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Os assassinatos do jornalista britânico Dom Philipps e do indigenista Bruno Pereira nos deixaram profundamente tristes. Os dois trabalhavam juntos nessa difícil luta no Brasil para defender a Amazônia e suas culturas indígenas. Sabemos muito sobre o jornalismo, profissão de Dom, mas sabemos muito pouco sobre o que faz um indigenista, que era o trabalho de vida de Bruno.
Ser indigenista não é uma aventura, mas um modo de vida. É preciso conhecer o mato e respeitá-lo, ouvir o som que sai de lá, se integrar. É preciso admirar e respeitar as culturas indígenas. É saber suas línguas, seus idiomas. É preciso ser um interlocutor com os órgãos públicos, a voz que faz ecoar as necessidades dos povos indígenas. É preciso conhecer muito bem a legislação indigenista e também a administração pública. Fazer política, saber um pouco de antropologia, de biologia, de geografia, ser didático…
Ser um indigenista demanda experiência e dedicação, mas sobretudo vocação para ser um aliado desses grupos que estão sendo dizimados, sofrendo com a mineração ilegal, com o desmatamento das florestas, com a pesca igualmente ilegal, com o narcotráfico e lutando sempre!
Que cuidemos da memória desse indigenista tão importante que foi Bruno Pereira, de pessoas como Chico Mendes e Dorothy Stang, que não eram indigenistas por formação, mas como muitos outros se foram lutando pelo bem estar dos povos indígenas e de todos nós. Que cuidemos dos que seguem na luta e torcendo para que tenham forças para aguentar esse Brasil muito pouco empático e governado por pessoas que só pensam na sua própria perpetuação no poder. Vamos lembrar dos bons exemplos!
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