore.

Ótima reflexão, Jana! E a questão é mesmo o consumo. Por muito algum retornou uma idealização que existiu no início da internet de que seria a democratização definitiva. Canais de reflexão e crítica experimentaram uma projeção impressionante e ficamos com a sensação de que "havia espaço para todos" e isso exigia mais determinação do que esforço. Henry Bugalho fez um desabafo próximo ao que você está fazendo. Canais como o Meteoro parecem estar se saindo melhor por que notícia também é consumível. Mas reflexão e sobretudo reflexão crítica não interessa a esse mercado de espetáculos. O tempo da reflexão não gera ganhos na velocidade que as plataformas perseguem, não porque os produtores de conteúdo, pretendam ficar milionários, e alguns até pretendem. Mas porque o ganho da plataforma é se materializa apenas em grande escala. E os veículos indutores de ansiedade são viciantes no limiar do desespero, ou seja fenômenos quase que pulsionais, como a própria lógica do consumo em si. Também não tenho resposta para essa situação. E isso deveria ser ótimo, pois o que faz evoluir nossa humanidade é identificar e elaborar nossos problemas. Já a mercadoria precisa ser consumida insanamente para superar os eternos gargalos da redução das taxas de lucro. Bjks e boa sorte pra nós.

[@DiegoPujoni]

Eu te entendo demais, Jana. Tenho um canal e sei como é difícil e muito cansativo.