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Um exemplo recorrente é o de um dispositivo que utiliza um volante acionado manualmente para gerar energia elétrica. O volante, ao girar, armazena energia cinética. Essa energia é então transferida para um alternador, que a converte em energia elétrica. A corrente elétrica, por sua vez, alimenta um motor elétrico, que impulsiona uma bomba centrífuga.
Mas onde está a falha? A resposta reside na termodinâmica, a área da física que estuda a relação entre calor e outras formas de energia. A segunda lei da termodinâmica nos ensina que é impossível converter toda a energia disponível em um sistema em uma forma mais útil. Em outras palavras, sempre haverá perdas no processo.
No caso da máquina em questão, as perdas se manifestam de diversas maneiras:
• Atrito: O atrito entre as peças do sistema, como no eixo e nas polias, dissipa energia na forma de calor.
• Conversão de energia: A conversão de energia cinética em energia elétrica no alternador e vice-versa no motor elétrico também gera perdas.
• Resistência elétrica: A corrente que flui pelos fios e outros componentes elétricos encontra resistência, dissipando energia na forma de calor.
Essas perdas são inevitáveis e limitam a eficiência da máquina. Na prática, a quantidade de energia gerada pela bomba centrífuga será sempre menor do que a energia mecânica inicial aplicada ao volante.
Simplificando ainda mais:
• Se o sistema fosse realmente eficiente o suficiente para gerar "energia do nada", poderíamos simplesmente acoplar o volante diretamente à bomba centrífuga, sem a necessidade de toda a parafernália de conversões.
• A bomba, nesse cenário hipotético, funcionaria com a energia mecânica do volante, sem perdas nas conversões intermediárias.
Portanto, a ideia de uma máquina que gera energia "do nada" é ilusória. Vídeos que propagam essa tecnologia enganosa exploram a falta de conhecimento do público em física para vender produtos ou ideias mirabolantes.