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A temática do diagnóstico é sempre atual e relevante pois é determinante tanto para a condução do tratamento na clínica quanto para a promoção de políticas públicas de qualquer país. Isso significa que, embora, os objetos de estudo e as ferramentas de trabalho da psicanálise e da psiquiatria sejam bem diferentes, estas têm trabalhado cada vez com maior proximidade de acordo com as demandas, por vezes, dos próprios sujeitos em tratamento, por vezes dos seus pais ou responsáveis e até pela demanda das instituições onde esses sujeitos estão inseridos. Na contemporaneidade a clínica psicanalítica com crianças e adolescentes têm recebido e encaminhado casos para, e da, psiquiatria, pediatria, neuropediatria e outros saberes médicos. Temos trabalhado, mais frequentemente, em equipes multiprofissionais com nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapêutas ocupacionais e acompanhantes terapêuticos. Diante dessa diversidade de saberes, como pensar a questão do diagnóstico na clínica com crianças e adolescentes? Essa é a proposta desse encontro e hoje: consideramos que a psicanálise atende o sujeito e não a criança, o adolescente, o adulto ou o idoso. Consideramos também que o diagnóstico na psicanálise não é tomado em termos de transtornos, mas de estruturas. Incluiremos nesta discussão a proposta de Jean-Claude Maleval de pensar o autismo como quarta estrutura. Diante de todos esses elementos únicos da prática psicanalítica, como praticar a psicanálise e, ao mesmo tempo, contribuir e receber os demais saberes do trabalho multidisciplinar.