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A solércia de Cristo - Ecclesia - 08/10/2024
Dom José Falcão faz uma reflexão sobre a sagacidade, a perspicácia de Cristo. Cita os seguintes textos: "É a conjectura rápida e fácil sobre os meios" Aristóteles, Analytica posteriora, LI, c. 34 “A solércia é a prontidão em decidir pelo bem diante do imprevisto, sem ceder à injustiça, à covardia e à intemperança”; é “a qualidade de espírito de quem, diante de uma situação nova, muitas vezes complexa e delicada, descobre por si mesmo o que deve fazer” Domenico Marrone "A sagacidade (também chamada solércia, eustoquia), é a prontidão de espírito para resolver por si só casos urgentes, para os quais não é possível parar para pedir conselho" Antonio Royo Marín, OP, Teologia moral para seglares, Madrid: BAC, 2012, vol.I, p.422 A mulher flagrada em adultério Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: "Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso?" Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: "Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra". Inclinando-se novamente, escrevia na terra. A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: "Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?" Respondeu ela: "Ninguém, Senhor". Disse-lhe então Jesus: "Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar". João 8,1-11 O imposto a César deve ou não ser pago? Reuniram-se, então, os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras. Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens. Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?" Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: "Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!" Apresentaram-lhe um denário. Perguntou Jesus: "De quem é esta imagem e esta inscrição? De César", responderam-lhe. Disse-lhes, então, Jesus: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Esta resposta encheu-os de admiração e, deixando-o, retiraram-se. Mateus 22,15-22 Com que autoridade fazes essas coisas? Jesus e seus discípulos voltaram outra vez a Jerusalém. E andando Jesus pelo templo, acercaram-se dele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, e perguntaram-lhe: “Com que direito fazes isto? Quem te deu autoridade para fazer essas coisas?” Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta; respondei-ma, e dir-vos-ei com que direito faço essas coisas. O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. E discorriam lá consigo: “Se dissermos: Do céu, ele dirá: Por que razão, pois, não crestes nele? Se, ao contrário, dissermos: Dos homens, tememos o povo”. Com efeito, tinham medo do povo, porque todos julgavam ser João deveras um profeta. Responderam a Jesus: “Não o sabemos”. “E eu tampouco vos direi, disse Jesus, com que direito faço estas coisas”. Marcos 11,27-33 O “incidente” em Nazaré Lucas 4,22-30.