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Faixa incluída no EP "AUTO-SABOTAGEM", disponível para encomenda em www.nerve.pt.
Letra, voz, instrumental, gravação, mistura, ilustração e design por Tiago "NERVE" Gonçalves.
Masterização por Zé Quintino.
Booking & press: info@nerve.pt
www.nerve.pt
2018
LETRA:
Ainda está a filmar? Eu rebento um pulmão para a câmara
porque sou um gajo muito mau mas sem budget para cigarros de brincar.
Acabamos assim. Suave.
A rimar em "ar"...
Eu nem vim pelo bolo, porém vi uma fatia sobrar.
Estava pronto para me afundar, numa de: arca de Noé? Não estou a par.
Arca de Noé? Não estou a par.
O que é uma arca de Noé? Não estou a par.
É triste mas digo-te isto: pelo andar da coisa,
é claro que és daqueles que fala rápido mas lê devagar.
Bullying invertido.
Considero resolver um cubo de Rubik divertido.
Sou um mentor rígido e ríspido:
Hoje o trabalho de casa é escrever um manifesto
e fundar todo um novo movimento artístico.
Só porque sim.
Não conta para a nota.
Nota como a vida não me deixa mentir. É uma maravilha.
O sucesso não me larga a braguilha.
Potenciais investidores podem bem morrer à espera que eu reduza o risco.
Corro atrás do meu com as mesmas pernas com que fujo ao fisco.
(Estou a brincar. É tudo uma grande brincadeira.)
Vertical garrafa invertida lifestyle.
(Cidadão cumpridor.)
Numa de viver e morrer em cena.
Culpado do que de mal ou bem me aconteça no decorrer da viagem.
É a minha auto-sabotagem, fêmea.
Vertical garrafa invertida lifestyle.
Numa de viver e morrer em cena.
Culpado do que de mal ou bem me aconteça no decorrer da viagem.
É a minha auto-sabotagem.
Só peço abrigo ameno no Inverno e arejado no Verão e isolar-me da povoação.
Não tarda trintão.
Deprimente tritão de tridente a tentar manter água quente.
Tanto como o manto do pastor que tosquia o rebanho cristão.
Motivação na reserva. Que chegue esse fim depressa.
Recito pérolas e em troca aceito, como um pedinte, moedas.
Com estas palestras, estou como que a
rentabilizar a minha incapacidade para lidar com as merdas.
Vertical garrafa invertida lifestyle.
Escrevo quando vem breu.
Bem, deu para ver que a música não tem de ser feliz.
E eu...
Eu faço música que dói.
Faço música que mói ouvintes.
Faço música morta e mostro ao vivo.
Faço música comercial:
Vem ao gig e traz uns trocos para o disco.
Faço música para ler com olhos de ouvir.
Faço música para deprimires enquanto te destróis sozinho.
Faço música para quando escolhes só rir
do teu aparente final inevitável e, de barriga vazia, recorres ao vinho.
Faço música danada, para nada.
Hipócrita. Props para o Nietzsche.
Meu homie.
Nunca li.
Props para o Nietzsche.
Vertical garrafa invertida lifestyle.
Numa de viver e morrer em cena.
Culpado do que de
mal ou bem me aconteça no decorrer da viagem.
É a minha auto-sabotagem, fêmea.
Vertical garrafa invertida lifestyle.
Escrevo quando vem breu.
Bem, deu para ver que a música não tem de ser feliz.
Nem eu.
E é tudo OK.
Escrevo quando vem breu.
Bem, deu para ver que a música não tem de ser feliz.
Nem eu.
E é tudo OK.