Curto-Circuito 52: Renováveis: Houston, Nós Temos Um Problema

A expansão das energias renováveis no ritmo atual desestrutura o setor elétrico brasileiro. Nesse programa, Ronaldo Bicalho aprofunda a discussão sobre essa afirmação feita pelo engenheiro Altino Ventura no último Curto-Circuito 51, analisando as suas implicações sobre o setor elétrico, a política energética e a segurança do abastecimento elétrico do país. Ronaldo Bicalho é pesquisador do Instituto de Economia da UFRJ e esse é o Curto-Circuito 52.
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Links relacionados ao conteúdo do programa:
Artigos:
Impactos da geração eólica e solar fotovoltaica no sistema elétrico brasileiro (infopetro.word...)
Vídeos:
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Curto-Circuito 28: As Barreiras à Introdução das Energias Renováveis no Setor Elétrico: Coordenação ( • Curto-Circuito 28: As ... )
Curto-Circuito 27: Os Limites à Introdução das Energias Renováveis no Setor Elétrico: Flexibilidade ( • Curto-Circuito 27: Os ... )
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Este é um Curto-Circuito Questões-Chave.
Curtos-Circuitos Questões-Chave:
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O Curto-Circuito foi concebido para ser um curso continuado sobre o Setor Elétrico.
De forma a enriquecer a análise e facilitar a compreensão, o Curto-Circuito se organiza em blocos de programas:
Curto-Circuito Notícias: Discute os principais eventos que estão acontecendo no setor.
Curto-Circuito Questões-Chave: Analisa as questões fundamentais presentes no debate do setor.
Curto-Circuito Evolução: Debate os grandes acontecimentos, as grandes decisões e os grandes embates que marcaram a evolução do setor.
Curto-Circuito Política Energética: Aborda os grandes temas da política energética e os seus desdobramentos sobre o setor.
Curto-Circuito Entrevista: Conversa com especialistas sobre os temas relevantes do setor.

[@msklein_1]

Coisa boa assistir a um bom professor! Parabéns, Ronaldo! Seus vídeos são sempre excelentes e sua didática é muito boa.

[@CanalIEUFRJ]

Valeu, @msklein_1 . Obrigado pela força. Um abs, RB.

[@fernandogoldman1307]

Parabéns,Professor Ronaldo Bicalho, pela clareza de suas explicações, nesse Curto-Circuito 52. A partir delas é possível perceber que, como disse Nonaka, "a adaptação inibe a adaptabilidade". O Setor Elétrico Brasileiro construiu um modelo tão bem sucedido, baseado em Geração Centralizada, nas décadas de 1960/70, brilhantemente descrito no seu vídeo, que agora enfrenta enorme dificuldades para se adaptar a um novo paradigma de Geração Distribuída. Como é comum acontecer nas trocas de paradigmas, o paradigma que agoniza reluta fortemente em aceitar o novo paradigma. Nesse caso, chega-se a insinuar que as novas fontes mais tecnológicas não são bem vindas. É dizer com outras palavras que devemos insistir na conversão eletromecânica de energia em detrimento da transição para uma economia de baixo carbono. O tempo e a necessidade se encarregarão de consolidar o novo paradigma, como é usual acontecer.

[@CanalIEUFRJ]

Perfeito, Fernando, no entanto, em caso de mudanças de paradigma, há uma enorme incerteza sobre o resultado final. Eu diria que até o estabelecimento de novas regularidades tecnológicas há um longo e incerto caminho que pode chegar ao final sem o estabelecimento de uma nova regularidade e o processo seguir indefinidamente em aberto. Pessoalmente, eu acho que não há o "como é usual acontecer". Pode ser que sim e pode ser que não. Um abs. RB.

[@adrianaaraujo8634]

Valeu

[@otongoncalvescorrea8498]

PROFESSOR, sempre excelentes aulas. Muuuuuuiiiiito obrigado 😊

[@CanalIEUFRJ]

Valeu, Oton. Um Abs, RB.

[@otongoncalvescorrea8498]

😊

[@brunodossantos561]

Excelente aula do pessoal da Federal do Rio de Ganeiro. Sou apenas engenheiro mecânico entusiasta do assunto. Assim que puderem façam um video sobre as usinas reversiveis, que sei que a UFRJ pesquisa, como solução tecnica da intermitencia do sistema. Abraços....

[@CanalIEUFRJ]

Valeu Bruno. Penso que em algum momento as reversíveis vão ter que fazer parte do jogo. Acredito que é questão de tempo. Um abs, RB.

[@la-resende]

Gosto muito das suas aulas e as utilizei algumas vezes para dar minhas aulas de geografia sobre fontes de energia. Acompanho com a melhor regularidade possível suas lives e tinha como verdade a hidrelétrica como um importante trunfo energético brasileiro e solar e eólica como outros dois trunfos e agora fico sabendo que não se trata mais de vantagens, mais de problemas que elas nos reservam. Fiquei chocada. Tenho que rever esse e o outro programa do professor Altino para entender esse enrosco.

[@CanalIEUFRJ]

@la-resende, os recursos de flexibilidade que nós temos (reservatórios, hidrelétricas e transmissão ampliada) e a disponibilidade de vento e sol extremamente favorável, sem dúvida, constituem uma baita vantagem. No entanto, aproveita-los exige um esforço significativo em termos de planejamento e política energética que o Estado brasileiro tem grande dificuldades em entregar atualmente. Em outras palavras, temos bons jogadores, mas não conseguimos montar um bom time. Essa nossa limitação não invalida as suas impressões positivas sobre as nossas potencialidade. Nesse momento o problema somos nós. Um abs, RB.

[@wagnercampanello7714]

A rápida expansão das energias renováveis ​​no Brasil apresenta um grande potencial para a sustentabilidade e a segurança energética do país. No entanto, é fundamental gerenciar os desafios e as implicações dessa transição de forma abrangente e estratégica, considerando os impactos no setor elétrico, na política energética e na segurança do abastecimento. Através de investimentos em infraestrutura, avanços tecnológicos, políticas públicas adequadas e planejamento cuidadoso, o Brasil pode aproveitar ao máximo os benefícios das energias renováveis ​​construindo um futuro energético mais sustentável, confiável e resiliente.

[@CanalIEUFRJ]

Wagner, o problema hoje é como se amarra o guizo no gato. Um abs, RB.

[@soneborsone]

Off grid pra td mundo que quiser solar doméstica. É q se vire quando der algo errado

[@CanalIEUFRJ]

@soneborsone , o Sistema continua sendo uma fonte importante de economias de escala, escopo e diversidade. Abrir mão dessas economias em nome da autonomia dos consumidores é voltar ao modelo derrotado do Thomas Edison e transformar a energia elétrica, cada vez mais, em um bem de luxo e para poucos. Um abs, RB.

[@sergiomontenegro1286]

Como disse o conselheiro de Bill Clinton: É a economia, estupido! Nos últimos governos a Carga do SIN andou de lado, não crescemos. Não minimizo o problema da intermitente, é um fato, no entanto, num país que a maioria vive numa uma pobreza energética, e que a renda do setor elétrico é apropriada por poucos. É um equívoco acha que já chegamos no limite da expansão das renováveis.

[@CanalIEUFRJ]

Prezado @sergiomontenegro1286, o limite à incorporação das fontes renováveis é dado pela capacidade do sistema de fazer isso garantindo a regularidade, continuidade, segurança e confiabilidade do abastecimento. Para fazer isso, é necessário dotar o sistema dos recursos de flexibilidade e as instituições da capacidade de coordenação necessários ao encaixe crescente das renováveis. Não temos hoje nem os recursos de flexibilidade, nem a capacidade de coordenação necessários para lidar com os níveis de participação atuais das renováveis no sistema.. Um abs, RB.