Autismo Feminino - O Problema da Invisibilidade

Como disse Djanila Ribeiro, para que um problema seja solucionado, é necessário tirá-lo da invisibilidade. No caso das meninas e mulheres autistas, esse trabalho de conscientização e aumento da representatividade tem contribuído para que a nova geração seja vista e mais bem atendida do que a anterior.
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[@rebekinhagambassi]

Fresca, esquisita, relaxada, chata, doida... e assim vai a fila de adjetivos que nós temos que carregar até descobrirmos a causa de tudo isso! Por isso eu sempre digo que o meu diagnóstico foi libertador!!

[@priscillatorres1313]

Sim, todos esses adjetivos pejorativos são usados. 😢 Também já ouvi! 😢😢😢

[@magicovento]

Já me chamaram de retardada, doente, bicho do mato, estabanada, sonsa, e a list segue

[@chocolateementa]

Fui diagnosticada com 43 anos, veio tarde!! Mas realmente foi libertador finalmente conseguir me entender.

[@danielledamasceno9541]

Eu ainda estou em busca, mas já comecei a ligar o Foda-se pra muitos desses adjetivos e de ficar tentando me encaixar em moldes que não são pra mim

[@ptorrecilha]

Boa tarde, Lygia. Após receber o resultado da avaliação neuropsicológica, sugerindo o diagnóstico de TEA N1 (além do TDAH, motivo inicial do pedido de avaliação), agendei o retorno com minha psiquiatra e ela, que historicamente eu considero uma profissional extremamente competente, recusou imediatamente a possibilidade de TEA com argumentos como "você produz arte e tem amigos". A Neuropsicóloga responsável pela minha avaliação fez uma anamnese bem aprofundada e seus vídeos foram uma fonte muito grande dos meus estudos pessoais. Meu retorno com a psiquiatra foi super frustrante, acabei batendo o pé e insistindo que investigássemos essa possibilidade, analisando aspectos que não tivemos a oportunidade de abordar até então em nossas consultas. Sigo acompanhando seus vídeos em busca de me conhecer melhor e espero que as próximas consultas com a psiq. sejam mais acolhedoras. Obrigada pelo seu trabalho, pelas informações compartilhadas e pelo olhar respeitoso ao TEA em mulheres (principalmente no diagnóstico tardio, que é tão sofrido).

[@rebekinhagambassi]

cara, esses profissionais capacitistas são de doer, né?! esses argumentos tipo "vc não é autista, vc tem faculdade, vc fez amigos" são tão rasos e preconceituosos que só dificultam o nosso diagnóstico!! Boa sorte!!

[@luizatoledo8340]

Tenho exatamente o mesmo relato. “Você é artista” “só é muito sensível” e “olha nos olhos. Hipótese diagnóstica dela - TDAH, depressão, ansiedade, transtorno indiferenciado de personalidade. Ou seja, coisa nenhuma e tudo junto. Bati o pé pra fazer avaliação neuropsicologica, consegui vaga no hospital das clínicas de São Paulo, depois de meses a psicóloga da um laudo que é sugestivo para TDAH mais TEA com ansiedade - mas a própria avaliadora diz “mas acho que esse resultado está enviesado, pq não deve ser nesta intensidade”. Como assim? Você aplicou isso direito ou não, mulher???? Pedi uma segunda avaliação - dessa vez com especialista em neurodivergencias e ela deu TEA+AH/SD mais umas dúvidas de bipolaridade (socorro, mamãe e papai, que genética é essa????) e um socorro nos acuda de comorbidade por quase 40 anos de treino pra calar a boca. Tem alguns anos que comecei a pedir ajuda com mais força pq as coisas vão ficando muito difíceis sem que a gente consiga o mínimo de escuta médica. Mas cada vez que eu consigo dizer sobre o tamanho da angústia, a outra parte acha que não é possível sentir, me coloca um estigma de transtorno de personalidade qualquer, ou todos juntos. Pra piorar sou gorda. Pra piorar, sou artista. Pra piorar, não sou hétero, nem casada, nem tenho filhos. Em algum momento eu desisti dos médicos homens pq era impossível um minuto de escuta ali. Mas todos os últimos anos de negligência vieram de mulheres. E continuar sendo silenciada por mulheres em posição que deveria ser de acolhimento é uma tristeza a parte. Eu só sei que é enlouquecedor ser mulher em busca de diagnóstico tardio na nossa geração. Que sensação horrorosa de abandono! Que difícil se estruturar com tantos diagnósticos, tantas tentativas de medicação que deram imensamente errado! Que exaustão!

[@gabitardiolle9537]

@@luizatoledo8340siga forte! Eu tenho epilepsia. Fui atrás de médico sozinha com apenas 14 anos, minha mãe achava q eu estava fingindo. Quando recebi o laudo eu fiquei extremamente feliz. Mal sabia eu, o que me aguardava. Mesmo assim, não houve grandes mudanças. Muitos profissionais incapacitados, muitos desafios, dinheiro, família. Após tomar uma lista de medicamentos eu consegui controlar minhas convulsões. Vc vai acertar sua medicação! Vai ter uma boa saúde física, mental e emocional. Seu comentário me tocou

[@priscillatorres1313]

Mude para uma psiquiatra especializada em autismo. Aqui em Belo Horizonte tem algumas., mas acho que na Unimed só tem uma.

[@priscillatorres1313]

@luiza eu sinto muito! As vezes não é genético, no meu caso tenho borderline e não tenho tendência a impulsividade de acordo com meu exame genético do genera. Talvez valha a pena fazer. Estou fazendo agora os testes neurológicos e foi comentado de que pode ser que não vá dar nenhuma comorbidade com o Borderline no resultado, pois meu psiquiatra falou que eu devia estar confundindo pq border e autismo/TDAH tem muitos sintomas em comum na área das habilidades sociais. Mas eu tenho certeza que o borderline surgiu por causa de alguma outra condição, além do ambiente hostil onde eu cresci. Mesmo assim, ele disse que não vale a pena, que mesmo que eu tiver o diagnóstico, o q isso mudaria na minha vida?? Mas o diagnóstico de borderline mudou MUITO a minha vida, pra melhor. Não desista.

[@justt.Konami]

Realmente há uma subnotificação. Sou uma mulher e sou autista, meu grau de suporte é o 2. Sempre foi difícil pra mim me enxergar na sociedade, eu sinto que ela não foi feita pra mim. Sou dada como difícil, insensível, e chata também

[@rosanyhilda929]

Obrigada Ligia. As vezes eu me pego pensando: será que eu sou mesmo autista? Daí me lembro de tudo que vivi da infância até hoje e a "ficha" cai. Uso o masking até hoje. 😢

[@patriciamacielsouza4127]

Realmente precisamos aprender sobre resiliência, aprendi na marra, não é fácil conviver com os sintomas, as vezes eu odeio esse diagnóstico.

[@valerialobao8634]

Lígia, por favor, você pode falar sobre o equilíbrio em pessoas autistas?

[@nicolefreire4084]

fui diagnosticada há 2 dias com autismo nível 1 e tdah combinado, achei que seria um alívio, mas to com uma angústia bem grande tentando aceitar, preciso da comunidade.

[@biancanascimento1821]

Oi, Nicole! O início do diagnóstico é terrível mesmo, principalmente para quem teve o diagnóstico tardio. No meu caso, eu chorava absolutamente todo dia, porque olhava para trás de sentia muita pena de mim mesma e ficava imaginando o que teria sido diferente se eu tivesse sido diagnosticada antes, o que poderia ter sido evitado... enfim. Eu via muitas palestras sobre, talvez te ajude ouvir especialistas ou autistas falando sobre. Uma vez, ouvi uma especialista dizer que existe, geralmente, mais ou menos, um mês de luto... Sinta isso! Não ignore seus sentimentos, ele é normal. A aceitação vem depois, pode acreditar! Se precisar, pode falar comigo! Um grande abraço!

[@adrianoalmeida7883]

Eu aprendo demais aqui e sou masculino 😊 obrigado querida Lygia!!

[@cristianefortt5445]

Oi boa tarde! Eu estou em crise atualmente. Sou autista nível de suporte 1, mas no momento sinto que estou no suporte 2. Não estou andando sozinha, pois ia sendo atropelada(estou com medo de andar só, pois estou em shutdown com a cabeça no mundo da lua o tempo todo). É muito ruim essa flutuação no espectro... eu uso muito masking desde criança...escondo tudo que sinto...e tenho dificuldade 1000% em pedir ajuda...a invalidação é uma das piores partes... obrigada por seus vídeos Lygia.

[@Manu_EFT]

Creio que antes de tudo, de invalidarem a questão do autismo nas mulheres e meninas , precisam é ver quanto tempo estamos aguentando todo este sofrimento sem o diagnostico, sendo mau tratadas, desrespeitadas... O principal a causa do Autismo é genetica, então não deveria ter esta discussão. Profissionais da area deveram começar pela genetica, idade dos pais, casos na familia... isso é o mais importante. Ai não tem mais duvidas.

[@SueRodrigues1976]

🌻existo há meio século

[@jackelinemachado8549]

Seus videos mostram muito conhecimento, mas o principal é o acolhimento. Me descobri autista através do conhecimento que tive que buscar sozinha pra cuidar da minha filha , pois depois de passar por muitos profissionais até os 2 anos de idade e sempre receber a porta na cara e alguns nem darem a minha atenção para as minhas buscas por informações, resolvi cuidar de todo o processo da educação, terapias ocupacionais, aulas etc etc etc, fiz da minha casa tudo oque minha filha precisava naquele momento, e deixei de ir atrás de diagnóstico, fui estudar sobre o assunto e desde lá não parei mais, minha filha hoje tem 15 anos está no ensino técnico e com um desenvolvimento maravilhoso ,hoje estou bem cansada, mas quando vejo sua evolução, valeu a pena todos os desafios enfrentados, hoje ela tem o diagnóstico TEA Nivel 1 de suporte TDAH, Consegui um Neuro no sus no qual levei um arquivo imenso sobre ela e ele não teve dúvidas. Novamente fui atrás do diagnóstico pra ela, pois não quero que ela tenha o tanto de prejuízos que eu tenho hoje. É muito desgastante e sofrido buscar ajuda, principalmente pelo sus. Eu ainda não tenho diagnóstico fechado e estou no aguardo pelo sus, mas fiquei muito feliz pela minha filha e na minha cidade tem um instituto do autismo que trabalha com todas as idades, e isso está sendo uma grande ajuda pois pude dividir o peso que é lidar com uma sociedade que te exclui por ser "diferente". Seus vídeos ajudam muita gente, obrigada por ser tão acolhedora, em um assunto tão especial que é o autismo feminino ❤

[@dag_geo]

Querida você é essencial na internet. Necessária!!!! Quando criança: eu era a enjoada para comer, bagunceira, preguiçosa, sempre no mundo da lua, "bicho do mato" porque não olhava e nem conversava com pessoas estranhas e/ou visitas em casa, queria ficar no quarto ou com meu gato de estimação........... etecétera!!!!

[@Gably2]

Faz um video sobre a diferença entre autista e deficiente intelectual nas questões sociais. Isso me deixou muito intrigada pq eu sempre tive vontade de socializar mas sempre senti dificuldade de agir e qnd ajo é programado mas msm assim as pessoas notam algo bem diferente, nunca passa despercebido e eu nem sei oq eu fiz. Eu não converso porem sempre quis demais interagir. Tinha amiguinhas na infância mas era como se eu fosse a boneca delas, não era uma troca socioemocional. Qnd eu apresentava trabalho eu tinha q decorar 100% minha fala senao não iria conseguir falar nada e eu era muito elogiada pelo resultado. Ouvi MT nas escolas "pensei q vc fosse muda mas vc explica muito bem" nessas apresentações de trabalho decoradas. Deficiente intelectual tb programa suas ações assim? Autistas podem sentir essa vontade de interagir?? Tenho diversas características autistas mas sou mais flexivel em relação a rotina rigida mas não sei lidar com imprevisibilidade. Fala sobre isso pfv. Na infancia no fundamental 1 eu era uma das melhores alunas porem no fundamental 2 eu fui uma das piores, nao conseguia aprender apesar do esforço, era desproporcional e isso sempre me chamou atenção. Edit** tô indo em busca do diagnóstico de borderline. Deve ser por isso essa diferença de mim pra outros autistas no foco/interesse social, (e outras coisas também). Autistas puros são diferentes de autistas com outros transtornos e isso sempre deve ser levado em consideração.

[@Gably2]

Apesar dessa dúvida eu tenho sim diagnóstico de autismo, a médica disse que é sem deficiencia cognitiva e meu irmão tem traços gritantes de autismo assim como meu pai, q fica repetindo td hr a mesma palavra, entre outras coisas. Só q essa motivação social me intriga... Eu tenho! Porém nunca soube como fazer e sempre tive dificuldade de criar afeto, apesar de eu ser muito simpática, empática e altruista. Mas parecia muito pra quem é de fora q era desinteresse social e falta de conexão com o ambiente e com a vida, mas eu sei q não é isso. Minha mãe sempre era chamada na escola sobre a queixa de q eu era quieta demais e não interagia com ninguém, em todas as escolas q estudei e foram 7 mas não sei oq tinha na cabeça dos meus pais q apesar de todo mundo falar eles achavam isso normal. Qnd eu tinha algum contato social e conseguia fazer amizade, e conseguia, só q eu não conseguia me impor, sempre td tinha que ser do jeito do outro pq eu não sabia oq fazer mas sabia me "adaptar", desde q ficasse bem clara a minha função. Sou casada e tive MT problema no começo do relacionamento devido a interpretaçoes erradas da minha parte. Hj aos 26 eu tenho mais facilidade de me impor devido a experiências ruins mas meu esposo fala muito que é como se minha idade mental fosse menor apesar dele achar q eu tenha muita maturidade sobre outras questões da vida, já ouvi isso de outras pessoas TB. Faz um vídeo sobre essa diferença de diagnóstico, por favor :) pode mudar a vida de muita gente e tirar confusões q muitas devem ter.

[@priscillatorres1313]

Mas, uai, claro que é necessário o diagnóstico mesmo quando já temos mais idade, é necessário ter suporte sim pra aprender a reduzir as vulnerabilidades. Como vc mesma disse, é impossível não ter prejuízo... acho que todos precisam, independente da fase de desenvolvimento, mesmo que conquiste alguma coisa na vida, não podemos deixar de levar em consideração o prejuízo pras pessoas, mesmo que sejam mais velhas. É exagerado pensar que alguém "não precisa" do diagnóstico, ninguém estaria deixando de ser ajudado... Pelo menos eu acho... (Me refiro ao início do vídeo). Gratidão!! ❤❤❤

[@chocolateementa]

Disse tudo!! Recebi o diagnóstico com 43 anos e minha carteira de trabalho é uma piada!! Sempre dependi de aux. Doença por depressão ou aux. Familiar, etc... Vida social inexistente, sempre fui a parte da sociedade, considerada uma "pária" e nunca entendi o porquê e me sentia muito infeliz. Meu pais a vida toda dizia que eu tinha que "acordar pra vida", mas como? Enfim se eu não tivesse esse diagnóstico, ainda que tarde, eu não sei como aguentaria viver o resto da vida. Vivo no CAPS há anos!! Mas agora tudo começou a melhorar 😊😊 Ou seja, não importa a idade, é autista, precisa sim do suporte.

[@ildenete3235]

Não vou ignorar tudo isso mas não irei mais vou me preocupar tanto. Eu percebi que quando eu me envolvo com o que eu gosto de fazer eu me sinto super bem e as preocupações mudaram de foco. Estudar cuidar da saúde descobrir coisas novas, um livro cientifico por exemplo beber sem açúcar me fez bem, estar bem com Deus principalmente trás um espírito maravilhoso e me dá alegria com seus filhos Sinto as pessoas alegres em espirito quando converso com elas isso também é bom. Gosto de conversar com quem eu sinto que precisa desabafar um problema consigo sentir algum problema e ela ver que Deus se preocupa com ela isso me toca muito. Como gosto de pensar : como poderia ajudar aquela pessoa que eu sinto que já vi aquela situação difícil que esta passando sei que ela esta sofrendo sem falar nada mas ela está ali presente. Tenho ela nos meus pensamentos com carinho e atenção e, aparece uma saída "do nada" . O Senhor é bondoso! Não tenho que reclamar : "Eu quero um mar de rosas. Rosa!"😄 Só vou ir em frente. 😊 Sejam felizes consigo em seus lares. Deus as abençoe .

[@kether_oraculo]

Eu não sou autista... mas eu falo que não recebi o manual de instruções ao nascer então fico perdida sobre como eu funciono e onde aperta ou afrouxa para consertar hahahha😅

Gratidão imensa 🙏

[@viviblack546]

Alguém teria um especialista aqui de Florianópolis para me indicar? Tenho todos os sintomas e hoje em dia não estou mais conseguindo conviver com pessoas. Preciso urgente. 😢

[@adrianalandim5406]

existem grupos de apoio

[@lucasalves1029]

Vc poderia me enviar o nome dos livros dos autores da Austrália? Que estudam autismo em menina

[@BarbaraJazz]

Não me vejo tanto como resiliente... (forte sim, mas às vezes desmorono) Mais como teimosa mesmo. 😂😂

[@sofiaevangelista1296]

❤

[@rosangelaalmeida4998]

mulher como sempre deixada por ultimo.