A temporalidade do indivíduo x a temporalidade da classe | Café Bolchevique #25, com Mauro Iasi

Já chegamos a 1 milhão de visualizações do #CaféBolchevique, a coluna mensal de Mauro Iasi na TV Boitempo!
No #CaféBolchevique, Mauro Iasi discute conceitos-chave da tradição marxista a partir de reflexões sobre acontecimentos da conjuntura política e social recente no Brasil e no mundo. Se inscreva no canal e venha tomar este café conosco!
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No episódio deste mês, nosso querido colunista trata da diferença entre a temporalidade do indivíduo e aquela das transformações históricas. Refletindo sobre as dificuldades colocadas pela conjuntura e pela ansiedade do militante em encontrar soluções para os problemas que o afligem, Mauro Iasi defende a necessidade da consciência de um ser coletivo que extrapole o indivíduo. As palavras de Maiakovski, Pablo Neruda, Silvio Rodriguez, Atahualpa Yupanqui e Paulina Chiziane nos ajudam na difícil tarefa de nos guiarmos a partir da temporalidade das grandes transformações, ancorados nos que vieram antes de nós e cientes de que a luta nos transcende.
O que você achou da análise? Quais conceitos e temas você gostaria de ver o Mauro comentar no canal? Não deixe de registrar suas sugestões aqui nos comentários! :)
Esse episódio do Café Bolchevique foi coordenado por Isabella Meucci, com edição de Uva Costriuba.
📚 LEITURAS DO MÊS
📕 MANIFESTO COMUNISTA, de Karl Marx e Friedrich Engels
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📕 GRUNDRISSE - manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política, de Karl Marx
☛ bit.ly/3bIUdKs
📕 ESBOÇO PARA UMA CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA e outros textos de juventude, de Friedrich Engels
☛ bit.ly/2YZbzjl
📕 KARL MARX: uma biografia, de José Paulo Netto
☛ bit.ly/3vqnkvh
📕 O CADERNO AZUL DE JENNY: a visita de Marx à Comuna de Paris, de Michael Löwy, Olivier Besancenot
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📕 O DESAFIO E O FARDO DO TEMPO HISTÓRICO: o socialismo no século XXI, de István Mészáros
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[@niltonperes2849]

Excelente 👍 precisamos conter nossa ansiedade individual. Somos um ser coletivo!

[@laracastro-]

que vídeo maravilhoso! enche a gente de esperança! parabéns ao mauro e à boitempo, venceremos! ✊🏼

[@mendellbarreto7649]

Café Bolchevique pra começar o final de semana 100% Vermelho!!!!

[@mariano.s]

Que bom lembrar do maravilhoso cantor e poeta Atahualpa Yupanqui, obrigado

[@sandrampaulino228]

Ser social, histórico e transcendente, pelas gerações que o seguirão. Ser coletivo bem explicado nas citações da literatura por Mauro Iasi. Seguiremos...

[@theodorodelrio]

Obrigada Professor Mauro

[@talitagantus4587]

Grata pelas suas palavras que sempre me atravessam! Sigo inspirada na luta revolucionária por pessoas como vc! Vida longa!

[@anamaffei7407]

Mauro Iasi, você é demais!! O video é maravilhoso. Já assisti muitas vezes, todas as vezes que me apequeno nessa vidapreciso sair

[@anamaffei7407]

me apequeno nessa vida

[@wadilsono]

a paciência é uma virtude revolucionária

[@silviafigueiredo8685]

já me sinto com menos pressa...e isso é um sentimento bom!

[@robertogonders5703]

É sempre ótimo desfrutar das palavras do professor Mauro Iasi. O que deixa o Café Bolchevique, encorpado apreciável!

[@lucindamorato1889]

Fantástica sua fala de hoje. Recheada de poesias , citações emocionantes.

[@thaisdias8823]

Que video maravilhoso! Me emocinei!

[@maisumuser]

A lucidez de Mauro Iasi é maravilhosa!

[@filipeferreira7287]

Só um aviso aos camaradas, parecia um pouco baixo o volume do áudio hoje! no mais, excelente conteúdo, COMO SEMPRE! Avante!

[@byjonathan_]

Fico sempre esperando esse vídeos do Iasi. E definitivamente esse é um vídeo sobre paz de espírito. Obrigado, camarada!

[@taisbaldon]

Prof., eu sei que não lerá isto mas devo dizer que fico sem palavras a cada Café Bolchevique.

[@mauroluisiasi8961]

Leio sim

[@taisbaldon]

@@mauroluisiasi8961 Quanta honra! Ganhei o meu dia.

[@ismailulianov1321]

Parabéns, Mauro e a Boitempo!!

[@guilhermestrozi]

Ótimo vídeo!

[@felipechaves1745]

Acho que uma coisa transformadora na maneira de pensar a sociedade, é ter em mente a dinâmica da constante transitoriedade das coisas. Com isso, evitamos de cair nas armadilhas que dizem como as coisas são, ao invés de dizer como as coisas estão. O Universo e tudo que nele existe, estão em constante transformação, a Terra e a vida estão em constante evolução, cada um em sua escala de tempo, assim é também com a sociedade e seus indivíduos. A dinâmica do mundo é entendida em bilhões de anos (tempo geológico), mas, ainda assim, nenhuma pedra e nenhum morro, não foi e nem será sempre como os vemos agora. Em outra escala, a dinâmica dos indivíduos é entendida em unidades e dezenas de anos e das sociedades, em centenas e milhares de anos. Logo, por mais que nos pareça, dentro da nossa escala individual, que as coisas são, em outras escalas elas estão. E isso muda a visão de que o indivíduo é um todo em um mundo fixo, para a visão dele como parte de um todo em constante transformação, das suas ações como parte de um conjunto de ações coletivas e históricas. “Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.” (Heráclito) “O verdadeiro significado da vida é plantar árvores, sob cujas sombras você não espera sentar.” (Nelson Henderson)

[@rfbite]

"Hermanos nosotros nacimos de la noche en ella vivimos y moriremos en ella pero la luz será mañana para los más, para todos aquellos que hoy lloran la noche, para quienes se niega el día. Para todos la luz, para todos todo."

[@matogrosso555]

Boa!

[@celacantho]

excelente!

[@amotaba]

Excelente vídeo

[@antonios.ch.5164]

Outro poeta que canta o futuro é Alfredo Zitarossa, “no hay nada nás sin apuro que un pueblo la história, no lo seduce lá glória...”

[@guilhermetc2631]

Obrigado pelo vídeo Mauro! Já conhecia essa sua discussão justamente do seu livro que citou, mas precisava ouvir isso novamente neste momento da vida. É o espírito da camaradagem, insuperável!

[@gubalinslins1661]

A percepção do ser, é está enclausurado na revolução...

[@rodrigofontoura9514]

Boa

[@nadjaarruda6196]

É sempre um aprendizado ouvir o Mauro Iasi!

[@paperes]

Gostei, mais uma vez, de o escutar. Deixo-lhe uma outra referência: "Aqueles que se percam no caminho Que importa? Chegarão no nosso brado Porque nenhum de nós anda sózinho E até mortos vão a nosso lado." In "Jornada" uma poesia do poeta português José Gomes Ferreira. A poesia foi musicada pelo Maestro Fernando Lopes Graça, e é talvez a mais conhecida das «Heróicas», canções compostas em 1945-1946. Estas canções ligaram-se profundamente à actividade do MUD-Movimento de Unidade Democrática (1945-1948) de que "Jornada" se transformou numa espécie de hino não-oficial, assim descrito aliás pela própria PIDE (polícia politica do fascismo). O MUD foi um movimento político de oposição ao regime fascista integrando comunistas, republicanos, socialistas, monárquicos, católicos e uma massa muito significativa de personalidades e pessoas simples, homens e mulheres sem partido que tinham sido atraídos à luta contra o fascismo e pela democracia. Saudações democráticas

[@sunyasaude4510]

🥰👏👏

[@vicentejouclas2518]

Bom ter assistido. O coletivo tirando o indivíduo de sua temporalidade e o indivíduo dando ao coletivo materialidade! Valeu!

[@leonardomanduca5451]

que vídeo foda!

[@franklinrios]

✊✊

[@zillahmurgelbranco1511]

Belo, Iasi!

[@LGFortes1]

✊✊✊✊

[@guibarocre]

Obrigado, Mauro!

[@brunooas]

Bom demais Seu Mauro, botei fé nas ideias.

[@brunob7536]

bora pra cima!

[@keilamariazeferino1935]

Agradeço profundamente pela análise, extremamente necessária, recuperou minhas forças

[@MarciaSantos-hj9zv]

🤗

[@wilsonguida5943]

Tema importante.

[@luisestebandominguez6788]

De lejos nos reconocemos, por el lejano mirar, por la copla que mordemos, semilla de inmensidad Belissimo video Parabens Pergunta Porque nao usar os conceitos de diacronia e sincronia?

[@kalado153]

Legaliza 🌞🌿

[@vitorlima1092]

Gostei do cafezinho!

[@mondosama]

Saudações Samânicas e muito obrigado!

[@carloseduardodealencastro122]

O problema não é apenas o das relações entre o trabalho morto e o trabalho vivo, relações que reduzem a temporalidade do trabalho vivo do indivíduo ao acúmulo da temporalidade do trabalho morto da classe, posto que, na verdade, este acúmulo de trabalho morto muda da classe trabalhadora para a classe capitalista, muda do trabalho vivo da força humana de trabalho para o trabalho morto da produção do capital. Noutras palavras, as forças produtivas (ansiosas, mutáveis) entram em contradição com as relações de produção (serenas, imutáveis), ou seja, as forças produtivas são as associações dos indivíduos livres, são a comunidade dos indivíduos livres, são as comunas, são os sovietes, são as associações das temporalidades dos indivíduos e só quando elas são tais que as temporalidades da classe se libertam da dominação de classe, das relações de classe e são históricas e épicas como forças produtivas da vitalidade histórica e não mais como relações de produção da mortalidade histórica. A classe como um campo de relações das forças produtivas é composta dos trabalhadores proletários operários, dos camponeses, da pequena burguesia, da fração burguesa dos ideólogos e, até mesmo, do lumpenproletariado, ou seja, a classe não é uma estrutura e sim uma conjuntura das associações dos indivíduos livres das diferentes classes e frações de classes, ela resulta da conjunção da forças produtivas e não mais da estruturação das relações de produção. E precisamente por resultar das conjunções das forças produtivas dos indivíduos livres associados que a temporalidade dela é a temporalidade dos indivíduos livres e não a temporalidade da classe produtivamente estruturada, quer dizer, é a temporalidade das forças produtivas dos indivíduos e não a temporalidade das relações de produção das classes e visa sim a temporalidade dos indivíduos livres das sociedades de classes bem como a extinção da temporalidade das relações de produção de classes prisioneiras das sociedade de classes. Acho que este aspecto não pode ser deixado de fora e a história se reduzir à fruição da temporalidade da classe como campo das relações de produção da sociedade de classes, do capital, porque aí corremos a tentação de reduzir a história à repetição sem fim das lutas de classes e da eternização das sociedades de classes ou reduzir a história ao eterno retorno das lutas de classes e das sociedades de classes. Há um papel revolucionário da ansiedade, das forças produtivas e/ou da temporalidade do indivíduo que merece ser considerado. Ou não?!

[@Oxtorayk]

O retorno!!

[@caiojosesales5713]

Saudações revolucionária camaradas.

[@rafaelll8786]

Toda revolução não é apenas direcionada para o futuro, mas também redime as revoluções fracassadas do passado. Todos os fantasmas das revoluções passadas, que estão vagando insatisfeitos, finalmente encontrarão seu lar na nova liberdade.

[@zigotoEF]

Acho que a questão é que a catástrofe climática se aproxima a passos largos, talvez não tenhamos tanto "tempo histórico" assim....

[@PedroNeto1987]

Gostaria que o professor falasse sobre o argumento liberal do "polilogismo", segundo o qual, conforme diz Mises, o indivíduo não possui "vontade" e é apenas um reflexo inconsciente da sua classe. Como se o indivíduo fosse apenas um avatar e não possuísse discernimento, bastando pertencer a uma classe para automaticamente ser anulado em sua subjetividade. Eles usam esse argumento para afirmar que a percepção de classe marxista é apenas um jogo de palavras, quando na verdade o jogo de palavras vem deles mesmos.

[@tiagovisque]

Eu desacredito que a consciência de classe influencie mais o nosso inconsciente e as nossas emoções do que a ideologia liberal que nos inunda. Não estou falando que nós não temos conhecimento da importância da consciência de classe na luta, mas o que eu enxergo na pratica são dois comportamentos: 1) daqueles que não sofrem da necessidade urgente de uma mudança se acomodarem com o estado que estamos e 2) daqueles que tem a necessidade urgente de alguma questão se afastar da luta após não conseguir daquilo que necessita ou depois de consegui daquilo que necessita. Não enxergo essa percepção de fusão maior na qual nos todos, apesar de nossa diversidade, nos entendemos como um ser coletivo da ordem do Capital. Não enxergo essa consciência revolucionaria entre nós. QUERO ESTAR ERRADO!

[@gilbrito2]

Onde eu leio mais sobre esse tema? Algum livro específico?

[@matogrosso555]

E' o Jimmy Page na foto?

[@joaopaulodias1537]

qual é o nome desse poema do Maiakovski?

[@raimundomartinsdeloiolafil7879]

O som me pareceu baixo.

[@Mauro_B._Vieira.]

Sou um homem para o qual o futuro é sempre, invariavelmente, uma grande tragédia. Seja o futuro sonhado, ainda assim, uma grande tragédia, um fardo insuportável.

[@marcioflaviomenezes9802]

Essa e a diferença entre Alma e Espírito. O Espirito é coletivo, está pertence aos períodos da História

[@marcioflaviomenezes9802]

E a alma pertence ao indivíduo...

[@nilsoncamargooliveira2933]

Engraçado que no decorrer de sua preleção você citou vários indivíduos diferenciados da coletividade...

[@basculhoboy5238]

Pelo amor de Deus, ajustem o áudio, pra eu poder ouvir olhando pro Mauro, e, não, com o celular grudado nazorelha tudo, kkkķkkk...

[@guilhermeviegas6139]

vídeo de um velho camarada velho

[@carloseduardodealencastro122]

A destruição das forças produtivas é a solução encontrada pelas relações de produção para garantir o eterno retorno das suas dominantes relações de produção. Já a revolução ou mudança das relações de produção é o movimento do desenvolvimento das forças produtivas libertadoras e criadoras de uma sociedade sem classes. Bolsonaro está perseverando na destruição sistemática das forças produtivas e está cancelando a temporalidade dos indivíduos sejam indígenas, quilombolas, mulheres, homossexuais, LGBTQI+, crianças, jovens, trabalhadores formais e informais, com bolsa família ou auxílio emergencial e faz isto tirando deles as terras, as florestas, a dignidade e autonomia, o carinho/cuidado/proteção/alimento/educação/trabalho/renda/vida. Genocídio, racismo, feminicídio, homofobia/homicídio, pedofilia/infanticídio, prostituição, desemprego, trabalho escravo, miséria, fome. A escritora que retrata na sua obra a vida cotidiana que reconhece como sendo igualmente a vida de seu povo é um indivíduo cuja temporalidade pessoal coincide com a temporalidade coletiva das diversas pessoas de seu povo e, nesse sentido, as temporalidades dela e do seu povo são expressões do campo no qual se encontram e se desenvolvem as forças produtivas. As temporalidades dos genocidas, dos racistas, dos feminicidas, dos homicidas, dos infanticidas, dos milicianos, dos escravocratas são expressões do campo no qual se situam em atividade de eterno retorno às relações de produção estruturais e estruturantes do capitalismo nas Américas e, principalmente, no Brasil. Escrevi estes comentários ontem, 20/11/2021, e tinha desistido de publicar este acima, mas depois de encontrar este questionamento sobre o assunto forças produtivas/relações de produção, www.ifch.unicamp.br/formulario_cemarx/selecao/2015/trabalhos2015/Gustavo%20Lopes%20Machado%2010007.pdf, resolvi publicar. É interessante pensar que as forças produtivas apareçam associadas aos valores de uso e, desse modo, ao desenvolvimento das forças naturais, logo, igualmente associadas às questões ambientais e ecológicas na medida que elas expressam as forças produtivas naturais ou, como aparece expresso neste link, o conteúdo da riqueza material, o que pressupõe a inclusão da temporalidade do indivíduo em oposição à forma social da riqueza ou as relações de produção que implicam na temporalidade da classe dentro das relações de classes da sociedade de classes sociais. A questão da classe como campo das forças produtivas que se forma a partir da classe operária, camponesa e das frações da pequena burguesia, da fração burguesa dos ideólogos e, até mesmo, de fração do lumpenproletariado, quer dizer, como conjunção da riqueza material natural e/ou das pessoas naturais e fora ou em contraposição à estruturação da riqueza em artificial forma social e/ou das pessoas se desnaturalizando pelo desempenho de personificações artificiais estruturadas em classes sociais.