Рет қаралды 53,714
Zaquia Jorge, para quem não sabe, é a Estrela de Madureira cantada por Roberto Ribeiro no samba-enredo da dupla Acyr Pimentel e Cardoso, que acabou se transformando em sucesso nas rodas de todo o Brasil.
Em 1975 a escola escolheu como enredo "Zaquia Jorge, Vedete do Subúrbio, Estrela de Madureira", sendo a disputa interna vencida pelo compositor Avarese. No entanto, o samba que ficou em segundo lugar, composto por Acyr Pimentel e Cardoso, acabou sendo gravado por Roberto Ribeiro sob o título "Estrela de Madureira", e se tornou um clássico do samba, e também uma espécie de hino da escola, tornando-se muito mais famoso que o samba vencedor daquele ano.
E pensar que ao morrer, por afogamento na praia da Barra da Tijuca em 1957, Zaquia Jorge levou mais de 4 mil pessoas a seu velório, no Teatro de Revista Madureira. O próprio presidente da República na época, Juscelino Kubitscheck, pretendia comparecer ao funeral, como revelou a notícia publicada em O Globo: "Todavia, tarefas imprevistas, no Palácio do Catete, frustraram o seu propósito, pelo que o chefe do governo se fará representar no sepultamento da artista". (...)
Completavam-se, então, cinco anos que Zaquia Jorge havia inaugurado a casa de espetáculos -- o primeiro e único teatro de rebolado do subúrbio carioca. A estréia ocorreu com a peça Trem de luxo, inclusive mencionada no samba Estrela de Madureira ("E um trem de luxo parte / Para exaltar a sua arte / Que encantou Madureira").
Letra:
Brilhando
Num imenso cenário
Num turbilhão de luz, de luz
Surge a imagem daquela
Que o meu samba traduz
Ah...
Estrela vai brilhando
Mil paetês salpicando
O chão de poesia
A vedete principal
Do subúrbio da central foi a pioneira
E...
Um trem de luxo parte
Para exaltar a sua arte
Que encantou Madureira
Mesmo com o palco apagado
Apoteóse é o infinito
Continua estrela
Brilhando no céu