André Martins: a critica de Spinoza ao livre-arbítrio

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André Martins Filosofia

André Martins Filosofia

3 жыл бұрын

Respostas de André Martins às suas questões postas nos comentários.
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Пікірлер: 74
@ifbonomini3704
@ifbonomini3704 Ай бұрын
Prof, você é potência de agir! És ensinamento não só nas palavras, mas com todo teu corpo e Ser potencial… empolgação contagiante!Gratidão por compartilhar teu saber, sempre com uma naturalidade impressionante, sem o narcisismo tão miseravelmente propagado nas mídias atuais. Felicidade e a própria virtude! Você vive o que Spinoza deixou. Assim quero ser. Gratidão!
Ай бұрын
Muito obrigado pelas palavras! Sigamos juntos! 🙌
@jorioeduardo5801
@jorioeduardo5801 Жыл бұрын
Exato. Somos determinados pela natureza a desejar, a se esforçar para perseverar em existência, ser feliz, saudável. Mas, a natureza também possibilitou ao homem ter uma mente complexa capaz de autorreflexão, de entender as causas que lhes determina e portanto se autodeterminar pelo conhecimento. Então, existe necessidade, mas não um absoluto determinismo. Concordo
@patriciaserfaty
@patriciaserfaty 2 жыл бұрын
Impressionante o seu talento para transformar temas complexos em inteligíveis. Você é um educador muito generoso, que desconstroi o perfil da antipatia tão presente na tribo dos antigos e ultrapassados intelectuais.
2 жыл бұрын
Que bom, Patricia! Obrigado por esse retorno. Sigamos juntos! 🥰🙏 🙌
2 жыл бұрын
Observo que a antipatia de boa parte dos intelectuais, assim como uma maneira complicada de se expressar, são meios de retórica para se valorizar, isto é, afetos passionais disfarçados de razão e conhecimento, que na verdade revelam uma grande insegurança e por conseguinte um desejo de exercer poder sobre o interlocutor... Para a reforma do pensamento é crucial prescindir de tais defesas psíquicas, que se revelam na forma, independentemente do conteúdo. 🙏😊 🙌.
@mariasocorro5959
@mariasocorro5959 2 ай бұрын
Gostei muito . Deus te abencoe
@alvaroluizconegundes9530
@alvaroluizconegundes9530 3 жыл бұрын
André sei que o tema envolve controvérsias! Quero apresentar uma: O psicólogo Benjamin Libet, em um experimento hoje considerado clássico, mostrou que uma região do encéfalo envolvida em coordenar a atividade motora apresentava atividade elétrica meio milésimo de segundo antes dos voluntários tomarem uma decisão - no caso, apertar um botão. Estudos posteriores confirmaram a tese de Libet, de que a atividade encefálica precede e determina uma escolha consciente.
3 жыл бұрын
Álvaro, esse exemplo corrobora o que Spinoza nos mostra: não há NEM livre-arbítrio NEM determinismo. Essa polarização dicotômica traz dois pólos falsos. 😊
@gersomferreira7626
@gersomferreira7626 2 жыл бұрын
Autoridade absoluta em spizoza. Grande professor, sempre com temas excelente para meu tratado do intelecto. Gratidão
2 жыл бұрын
Obrigado, Gersom! Sigamos juntos! 🙌
@Anascarlate
@Anascarlate 16 күн бұрын
Boa explicação! :)
@henriquespindola5281
@henriquespindola5281 3 жыл бұрын
"Proposição 29. Nada existe, na natureza das coisas, que seja contingente, em vez disso, tudo é determinado, pela necessidade da natureza divina, a existir e a operar de uma maneira definida.": daí me parece evidente que todas as nossas escolhas só poderiam ser as que foram. E isso configura uma forma evidente de Determinismo, um Determinismo a partir de causas eficientes. Não sei se vc usou esse tipo de acepção para a palavra no vídeo.
3 жыл бұрын
😊 Não configura não, Henrique. Achei que eu tinha conseguido esclarecer no vídeo, mas tudo bem, gravarei outros vídeos buscando explicar de forma ainda mais clara.😊 🙌
@henriquespindola5281
@henriquespindola5281 3 жыл бұрын
@ Por favor! Eu entendi várias coisas do vídeo, mas, no que diz respeito a um afastamento da noção determinista não ficou muito claro pra mim. Obrigado pelo vídeo!
3 жыл бұрын
Combinado! 🙌
@SueliLimaCoach
@SueliLimaCoach 3 жыл бұрын
Tão difícil, o mais difícil, de entender esse ponto, livre arbítrio segundo Spinoza. Mas de tudo q tento aprender c/ o Ande, isto é um desconforto q intuo não ser possível ignorar. Espero, um dia, ter mais paz e mais afetos alegres c/ essa minha sede de saber.
3 жыл бұрын
É um prazer trocar e buscar esclarecer, Sueli. Disponha! Sigamos juntos!
@osmarcoelho13
@osmarcoelho13 Жыл бұрын
Muito bom. Que o guia das escolhas sejam os afetos ativos que estao em todos nos e no mumdo.
Жыл бұрын
Isso!
@ruinogueira4953
@ruinogueira4953 Ай бұрын
Olá professor André. As idéias de Spinoza cita muito o fato que precisamos ignorar os encontros que nós causa tristeza, só escolher os que nos deixam alegres, não no primeiro encontro é claro, esse é imprevisível. Eu pergunto! Mas isso não é uma discriminação intelectual do ser humano?
Ай бұрын
Olá, Rui Spinoza não diz isso. Há um autor, Deleuze, que diz que Spinoza diz isso, mas não é bem assim. Spinoza propõe que busquemos o que nos faz bem, mas também que compreendamos o que nos faz mal, pois isso ajuda a modificar a maneira com que nos afetamos por elas. Abraços 🙌
@Anascarlate
@Anascarlate 16 күн бұрын
@rwnogueira
@rwnogueira 3 ай бұрын
Prof. André é muuuuuuuuito phod#%$@... poucos minutos e muita DIDÁTICA ❤
3 ай бұрын
Obrigado, Wagner 🙌
@clubedopianobotucatu4144
@clubedopianobotucatu4144 Ай бұрын
Professor André. Parabéns pelo vídeo esclarecedor. Quando o senhor se refere a Moura Turcato, trata-se deusa autor ou um aluno? Obrigado
Ай бұрын
É apenas o nome de quem fez a pergunta por escrito como comentário squi no meu canal do KZbin. Um abraço 🙌
@marcoslucio7612
@marcoslucio7612 2 жыл бұрын
Tudo indica que as decisões ou escolhas sempre afetivas sejam, então, embaladas ou potencializadas pelo inconsciente, dentre outros fatores. Ou não?
2 жыл бұрын
Isso, Marcos, só que o inconsciente enquanto substantivo não existe, é o nosso psiquessoma, somos nós. A instância consciente é que é falsa, uma ilusão imaginária. Prefiro usar inconsciente como adjetivo, não como substantivo. Abraços. Sigamos juntos 🙌
@marcoslucio7612
@marcoslucio7612 2 жыл бұрын
@ Obrigado pela gentileza da atenção. Admiro seu trabalho deste a primeira entrevista sua a que tive acesso. Afinidade imediata rs. O termo livre-arbítrio é conceituado pelo dicionário Houaiss como sendo a “possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante”. O dicionário Aurélio o conceitua como a “possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência mesma desse poder”, e acrescenta: “refere-se o livre-arbítrio principalmente às ações e à vontade humana, e pretende significar que o homem é dotado do poder de, em determinadas circunstâncias, agir sem motivos ou finalidades diferentes da própria ação”. Ademais, decompondo o termo e analisando seus elementos, temos que “livre” deriva de “líber”, e “arbítrio” de “arbitrium”, ambos do latim, os quais mostram seu sentido originário, com cuja tradução para a língua portuguesa há perfeita correspondência, eliminando qualquer confusão terminológica. Pelas explicações fornecidas e pela ideia que nos dão as palavras que compõem o ILUSÓRIO termo, concluímos que o livre-arbítrio nada mais é que a possibilidade de agir, de fazer escolhas, sem quaisquer interferências externas, pois se o tiver, deixa de ser livre, uma vez que “livre” significa isento de restrições, controles ou limitações. Surge-nos aí uma grande dificuldade: Será que há alguma escolha, ação, ou atitude que seja completamente livre de fatores externos e, principalmente ,subjetivos/internos/inconscientes? Será que é possível ao homem agir em função de sua vontade liberta, como um fim em si? Será que existe essa tal liberdade pura? Se houvesse, então faria sentido falar no fantasioso livre-arbítrio rsrs .MAS...como somos movidos e estimulados quase sempre pelo inconsciente, NÃO HOUVE E NÃO HÁ, EVIDENTEMENTE, o tal do ilusório livre arbítrio em hipótese alguma, não é mesmo?. Abraçaço e bons trabalhos com saúde e sorte!
@sobrevivente_do_caos1
@sobrevivente_do_caos1 3 жыл бұрын
André, talvez o que, em geral, entendemos por determinismo seja o que confunda nosso entendimento. Determinismo parece estar muito próximo do que os religiosos entendem por "providência divina". Ilustrado, por exemplo, pelo versículo: "Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados". Quer dizer, como se tudo que aconteceu e acontecerá conosco estivesse, a priori, determinado. Se Spinoza pensasse assim, não teria nenhum porquê, não faria nenhum sentido escrever "Ética".
3 жыл бұрын
Sim. Fato é que não há determinismo em Spinoza em nenhum sentido... Trara-se apenas de uma má interpretação do texto de Spinoza. 🙌
@fernandocapllonch5926
@fernandocapllonch5926 2 жыл бұрын
SE HOUVESSE UM DETERMINISMO SUPERIOR "DEUS" NÃO HAVERIA LIBERDADE DE AÇÃO E PENSAMENTO !!!
@marcelosilva3978
@marcelosilva3978 Жыл бұрын
Obrigado
@franciscomarciorj
@franciscomarciorj 3 жыл бұрын
Prezado, se para Espinosa o humano não pode se ver como um "império dentro de um império", a ideia de determinismo não seria justamente guiada pela crítica de que a ação humana não pode se sobrepor às leis da Natureza, de modo que a mesma depende do conhecimento adequado daquilo que ele pode ou não fazer em virtude de sua própria natureza enquanto modo finito da substância? Assim, o determinismo da Natureza naturante não impediria que o humano desenvolva sua liberdade, que faça escolhas, mas ele estará sempre determinado pela rede de circunstâncias que ele não pode determinar de antemão. Seu próprio corpo, enquanto um indivíduo complexo, seria constituído de outros corpos mais simples, como seus órgãos - que impactariam a maneira de afetar e ser afetado - sem falar na rede de relações com outros corpos (humanos e não-humanos) advindas desde seu nascimento. Procede? Um abraço e parabéns pelo trabalho
3 жыл бұрын
Olá, Marcio! Pela sua própria descrição, não há um "determinismo da Natureza naturante", mas sim uma limitação do homem enquanto modo da natureza. O homem não é, pelo mesmo motivo, "determinado pela rede de circunstâncias", mas sim limitado pelas circunstâncias reais. Esta leitura tradicional de Spinoza, que você traz em seu questionamento, parte da dicotomia falsa de que só existiria ou bem uma onipotente liberdade imaterial e ideal do humano, ou bem um determinismo. Mas essa construção mental dicotômica não existe na realidade. Pois, por um lado, a liberdade real não é a liberdade como devaneios da idealização e da imaginação, por mais que se apresente esse imaginário como "racional", "forma pura da razão" ou outros delírios da imaginação disfarçados de razão. E a essa liberdade delirante tampouco se contrapõe um determinismo. O que há, tal como busquei mostrar, é a possibilidade de uma liberdade real, de escolhas reais, dentro da natureza, sem nem uma imaterialidade da vontade, nem um determinismo. Observe que o termo determinismo, com seu sufixo "ismo" denota a ideia de que haveria na verdade uma predeterminação, i.e. uma determinação prévia daquilo que ainda não aconteceu - e não é isso que Spinoza está dizendo. Um grande abraço!
3 жыл бұрын
Em resumo, Marcio, suas considerações estão corretas! ; mas isso não constitui um determinismo. 🙌
@franciscomarciorj
@franciscomarciorj 3 жыл бұрын
@ Oi, André, muito obrigado pelo retorno. Entendi seu argumento para não usar a palavra “determinismo” como uma crítica à ideia de “predeterminação” em função de fins, é isso? Mas você usaria o termo “necessitarismo”? Como sabemos, Espinosa afirma na E1def.7 que “Diz-se livre a coisa que existe exclusivamente pela necessidade de sua natureza e que por si só é determinada a agir. E diz-se necessária, ou melhor, coagida, aquela coisa que é determinada por outra a existir e a operar de maneira definida e determinada”. O que eu quis destacar é que, de acordo com a leitura que tenho do filósofo, a partir do momento em que há um efeito, este efeito estará necessariamente ligado a uma causa que viabiliza sua existência. De acordo com a primeira parte da Ética, só a substância é causa de si, ao passo que todas as outras coisas passarão a existir de acordo com o nexo causal precedente. Espinosa não usa o termo “determinismo”, mas afirma na EIP26, por exemplo, que “Uma coisa que é determinada a operar de alguma maneira foi necessariamente assim determinada por Deus; e a que não foi determinada por Deus não pode determinar a si própria a operar”, por isso compreendo a existência de um determinismo (ou de um “necessitarismo”, se você preferir) que explica a concepção e causação das coisas. Claro que, em virtude do conatus, não é contraditório afirmar que cada coisa exerce, em diversos graus, mas sempre de modo “limitado”, a potência de agir que a Natureza exerce de modo ilimitado. De toda forma, pela EIIIP6., “as coisas singulares são modos pelos quais os atributos de Deus exprimem-se de uma maneira definida e determinada (pelo corol. da prop. 25 da P.1), isto é (pela prop. 34 da P.1), são coisas que exprimem de uma maneira definida e determinada a potência de Deus, por meio da qual ele existe e age”. Um grande abraço e desculpe se estou lhe parecendo inconveniente.
3 жыл бұрын
Veja, Marcio, "ismos" não ajudam a compreensão, não ajudam a pensar, são apenas categorias classificatórias reducionistas. As passagens que você citou apenas dizem que não há nada sobrenatural, nem que não aja por causas próximas. Ou seja, o que está sendo dito por Spinoza é apenas que o atributo pensamento não age sobre o atributo extensão, e que Deus não tem vontade. Não se trata de um determinismo pois não há um encadeamento previamente necessário, previamente determinado. Afirmar a necessidade das coisas diz respeito ao presente e ao passado, é o que eu busco esclarecer no vídeo. Achar que Spinoza está falando de futuro, é apenas uma maneira de criar um frisson imaginário na filosofia dele, desnecessário e contraproducente para sua compreensão. O futuro só é necessário à medida em que acontece como presente e passado; enquanto futuro é tão somente imaginação. Não aprecio a mistificação das teorias.
@franciscomarciorj
@franciscomarciorj 3 жыл бұрын
@ Oi, André, entendi seu modo de pensar. Só não sei até que ponto fugir do "ismo" retira a determinação e a necessidade da filosofia de Espinosa. Não estou pensando a determinação e a necessidade em termos de predestinação, até porque isso não está de acordo com a teoria de crítica à tradição finalista que Espinosa desenvolveu. Além disso, Espinosa fala do perigo de imaginar a temporalidade (antes, agora, depois) como fonte do conhecimento adequado da realidade, por isso a eternidade é falada em termos de concepção e causação. A temporalidade que concebemos é resultado da imaginação (EIIp44) - do hábito e da memória -, da forma como nos deixamos marcar pelas coisas que nos afetam, por isso pode vir a ser, por diversas vezes, causa da inadequação. Do ponto de vista ontológico, a eternidade da substância não é explicada pela duração ou pelo tempo (EIdef.8), mas justamente por sua potência causal. Espinosa nos leva a questionar toda uma tradição fundada nas dicotomias "dentro/fora", "corpo/mente", "pensamento/extensão", ele rompe com essa visão a partir de seu "mon-ismo". Entendo seu esforço de oposição a essa tradição e estou de acordo contigo. Agora, quando está a serviço da imaginação (daquela que diminui a potência do pensar), a linguagem sempre será causa do erro e da impotência, com ismo ou sem ismo; afinal, de acordo com Espinosa (EIIP40), a linguagem é feita de generalizações e também começa pela imaginação. Parabéns pelo trabalho e obrigado pelo diálogo. Grande abraço,
@beatota
@beatota 2 жыл бұрын
Obrigada !! Acho que finalmente entendi melhor essa visão!!
2 жыл бұрын
Que bom, Beatriz! 😊🙏
@renanczOFFICIAL
@renanczOFFICIAL Жыл бұрын
Uma inquietante dúvida professor André, em relação ao livre-arbítrio e ou escolha em Spinoza. Quando ele fala do Burro a equidistância de cestas 🧺 de água e de alimentos , com ambas sensações de sede e fome. Spinoza fala então: se o burro não agisse apenas pela totalidade da sua vontade, ele morreria por natureza da falta de “um afeto mais interessante e desejável já que ambos alimentos/ água estão guardados em uma caixa, ambas idênticas e equidistantes ao animal, e, sem uma vontade própria (Spinoza diz vontade e realidade ser a mesma coisa..),ele morrerá por falta de água ou alimento pela indecisão congela te. Ou seja, passivamente vemos o instinto animal de sobrevivência (fome e ou sede) sendo “causa” da ideia que ao nos apetecer(desejo), iremos nos por em movimento em sua direção e concretizar ao menos enquanto pretensão, digo pois em pretenção de ser feliz, dada a essência humana… Aqui não parece que sempre uma causa que precedida de outra ao infinito sempre DETERMINARÁ, na imanência, todos os encontros com o mundo e somado com nossas ideias e afetos temos aumento (ou redução) da nossa potência de agir (prazer e “expansão da mente”) ; digo, afetos que passivamente irão nos modificar em potência e em ideia natureza do próprio intelecto enquanto ser determinado por ideias e percepções de sensações . Isso pois seria uma constante busca pela alegria e ou alegre saber poder Foucaultiano”? E também em relação ao livre-arbítrio Spinoza pontua que a “ mente é determinada a querer isto ou aquilo por uma causa que é, também ela, determinada por outra, e esta última…e assim até o infinito." Esse tom de ação >resultado >ação etc está sempre presente em diversas formas de escrever a Ética na era digital doa likes de dopamina.. Sempre algo que me precedeu me fez estar nesse ou naquele caminho, portanto, determinado (DETERMINISMO) pela “soma dos afetos e ideias etc numa coexistência temporal de coisas percebidas pela mente conforme sua potência naquele instante?
@renanczOFFICIAL
@renanczOFFICIAL Жыл бұрын
Digo, ele fala: “ciclano gosta de pão de queijo mas não se questiona porque ele sem “autorização ou escolha do que lhe é bom enquanto uma forma de alegrar por algo determinado em conformidade com as coisas tomadas como boas a partir do instante que me causou prazer (e o prazer não foi algo que eu escolhi..). Então, numa metáfora mental ilustrativa das ações e reações continuas e sucessivas desde o big bang, a qual então eu proponho a pensarmos uma sequência de dominós caindo e derrubando o próximo etc…Onde estaria a potência humana de agir frente ao Infinito (infinito em potência e em intermináveis sequências de ação e reação)??? Eu tenho liberdade de perceber e sentir enquanto sou soprado pelo universo e, sabe-se lá o motivo, a a aleatoriedade da natureza fez algo consciente e sensitivo para lhe alto contemplar em sua Vontade de Potência infinita …
Жыл бұрын
Olá! São muitas questões presentes em suas considerações. Mas vejo um ponto central de compreensão a esclarecer: segundo Spinoza, seguir o que dá prazer não é necessariamente falta de liberdade, e essa é a grande novidade que sua filosofia nos ajuda a entender. As alegrias passivas não são livres, MAS as ativas sim. Ou seja, se o prazer for meramente mental, não é livre. Por isso não há Livre-arbítrio, que se caracteriza por uma dissociação de uma escolha mental em relação ao psiquessoma (corpo-e-sua-ideia) da própria pessoa. Só há liberdade qdo nossas escolhas escutam nossa ideia-do-corpo, E esta expressa afetos-ativos (sempre alegrias, sempre prazerosos, mesmo que eventualmente envolvendo complexos afetivos nos quais existam alegrias passivas e mesmo tristezas). A liberdade não é ir contra o corpo ou contra o universo; ao contrário, ir contra o corpo é tão servidão qto segui-lo em seus afetos passivos... 🙌
@Asafe_f
@Asafe_f 7 ай бұрын
Olá, amigo. Venho aqui desesperadamente pedir sua ajuda, sobre o problema do livre arbítrio. Pois após sentir o peso de sua possível inexistência e como isso impacta toda a realidade e experiência humana, eu me sinto sem esperanças, inerte e sem vontade de viver. Então, eu sei que o texto é longo, mas eu imploro, que caso possa, me ajude. Infelizmente, essa é uma questão que sempre me quebra mentalmente. Eu estou em um período de depressão profunda e grave, eu vivo num niilismo profundo desde que ao ficar isolado por muito tempo e lidando com vícios eu comecei a perder minhas esperanças com o mundo. Obcecado por ciência como sempre fui, sempre busquei as razões fundamentais de tudo. Em parte também pelo fato de que meus vícios e depressão anestesiaram minhas emoções fazendo com que para mim fosse necessário um estimulo perfeito a nível cósmico para mudar de vida. Entretanto nada mudava e a frustração tomou conta de mim até que eu deixasse de acreditar no poder da força de vontade e na meritocracia. Quando minhas pesquisas esbarraram no calvinismo, na neurociência e na química do cérebro, eu simplesmente quebrei. Da noite para o dia eu fui forçado a acreditar que não havia liberdade em nenhum grau e que tudo que somos é fruto da nossa interpretação da realidade, que é um processo passivo alheio à nosso controle e vontade. Fazendo com que mesmo que você possa escolher o que quer, você não escolhe o seu ''querer''. Estamos sempre presos e limitados a algo. Isso refutou para mim a existência de Deus e a existência de qualquer tipo de magia ou metafísica. E de repente eu me vi preso em um meio fatalista. Como se na verdade tudo o que fazemos, fazemos porque nos faz bem, e nós apenas racionalizamos isso para satisfazer nosso ego e julgamento para não nos sentirmos egoístas, o que em princípio, é o que nós somos fundamentalmente. Apenas vivemos buscando o prazer, e o que é considerado prazeroso depende dos julgamentos induzidos na nossa mente. Em resumo, a mente cria a consciência e não o contrario. E a mente por sua vez é fruto do meio em que nascemos e a nível básico da genética que temos. Sendo assim a consciência um mero espectador do nosso corpo tomando as próprias decisões induzidas por uma série de fatores. Eu não aceitei esse fato. Não era possível que isso pudesse ser real. E buscando na ciência alguma coisa que pudesse preservar o livre arbítrio o que eu encontrei foi ainda pior, todo o problema da genética, dopamina, córtex pré-frontal, neurotransmissores, neuroplasticidade e etc, apenas reforçaram a tese fatalista e tornando o mundo e as emoções cada vez menos reais ou lógicas. Nesse momento eu me senti uma pedra. Completamente inerte, apático e confuso. Eu estava tão triste em saber que qualquer vontade minha foi imposta pelo mundo, e qualquer mérito que eu tenha não existe, logo não existe recompensa por nada na vida, pois o conceito de recompensa depende da interpretação, e agora sabendo desse fato eu não me permito mais ser feliz, eu simplesmente girei a chave que mudará minha vida para sempre de uma maneira terrível, logo, não quero mais viver. E foi assim, que, pela primeira vez na vida, eu senti vontade de morrer. Mas o choque que isso me causou foi tão grande que eu comecei a fingir que estava tudo bem. Mas não estava. Toda vez que eu começava a me sentir melhor, esse pensamento voltava. E quanto mais eu lutava mais ele persistia. Não consegui ignorá-lo. Eu precisava (e preciso) acreditar que há liberdade e portanto mérito e responsabilidade para me motivar a fazer qualquer coisa. Depois desse período eu não fui mais ao trabalho, minhas contas estão chegando minha família está irada com a minha postura, mas eu não tenho forças se quer para sair da cama. Eu me prendi em um mundo de devaneios e passo o dia inteiro neles, para manter minha mente sã, pois se eu continuar pensando nisso, temo que eu irei me matar ou consumir alguma droga. Então me responda uma coisa. Como? Como, tendo consciência de que a liberdade plena e utópica não existe, como o senhor consegue viver? Como você se diverte? O que te motiva a lutar depois de saber de tudo isso? Como você consegue lidar com isso sem colapsar em sua própria mente como eu? Eu juro, que se eu pudesse trocar meus braços em troca de esquecer esses pensamentos eu o faria. Isso tirou completamente meu sentido de viver. Afinal agora tenho esses pensamentos intrusivos toda vez que sou exposto à alguma fonte de felicidade, e se eu tentar ignorar eles vão voltar, e um dia vão me pegar em um momento fragilizado, e eu não quero nem pensar no que virá a seguir. Sendo assim eu espero por favor, que me responda, é muito importante para mim.
7 ай бұрын
Olá! Vou lhe responder, mas primeiro preciso lhe dizer algo importante: quando estamos vendo as coisas com intensa negatividade e algum grau de confusão, é essencial procurarmos um médico para nos receitar um antidepressivo, e por vezes também um ansiolítico e um anticonvulsivante. Não deixe de buscar esse apoio medicamentoso que seguramente lhe ajudará a dar prosseguimento a sua busca, com maior lucidez e serenidade. Agora vamos à questão. Não existir o Livre-arbítrio não quer dizer que não temos liberdde escolha. Quer dizer algo na verdade muito simples: que não podemos escolher algo meramente por uma dissociação mental, e impor isso à realidade ou a nosso comportamento. Que bom que é assim! Exemplo: Se eu quero voar, não é por isso que vou conseguir voar. Então vou precisar usar uma asa-delta etc. Do mesmo modo, se eu quero não me irritar, não quer dizer que vou conseguir, então na realidade vou precisar começar aos poucos, entendendo o contexto, os gatilhos que desencadeiam minha irritação, vou precisar entender o que eu sinto em certas situações (ex: sinto-me ameaçado, lembro inconscientemente de momentos ruins do passado?)... Ou seja, decidimos sim, mas não há como colocar em prática nossas decisões assim do nada. Entender que não há Livre-arbítrio significa isso: que temos que compreender o que está na base do que queremos mudar, e as transformações se darão sempre aos poucos. Segundo a crença no Livre-arbítrio, bastaria pensar em algo e impor esse algo à nossa realidade. Mas na vida real não é assim. Que bom! Precisamos aceitar a vida para podermos aos poucos transformar algo nela. Espero que tenha sido de alguma ajuda essas minhas poucas palavras. Abraço 🙌
@lpgarrido
@lpgarrido 4 ай бұрын
Segundo Espinosa, o determinismo é absoluto, por mais que a mente nos sugira ilusoriamente algo diverso. A dinâmica dos pensamentos, a sua lógica própria, ainda que singular, isto é, individual, não pode desfazer essa constatação necessária, pois não há contingência. A lei de causa e efeito vale para toda Natureza, e no ser humano não pode ser diferente, afinal, como diz a máxima, a Natureza não dá saltos...
4 ай бұрын
Spinoza não usa o termo "determinismo"; esse é um termo de intérpretes, a partir de certas passagens. É importante lembrar que para Spinoza não há nada sobre-natural; o que não é sinônimo de determinismo.
@fernandoreis5909
@fernandoreis5909 2 ай бұрын
Filosofia dos corpos afetados de Spinoza é genial , otimo video , Tb vejo assim o livre -arbitrio
2 ай бұрын
Que bom, Fernando! Abraços 🙌
@renanczOFFICIAL
@renanczOFFICIAL Жыл бұрын
Spinoza fala da potência do universo, cita que tudo é precedido de uma causa bem definida, então onde estamos com relação a nossa potência ou capacidade de decidir ou mesmo culpa e mérito por não ser exceto talvez uma alucinação dos sentidos em especial da visão?
Жыл бұрын
Olá! Creio que respondi em seu outro comentário. Acrescento apenas que de fato para Spinoza não faz sentido a culpa, nem o mérito se o tomamos como seu oposto. Abraço!
@jppedro1008
@jppedro1008 Жыл бұрын
Nossa, gostei bastante do vídeo, de verdade. Bom, me interessei por Espinosa a partir de Deleuze e naturalmente ele se tornou minha referência como comentador, além de um pouco que li da Chauí. E dai fiquei curioso, quais comentadores você recomenda? E o que acha de Deleuze, Chauí e Antonio Negri? (os três que chamaram mais minha atenção) Abraços! e obrigado pelo conteúdo!
Жыл бұрын
Que bom! Considero esses três muito interessantes! Embora eu veja erros graves em Deleuze. E discorde de certas leituras de Chauí e de Negri. Recomenfo vivamente Laurent Bove, assim como Pascal Sévérac e Lorenzo Vinciguerra.
@luisaugustobonilha8210
@luisaugustobonilha8210 8 ай бұрын
Verdade . Livre arbítrio e Determinismo sao duas construções, faces da mesma moeda de "resolver " as questões que afligem o Homem. O advento da psicanálise, propondo que o Homem não é senhor em sua própria casa, as teses da Relatividade Geral que demonstra quão limitada é nossa compreensão do mundo que nos cerca diante do que denominamos Tempo e Espaço, e as recentes descobertas da neurociência de como o cérebro e a consciência nos comandam provam que o livre-arbitrio à moda cristã ocidental é uma quimera.
8 ай бұрын
Exatamente, Luis 🙌
@brunofiorentini
@brunofiorentini 2 жыл бұрын
Professor, Seria o arbitrio em Spinoza, a base para a terapia Jungiana? Explico, entendi que no processo terapêutico, busca-se o reforço para a tomada de decisões baseadas no prazer próprio, ou priorizando o que é bom para mim.
2 жыл бұрын
Olá Bruno! A explicação que você deu está perfeita. No entanto, não conheço Jung o bastante para associá-la a sua teoria. Abraços 🙌
@renanczOFFICIAL
@renanczOFFICIAL Жыл бұрын
Se do instante 0 se sucedeu o 1 e assim ao infinito nos constantes encontros dos corpos até chegarmos aqui, seria a liberdade uma data no Universo no qual o inconsciente e aleatório universo parou e deixou sua sofisticada obra Mente Humana , está pois, com tempo e encontros de corpos parados no tempo espaço l, pode definir seu futuro por potência e ideia adequada? Seria estranho as leis da física se romperem dos contínuos modos de tudo ir se seguindo conforme determinado, para que nessa ruptura o Eu pudesse definir sua escolha (e não ilusoriamente ir e pensar ser livre apenas por se alegrar com o movimento que lhe concretiza a sensação de agir por natureza da alegria lhe envolver continuamente..? ).
@renanczOFFICIAL
@renanczOFFICIAL Жыл бұрын
a alegria lhe envolver enquanto vontade “dopaminergica evolutiva mente predefinida e totalmente excludente da potência humana em definir algo . Afinal, sou 4 bilhões de anos de evolução das espécies em algo que por vontade própria (will to power?) da natureza me fez nisso que desconheço por completo e parece ser mais de uma potência gritando em seu egocêntrico 1 em 100 bilhões de neurônios desejando ser mais e além..
Жыл бұрын
Olá! Creio que respondi em seu outro comentário. Abraço!
@rico3d2009
@rico3d2009 6 ай бұрын
Se tem uma coisa que Spinoza propôs foi o determinismo. O determinismo que a ciência compreende, não o dos fatalistas e do destino inevitável. Sem determinismo não há previsibilidade e não há liberdade
6 ай бұрын
Determinismo é um termo que Spinoza nunca usou. Usá-lo depende portanto sempre uma interpretação.
@luisaugustobonilha8210
@luisaugustobonilha8210 8 ай бұрын
Espinosa propõe o filtro da razão como elemento da verdadeira liberdade, pois sem ele nao há liberdade de fato, muito embora nossos sentidos nos levem a julgar diferente. É o cérebro nos enganando. Prof. Outra questão: É certo afirmar que o Deus Natureza de Espinosa era intrinsecamente bom? É verdade dizer que a filosofia de Espinosa nega o mal como uma realidade assim como o bem?
8 ай бұрын
Isso! Organizei um livro publicado pela ed. Martins Fontes intitulado "O mais potente dos afetos", em que autores do Brasil e da França abordam esses temas. Abraço 🙌
@joseCOSTA-ki1xt
@joseCOSTA-ki1xt Жыл бұрын
Se Spinoza diz que não há liberdade nos modos da natureza, então Spinoza acredita no determinismo. Concordo com o filósofo holandês.
Жыл бұрын
Bom dia, José, Spinoza não diz isso... Um grande abraço 🙌
Жыл бұрын
A questão é o que se entende por liberdade. Se é ser um império dentro do império da natureza isso não existe. Mas seria uma liberdade imaginária. E é somente em relação a essa ficção de liberdade que se supõe então um determinismo, que é a ficção oposta. Tenho um vídeo aqui no canal em que explico porque não há determinismo em Spinoza (esta é uma leitura equivocada de comentadores, como tantas outras...) 😊 🙌
@robertobelas6919
@robertobelas6919 Жыл бұрын
Encontro vigor no pensamento de Espinosa por trazer a suprema velocidade de Deus. Quer frente a alguém que opere próximo a uma bestialidade quer frente a alguém que opere racionalmente sobre o seu próprio corpo e tudo que lhe é circundante. A este último foi dado a graça de uma porção maior de felicidade, mas não de liberdade. Da forma apresentada Espinosa se configura menor e não justifica a sua importância e coragem de dar esse ângulo ao tema.
Жыл бұрын
Bom dia, Roberto. Spinoza não antropomorfiza Deus, o que parce acontecer em sua fala. Tomá-lo como se tivesse uma mente e uma vontade humanas é que, segundo Spinoza, o diminui. 🙌
@96385276
@96385276 Жыл бұрын
Vc tem insta?
Жыл бұрын
Sim, mesmo nome do KZbin: @andremartinsfilosofia
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