Preparation of 100% vegetable Glycerin Soap - From coconut oil and dendê (crude palm oil)

Fats:
150 g (168 mL) of palm oil (we filter it on filter paper, coffee strainer) - [density 0.892 g / mL]
150 g (162 mL) of coconut oil [density 0.927 g / mL]
Sodium Hydroxide Solution (lye) - 35% w / w:
47.6g of sodium hydroxide, 96-99% pure
88.4g of water to dissolve sodium hydroxide
107g Ethanol 96 GL (should be 83.5g, but we put an excess of 28% because there are evaporation losses.)
88g of sugar
50g of water to dissolve sugar
54.7g (43.5 mL) of vegetable glycerine [density 1.26 g / mL]
True soap mass (fats + sodium hydroxide, water is not counted) was 347.6 g
If we multiply 347.6 by 2, we have the soap mass that we will produce. This is because our soap will have 50% true soap, and the rest will be solvents (water, ethanol, sugar and glycerin).
So we will have 695.2 g of product. From this total, we calculate the following percentages for solvents:
15% water
12% ethanol + (20-30% to prevent evaporation losses)
15% sucrose (sugar)
8% glycerin
You can modify small amounts in this preparation, for example we use the following proportion for this soap:
17.3% Water - 695.2 x 0.173 = 120g (part will be used to dissolve sodium hydroxide, part to dissolve sugar);
12% Ethanol - 695.2 x 0.12 = 83.5g (add 20 to 30% extra ethanol as this amount evaporates during manufacture);
Sucrose 12.3% - 695.2 x 0.127 = 88 g
8% glycerin - 695.2 x 0.08 = 55.6 (54.7 g it was used)
We used a slight excess of water (excess of 18.4 mL more than calculated) to ensure that all sugar dissolved.
Music:
Journey in the New World de Twin Musicom licensed under Creative Commons Attribution (creativecommon...)
Origin: www.twinmusicom....
Artist: www.twinmusicom...
Grass
Origem: KZbin audio library
Artist: Silent Partner
References
Bockisch, M. Fats and Oils Handbook (Nahrungsfette und Öle), 1 Ed., AOCS Press, 2015.
Mercadante, R.; Assumpção L.; Massa para sabonete - fabricando sabonetes sólidos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, Projeto Gerart, Vol VII, 2010.

[@acnf967]

que explicação fantástica! como é bom saber o que fazemos, não só copiar fórmulas de youtube.. gratidão

[@andriodefreitas3227]

A muito tempo procuro informações sobre o índice de saponificaçao. Esse vídeo é uma verdadeira aula. Está de parabéns, sua explicação é muito clara e objetiva. Obrigado por dividir conhecimento.

Bom dia Ândrio! Fico feliz que você tenha gostado do nosso material. Fizemos um vídeo mais recente, sobre o preparo do sabão de coco, utilizando também as informações sobre o índice de saponificação. Acredito que você também possa se interessar por ele. Está nesse link: kzbin.info/www/bejne/nX_LY32lfceVnKc Se precisar de algum dado específico pode me contatar também. Um grande abraço e muito obrigado pelo seu comentário!

[@andriodefreitas3227]

@ Minha dúvida ficou apenas com relação a água. Posso considerar qualquer quantidade (dentro dos 15%) para preparação da lixívia ? Não teria que utilizar uma quantidade em que o HS ficasse em uma proporção de 32% ? Gostaria de utilizar ainda Lauril Éter e Amida para produção de base glicerinada. Teria uma quantidade exata para acrescentar estes ingredientes ? Agradeço se puder responder.

[@nubiaaguiar67]

Amei! Primeiro sabonete glicerinado (transparente) que leva dendê que vejo no youtube.

Bom dia Nubia! Fico feliz que tenha gostado do vídeo! O dendê, por ser um óleo bruto (isto é, não é refinado), é muito rico em carotenóides. Esses carotenóides dão essa coloração laranja/avermelhada, que serve inclusive como um corante para os sabonetes glicerinados. Particularmente eu acho essa coloração muito bonita. A desvantagem desses carotenóides e que geram uma espuma bem amarela - no geral estamos muito acostumados com a cor branca da espuma, e isso pode ser diferente à princípio. No entanto, essa espuma mais amarelada limpa da mesma forma, não dá nenhuma mancha, e sai facilmente após o enxágue, inclusive essa espuma é até mais cremosa, o que é muito adequado durante o banho. Muitas pessoas fora do Brasil produzem um sabão (ou sabonete) feito com cenoura, chamado de "carrot soap", que por apresentar os carotenóides da cenoura, é inclusive recomendado para pessoas que têm pele sensível. Lembre-se que esse sabonete precisa de um tempinho maior de cura para depois tirar da forma - as vezes até umas duas semanas podem ser necessárias, principalmente em dias frios.

[@VaniaDiasss]

Diferencial, explicar as misturas antes de produzir. Simplesmente amei o canal, inscrita.

Boa tarde Vânia, muito obrigado! Fico feliz com seu comentário. Um grande abraço e desejo uma ótima semana!

[@alexsouza6183]

Video maravilhoso. "Ele nela, nunca ela nele"

[@jefersongueiros7414]

Parabéns pelo trabalho, e a segurança que temos que ter em um laboratório de química.

[@oivatcelorp]

Valeu mesmo à toda equipe envolvida na produção do conteúdo ! Vocês são feras !

Bom dia, Neto! Ficamos muito felizes com seu comentário e de saber que você tem apreciado o material. Esse ano ainda teremos mais novidades. Um grande abraço e desejamos um ótimo fim de semana!

[@stefaniescole]

top ! execelente aula, ja faz mais de 5 anos que não via essa reação acabei esquecendo de muita coisa, mas sua aula foi sensacional para reaprender e recordar

Boa noite! Ficamos felizes que o vídeo tenha sido útil para recordar seus conhecimentos. Um grande abraço e muito obrigado pela sua participação aqui no canal!

[@josealbertogerber2718]

Uma bela aula de saponificação, aliada a um belíssimo sabonete.

[@VaniaDiasss]

Depois ensina a fazer glicerina vegetal, se souber fazer.

Boa tarde Vânia! Sim, excelente ideia, vou apresentar esse processo em um vídeo próximo. Muito obrigado e um grande abraço!

[@GuitarExplosion92]

Muito obrigado pelo índice de saponificação, seus vídeos tem me ajudado muito!

Bom dia, Diego! Fico feliz que os vídeos estejam te ajudando, em breve postaremos mais uma leva. Um abraço e ótima semana!

[@patriciagontijodemelo1173]

Adorei Lucas!! Você me ensinou a fazer esse sabonete! Fica uma maravillha! Os alunos adoram!! Você é demais! Parabéns pelo canal!!

Patrícia, que surpresa você acompanhar os vídeos por aqui! Fico muito feliz pelo seu comentário. Sempre que puder acompanhe nossos vídeos, pois tenho preparado mais materiais para postagens esse ano. Um grande abraço e um bom início de semestre!!!

[@paulafernandapintodacosta3292]

Parabéns pelo vídeo! material esclarecedor, técnico e muito útil. Obrigada.

Que bom que você gostou Paula! Ficamos felizes! Um abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

[@rosemeriribeiro1862]

Perfeito

[@marcosviniciuscolombo2781]

Gostei. Mas ficou devendo o PH.

[@ed7naga]

Muito bom!! Parabéns

[@robertapenna3189]

Muito obrigada pela reposta...

[@mirtesroldao1262]

Boa tarde! Nova inscrita. Amei seu sabonete.

[@eduardoemanoel5892]

Ótimo vídeo, Muito informativo e profissional. Parabéns ! Continue o ótimo trabalho.

Muito obrigado amigo. Fico muito feliz com seu comentário! Boas festas e um excelente 2020!

[@binholove777]

Mt bom proff 🤩🤩🤩😘😘👍👍👍👍

Que bom que gostou, fico feliz! Um grande abraço!

[@jesuscaminhoeternidadecomc1426]

Parabéns suas explicações são marabilhosas. Sabão lindo . Mas você ta colocando água na soda, isso não é perigoso.?

Boa tarde, amigo! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: Olha, você tem razão pois o correto é colocar a soda na água e não a água na soda, por medidas de segurança. Eu nunca tive problemas fazendo como fiz, mas se você puder, faça sempre colocando a soda na água, pois quando se trata de segurança é sempre melhor ter mais cuidado. Um abraço e obrigado por sua participação aqui no nosso canal!

[@LeilaLyra10]

Obrigada pelas informações.

[@egreenjulianaguimaraesnett8984]

Nossa que legal!!! Obrigada pelo video!!! Sua explicação é bem clara e de fácil entendimento, até onde a compreensão da quimica num me limita ne kkk enfim... no processo de cura em fôrma ainda, será se compensa envolver a fôrma num cobertor ou de alguma forma num ambiente mais quente com ventilação (ficou divergente ne kkk) será se acelera de forma significatica o processo e depois que tira da fôrma tb eu usava por pra secar num gaveteiro aberto por mais 4 semanas, uma cara pra usar o sabão mas no fim das contas compensava, numa receita simplória digo, ac graxo + álcali reação estequiométrica tô adorando seu canal!!! Você consegue transmitir conhecimento de forma clara delineado em bases sólidas, Parabéns!!! Muito grata!!!

Olá Juliana, eu fiquei muito feliz com seu comentário, porque é muito importante para nós saber se o conteúdo dos vídeos estão sendo apresentados com clareza, caso contrário eles seriam pouco produtivos. Eu entendi sua dúvida sim, foi bem tranquilo em entender, e nesse caso posso te dizer duas coisas: 1. O ambiente quente (não tão quente, algo como uns 35-40°C) auxiliaria sim no processo de cura. Isso acontece pois a velocidade das reações químicas aceleram com o aumento da temperatura. No caso dos alimentos, a geladeira atua exatamente nisso, ela diminui a temperatura desacelerando a velocidade das reações químicas (como a das folhas amarelarem, ou a reação de fermentação das leveduras sob um alimento). Então como a temperatura ambiente média no Brasil muito depende muito da região, aquecer um pouco pode acelerar sim o processo de cura. Extrapolar o limite de 40 °C não é muito recomendado pois o sabonete poderá ficar mole, e perder a estrutura original, além dos compostos (como perfumes e óleos essenciais) que são mais voláteis, irem evaporando. 2. Um ambiente arejado também auxilia na cura do sabão/sabonete. Quanto melhor a passagem de ar sob eles, melhor. A passagem de ar ajuda também a evaporar uma pequena parte de água da estrutura do sabonete, e isso ajuda ele ficar um pouco mais rígido. Essa perda de água diminui a massa do sabonete, você pode visualizar isso inclusive pesando a massa de um sabonete antes e depois de uma cura. Alguns (depende da composição usada na fabricação) chegam a perder até 10% de massa, apresentando uma sensível retração no volume. Eu entendo que não é fácil criar um ambiente um pouco mais quente e ao mesmo tempo arejado. E realmente o processo de cura demora, é realmente um processo qeu envolve muita paciência e calma, mas aguardado esse período mesmo que você mencionou (umas 4 semanas) é possível ter um produto de excelente qualidade. A propósito, esse tempo de cura pode ser maior, existe um tipo de sabão (esse normalmente não é sabonete) feito apenas com azeite de oliva, é também chamado de "sabão de castela", a sua cura é bem mais longa, e esse aí realmente fica com uma boa estrutura para uso depois de uns 4 meses. Eu entendo que um gaveteiro aberto seria sim uma ótima solução para obter um ambiente quente e ao mesmo tempo arejado. O que muitos fabricantes costumam fazer é tirar da forma e cortá-los nos retângulos, e depois colocá-los com um espaço de pelo menos 4 cm um do outro para garantir que irá ter passagem de ar entre os sabonetes. Existem alguns vídeos no youtube que mostram alguns fabricantes artesanais fazendo verdadeiras pilhas de sabão (em forma de torre), que tem uns buracos entre eles favorecendo essa passagem de ar que eu estava te dizendo. Se tiver disponibilidade veja esse vídeo que ilustra bem isso (principalmente depois dos 5 minutos, que é quando a filmagem apresenta eles dispondo os sabões para cura) através desse link: kzbin.info/www/bejne/l4jQd4B6p5ysZrc (é muito prazeroso ver esse vídeo). Nesse vídeo mostra uma produção imensa, mas é toda artesanal, isso é muito raro hoje em dia, e não é o processo mais comum. Um grande abraço e esteja nos acompanhando sempre que puder!

[@egreenjulianaguimaraesnett8984]

@ Olá prof. Lucas!!! Muito obrigada pelo retorno, suas explicações trazem muito muito mais conhecimento além da duvida em si, esse é o maior ensinamento que podemos aprender com você. Exatamente assim, passava o período de insolação nas formas envoltos pelo coberto, como vc explicou de acelerar o processo, chamamos então o calor de um catalizador para a completa reação de saponificacao que ainda está em curso ali, e posteriormente segue ao corte e secagem das barras com espessamento entre si para que haja a circulação do ar. Na indústria farmacêutica a secagem dos pós pré compressão é realizada em bandejas inox com circulação forçada de ar. A perda de água tive a oportunidade de conhecer tb, durante sua explicacao entendo que se dê de acordo c a quantidade de glicerina formada e da presenca de aditivos na fórmula ou materiais de enchimento que influenciam na qualidade do produto. Muito enriquecedor seu canal, muito obrigada professor!!! Sucesso e um grande abraço

[@egreenjulianaguimaraesnett8984]

Rittner, H. Sabão: tecnologia e utilização. 1a Ed. São Paulo,1995. Appleton, H. A. The handbook of soap manufacture . London, 1908.

@@egreenjulianaguimaraesnett8984 Muito obrigado pelas informações e por apreciar nosso material! Um grande abraço!

[@sandraantoniohuber8160]

Lucas fiz meu sabonete ficou espetacular. ❤️❤️❤️❤️

Que ótimo Sandra! Continue fazendo, quanto mais você fizer mais experiência vai adquirindo com esses procedimentos e assim vai melhorando vários aspectos que vão desde o tempo de preparo até a melhoria na formulação. Produzir o próprio sabonete é uma experiência muito animadora. Um grande abraço!

[@sandraantoniohuber8160]

Canal Química Experimental agradeço muito a você. ❤️❤️❤️

[@marioluizcantarin1776]

Achei seu canal muito, muito bom. Estou tentando fazer o sabonete apenas com óleo de soja e tenho obtido o mais macio "mole", creio que estou comprovando sua informação, que ele fica mais mole mesmo. Agora, tenho tido dificuldade em acertar a quantidade de álcool, ou ele fica duro muito rápido, quando adiciono mais; ou demora muito a endurecer, quando adiciono menos.

[@fhfelipefh]

Nunca tinha visto sobre o açúcar no sabonete.

Verdade, nem todo mundo comenta sobre ele. Mas ele é bem comum nos sabonetes transparentes, como o Granado - no rótulo dele está em inglês - "sucrose". Se o sabonete for transparente e não se usa sacarose, é bem provável que seja utilizado o sorbitol. Além de clarear um pouco o produto, mantendo a transparência, ele dá um pouco mais de massa ao sabonete. Esse mesmo procedimento quando feito sem o açúcar, rende um sabonete turvo, que não se aproxima muito do resultado transparente que agrada visualmente. Já no caso dos sabonetes opacos, que são os mais comuns, utiliza-se cargas minerais que têm a função dupla de aumentar o peso do produto e dar cor (usualmente branco). A substância normalmente usada como carga é o carbonato de cálcio (bem mais barato) e/ou dióxido de titânio (que produz uma cor branca bem mais persistente). Alguns raros sabonetes usam o caulim (argila branca) como carga, ele também atua como esfoliante. A primeira vez que fiquei sabendo sobre essas cargas minerais (não eram de sabonete) tomei um susto... eu realmente não imaginava naquela época que a indústria poderia utilizar um produto que não faria muita coisa a não ser dar mais massa (filler) e eventualmente alguma propriedade específica. Mas também não se engane na maioria das vezes o sentido da carga mineral reside bem no aumento do lucro (e junto a isso diminuir o preço do produto, claro). Se quiser saber mais, consulte algo sobre "cargas mineirais", certamente vai se espantar ao ver o quanto são utilizadas, em diversos produtos industrializados. Enfim, o sentido de comentar aqui sobre as cargas minerais não é sobre serem "boas" ou "ruins", e sim mostrar o quanto são utilizadas.

[@israelreboucas1883]

@ gostei do comentário

[@jefersongueiros7414]

Que beleza hein...

Olá Jeferson! Que bom que você gostou! Esteja conosco nos próximos vídeos. Um grande abraço!

[@israelreboucas1883]

porque o açúcar?

[@Felipefrrl]

Eu pretendo fazer o de azeite de oliva e do oleo de coco para usar em casa. Eu tenho rinite alergica e dor de cabeca. Não gosto de cheiro. A duvida que tenho é pq alguns usam base glicerinada? No caso, esse que voce fez não tem nenhuma barra pronta como base. Se eu quisesse fazer um de lavanda, bem fraco sem cheiro forte e sem corante, como nao é de azite, entao o que vai no lugar seria aquelas barras prontas, ne? E esses glicerinadoa que sao feitos assim, a barra pronta ja é curada ou depois que mistura tudo tem que curar?

[@rogodoy100]

Lucas, muito obrigado pelos seus vídeos. Já comprei um medidor de pH e estou utilizando nos meus sabões. Gostaria de fazer duas perguntas: 1) Quanto de óleo essencial você usou e qual a quantidade aconselhável se eu combinar dois ou mais óleos essenciais. 2) A quantidade de essência (não óleo essencial) ou extrato glicólico é maior do que a quantidade de óleo essencial para usar no sabonete? Outra vez muito obrigado.

Olá Rogério! Fico feliz que tenha gostado dos vídeos e colocado as informações em prática. Esse medidor de pH é muito prático, não? Quanto as suas perguntas, vamos lá: 1. Eu usei 0,3% de óleo essencial de hortelã pimenta. O resultado ficou MUITO suave, não é nada intenso. O problema maior em todo esse seu questionamento é: diferentes óleos essenciais podem atuar de formas diferentes no sabonete. De um modo geral, quanto mais se aumenta a quantidade de óleo essencial, mais o sabão tende a ficar mole (e/ou demorar para endurecer no processo de cura). Claro alguns até ajudam a enrijecer, mas não saberia te exemplificar. Alguns óleos essenciais, por outro lado, como quase todos os cítricos (óleo essencial de limão, laranja, capim-limão, etc) depois de algumas semanas têm seu aroma praticamente perdido, por essa razão não são muito recomendados. Se quiser uma sugestão inicial, os óleos essenciais de lavanda, alecrim, patchouli, melaleuca, e bergamota são uma boa opção pois não apresentam muitos problemas (ou algumas misturas entre eles). 2. Com certeza, são bem maiores, algo em torno de 10 vezes ou mais. Por outro lado você consegue uma diversidade infinitamente maior trabalhando com essências. O problema de se usar muito é o mesmo dos óleos (deixar o sabonete mole, ou em algumas vezes até turvo, no caso do glicerinado transparente). Só para separar as coisas, de um modo geral pode-se colocar extratos glicólicos e essencia, elas são para finalidades diferenetes: o extrato glicólico visa conferir a propriedade da planta para o sabonete, enquanto a essência vai atuar basicamente no aroma. Você pode inclusive adicionar extrato glicólico + óleo essencial também. Se você está se aprofundando no assunto, não deixe de ter algumas idéias no site soapqueen.com, pois eles têm várias essencias e óleos essenciais que são específicos para sabão e sabonetes (os vídeos da Anne-Marie são muito bons, ela gosta mais de fazer sabão fino para banho do que o sabonete glicerinado). Você pode olhar lá e comprar aqui no Brasil mesmo, lá seria apenas para ampliar as idéias (as minhas são limitadas, pois não faço tanto sabonete aromatizado, então minha experiência é pequena sobre a combinação de essências/óleos essenciais). Minha sugestão é que faça bastante sabonetes, pois quanto mais fizer, melhor vai ficar, e nesse caso a noção de "a prática leva a perfeição", como em várias situações, é muito aplicável. Se encontrar alguma essência ou óleo essencial que tenha gostado comente comigo pois quero aprender mais também! Um grande abraço meu amigo!

[@rogodoy100]

@ Oi Lucas muito obrigado pela paciência e pelo tempo dedicado à resposta. Sou físico aposentado, não químico, então estou apanhando para tentar entender princípios e funções. Amanhã mesmo vou fazer um sabonete com base glicerinada comprada pronta, só para testar um pouco essa questão dos óleos essenciais e extratos glicólicos (estou fazendo alguns eu mesmo). Depois quero fazer esta base deste vídeo seu. Essa quarentena está sendo muito divertida. Se conseguir algumas receitas simples e baratas pretendo ensinar para dependentes químicos em recuperação de um centro de re-habilitação da minha cidade. Vou ver o site soapqueen. Já baixei as apostilas do Mercadante e Assumpção que você indicou no outro vídeo. Um excelente projeto. Outra vez, muito obrigado, muito bom o seu trabalho aqui no youtube.

@@rogodoy100 sem problemas, estou a disposição para auxiliá-lo, ok? Uma sugestão, se estiver buscando algo simples e barato para o trabalho no centro de re-habilitação, o sabão feito com óleo residual de frituras é uma opção interessante também. Nesse caso já vou de dizer que o grande "truque" nesse tipo de sabão é a adição de carbonato de cálcio, que além de ajudar o sabão ficar mais rígido e mais branco, é um componente relativamente barato. Muitas indústrias chamam ele de "branqueador óptico". Outra questão interessante desse tipo de sabão é o fato de se reaproveitar óleos que são potenciais contaminantes ecológicos. Por outro lado, esse sabão não é recomendado para uso corporal, e sim para roupas, etc. Outra opção também é fazer o sabonete glicerinado à partir de sebo bovino, ele é bem mais econômico, e produz um sabonete com boa capacidade de limpeza e rigidez. Existe um rapaz chamado Fábio Guimarães, que posta muitos vídeos sobre o assunto... embora alguns vídeos apresentem alguns erros técnicos, são bons e feitos com muito esmero: kzbin.info/www/bejne/d2XUeJhogbuBapY (com sebo) kzbin.info/www/bejne/e6OUpKZueN91itE (vegetal) Esses vídeos, em particular, acredito estarem bem fieis aos parâmetros técnicos. Ele também se ampara no material feito pelo Prof. Mercadante (esse fez um excelente trabalho no oeste do Paraná). Um grande abraço e desejo muito sucesso na empreitada e diversão durante a quarentena! PS: Se quiser fazer uma base bem clarinha, como essas compradas (são quase transparentes) use ácido esteárico e gordura de coco.

[@rogodoy100]

@ Obrigado Lucas já fiz a experiência com o sabão de cal do Fábio. O cal que eu usei era cal para pintura e depois eu li no saco que ele tem aditivos. Talvez por isto ele tenha feito o sabão engrossar muito depressa. Eu estou pensando numa outra opção bem barata sem aditivos químicos que o calcáreo dolomítico agrário. Ele tem carbonato de cálcio e magnésio. Calcinei a 500 graus para matar bactéria s e fungos (ele clareou um pouco) e estou pensando fazer uma experiência amanhã. A dolomita parece que faz bem para a pele (está em alta nos cosméticos). Já tenho acompanhado os vídeos do Fábio, gosto do estilo criativo e renascentista dele. Também gostei do site que você me forneceu da Anne Marie. ótimos sabonetes. Bom dia.

[@sandraantoniohuber8160]

Lucas sou sua fã uma pergunta aqui na Suíça só temos óleo de palma eu posso usar no lugar do óleo de dendê ? Obrigada por sua resposta

Olá Sandra! Fico feliz por sua consideração. Pode usar o óleo de palma sim, inclusive acredito que você vá gostar até mais do resultado, pois ele tem um aroma e coloração mais suave e delicados do que o óleo de dendê. O índice de saponificação que está na tabela é especificamente para o óleo de palma, enquanto o óleo de dendê tem um valor muito parecido, variando minimamente (para menos), isso porque existe um pouquinho de polpa e fibras nele por ser um óleo do tipo bruto. Uma curiosidade é que historicamente um dos sabonetes mais vendidos no mundo foi o "Palmolive" fabricado principalmente com o óleo de palma (palm), possuindo também em sua composição o óleo de oliva (olive), daí a origem do nome (embora havia um pouquinho de manteiga de coco nele, na formulação original). Nesse sabonete a proporção do óleo de palma é maior que o óleo de oliva, pois ele contribui mais para o produto final ficar mais rígido (pois é um óleo/gordura saturada). O livro "Pure Soapmaking: How to Create Nourishing, Natural Skin Care Soaps" de autoria da Anne-Marie Faiola (a mesma do site "soapqueen.com"), por exemplo, tem quase todas as formulações utilizando o óleo de palma, pois é de origem vegetal, deixa os sabonetes mais rígidos por ser saturado, além de produzir uma espuma duradoura. O sabonete "óleo de coco + óleo de palma" é muito interessante (ele cura rápido, fica bem rígido e espuma bastante). Enfim, você pode substituir o óleo de dendê pelo óleo de palma na formulação apresentada no vídeo, bem como em várias outras formulações que queira experimentar. Um grande abraço e desejo um ótimo fim de semana para você e seus familiares.

[@sandraantoniohuber8160]

Canal Química Experimental muito obrigada Lucas. Sou sua fã moro na Suíça e aqui tem produtos que não se encontra

@@sandraantoniohuber8160 Sim, imagino! Por outro lado é difícil encontrar óleo de palma com facilidade aqui no Brasil (aqui só se encontra em lojas especializadas). Aproveite que você está por aí e faça esses testes, acredito que irá ampliar bastante sua experiência nessa prática de preparo de sabonetes. Um grande abraço!

[@sandraantoniohuber8160]

Canal Química Experimental sim sim vou fazer. Muitoooo obrigada

[@123passione]

Poderia explicar qual a temperatura da lixivia ao ser misturada aos óleos? a temperatura dos óleos ao colocar o álcool? a temperatura óleos+álcool ao adicionar a lixívia para iniciar a saponificação? e ... enfim, depois na fase final tem um limite de temperatura a ser mantido para o resultado final (liquido, viscoso e com espuma amarela) ?

Boa noite Regina! Eu entendi que você pretende fazer um bom controle da temperatura, o que é muito bom. A temperatura serve principalmente para que consigamos controlar o velocidade em que o sabonete/sabão será produzido. Também vale lembrar que só a reação de saponificação (ou seja, a reação entre a gordura e a lixívia) já libera calor! E a temperatura já aumenta naturalmente durante o processo de saponificação. O ideal mesmo seria se controlássemos a temperatura durante todo o processo, mas para ficar simples, na maioria das vezes ajustamos basicamente a temperatura dos óleos/gorduras e da lixívia. No caso dos óleos e gorduras o ajuste da temperatura também tem outra função, bastante importante: fundir as gorduras (que são sólidas) e ter fazer com que óleos e gorduras estejam líquidos para se fazer o sabonete/sabão. Por essa razão normalmente sugere-se que os óleos e as gorduras estejam aquecidos à cerca de 50 - 55 °C. Confesso que não meço muito a temperatura da lixívia e te explico o porquê: a lixívia causa certa corrosão aos termômetros de aço. Até mesmo os de vidro são atacados em menor grau pela lixívia. Por essa razão, na prática costumo fazer o seguinte: misturo a soda cáustica e a água, após a solução ficar toda transparente, fato que demora um pouco para ocorrer, depois já adiciono aos óleos/gorduras. Se você tiver um termômetro infravermelho (à laser), aí tudo bem, nesse caso uma temperatura bem interessante seria a mesma dos óleos/gorduras, ou seja, entre 50 a 55 °C. Para formulação de sabão, o álcool só deve ser adicionado ao sistema se a temperatura estiver inferior à 70°C. Se você acionar em temperatura acima disso vai correr bastante risco do álcool evaporar, pois ele vai entrar em ebulição (ou seja, ferver) à 78 °C. Normalmente quando o álcool ferver o sistema gera muita espuma que "supita" e dá muita bagunça no ambiente. No caso desse vídeo o que fizemos foi colocar o álcool que estava à temperatura ambiente aos óleos à cerca de 50°C e depois adicionamos a lixívia que deveria estar próxima a essa temperatura. Depois disso não iremos aquecer mais até chegar o momento de adição da glicerina/solução de açúcar. Porém nessa hora a função do aquecimento é somente para que o sistema fique líquido e fácil de ser vertido em formas. Nesse momento existe sim um limite de temperatura: é o mesmo limite da temperatura de ebulição do etanol, que é 78°C. Mas eu te recomendo aquecer o mínimo possível, pois mesmo em tempearturas inferiores à 78°C já existe uma pequena perda de etanol para o ambiente. Outro fato importante: As essências/óleos essenciais e até extratos glicólicos adicionados podem sofrer degradação em tempearturas superiores a 40°C - sugerimos após adicionar algum desses, não aquecer acima dessa temperatura. Principalmente o aroma dos óleos essenciais se perde bastante após 40°C. Um grande abraço e desejo muito sucesso na fabricação dos sabonetes/sabões.

[@123passione]

@ Perfeita a explicação, acrescentou muito ao pouco que já sei. Faço sabonetes e sabão para uso familiar, hot e cold, sempre testo fórmulas, já criei algumas muito boas e tem sido um experiência muito gratificante. Agora quero testar o glicerinado...Gratidão! Desejo tudo de bom à você!!

[@123passione]

@ Mais uma questão, pode usar material de aço inox? tipo tigela ou panela? é o que uso, mas fiquei confusa pois vc fala que na reação dissolve os metais...

[@JoaoVictor-hc9tj]

Eu vi só o sábado pronto mas e a glicerina da onde que sai ?

[@elizabetefarias7276]

Se eu quiser fazer um sabonete diluindo um sabão glicerinado pronto tem algum problema ? Obrigada

[@hebraicoonline6729]

Olá... professor. Será que é possível você Passar aqui a "receita" tipo: a massa de todos os elementos usados... fiquei meio confuso. quero exatamente essa que você fez no vídeo.

Olá amigo! Desculpe a demora em respondê-lo, tive alguns contratempos. Claro, vou colocar a massa de todos os componentes exatamente como utilizado no vídeo: 150 g de azeite de dendê; 150 g de óleo de coco; 47,6 g de Hidróxido de sódio, com pureza entre 96-99% 88,4 g de água para dissolver o hidróxido de sódio; 107 g de Alcool etílico 96 GL; 88 g de açúcar; 50 g de água para dissolver o açúcar; 54,7 g de glicerina vegetal; Um grande abraço e muito obrigado pelo comentário!

[@janetecarmenghanemsantos3608]

Boa Noite! Gostaria de saber se realmente não posso usar o etano no sabonete caseiro?

Boa noite Janete! O etanol (isto é, o álcool etílico, e não o etano) pode ser usado no sabonete, inclusive no vídeo nós usamos. Ele foi adicionado no instante 6:28. Agora se você estiver se referindo a "etanol" como aquele álcool vendido em postos de combustíveis (isto é, o AEHC - álcool etílico hidratado comustível), nossa sugestão seria evitar o uso dele, pois podem existir impurezas com certo grau de toxicidade no AEHC. Um grande abraço!

[@janetecarmenghanemsantos3608]

@ Sim, é o etanol de posto sem aditivo. Que pena. Mais muito Obrigado por me responder.

[@sandraantoniohuber8160]

Lucas no lugar do azeite de dendê posso utilizar óleo de rícino ?? Aqui na Suíça tem mas não é vermelho assim ou qual outro óleo posso utilizar no lugar do azeite de dendê ? Agradeço sua resposta ❤️

Olá Sandra! Pode utilizar o de rícino sim, ele é conhecido por conferir uma espuma cremosa e por suas propriedades hidratantes. Inclusive vou te passar uma combinação de óleos muito interessante se você quiser preparar um sabonete relativamente bem transparente: Utilize 33% de óleo de palma, 33% de óleo de coco e 33% de óleo de rícino. Essa combinação é muito adequada para preparar um sabonete glicerinado, ela está descrita no livro da Catherine Failor: FAILOR, C. Making Transparent Soap: The Art of Crafting, Molding, Scenting & Coloring. 1a Ed., North Adams: Storey Publishing, 2000. Transcrevi uma das formulações dela aqui, do original em inglês. O modo de preparo é o mesmo que eu utilizei nesse vídeo : "Basic Recipe 2 [Está na página 61 do documento, da 1a Edição] Lye Solution 1 pound 9 ounces distilled or soft water 12 ounces caustic soda Oil Blend 1 pound 10 ounces palm oil, tallow, or lard 1 pound 11 ounces coconut oil 1 pound 10 ounces castor oil Solvents 1 pound 13 ounces ethanol 15 ounces glycerin Sugar Solution 13 ounces distilled or soft water 1 pound 2 ounces sugar" Existe um vídeo aqui no canal ( kzbin.info/www/bejne/pGWqd4N7lNWqntk ) que a partir de 2:00 min há um método para se buscar alguns livros, como esse. Enfim, respondendo diretamente à sua pergunta diretamente: sim, você pode usar o óleo de rícino para substituir o óleo de dendê na formulação que utilizei aqui nesse vídeo. Mas se quiser produzir um sabonete bastante transparente (ele fica bonito) essa formulação da Catherine Failor é muito interessante, e pelo visto você tem a disposição todos esses 3 tipos de óleo aí na Suíça, então, pode ser uma opção interessante. Um grande abraço e obrigado pelo seu comentário!

[@sandraantoniohuber8160]

Canal Química Experimental Lucas muitoooo obrigada mas esse 33% seria 33 ml ?? Eu não entendo muito essa tabela de usar %

Oi Sandra! Esses 33% foi para dar uma noção da proporção, que nesse caso seria quase um terço de cada um dos 3 óleos(rícino, coco e palma). Mas para não confundir isso, use as quantidades sugeridas pela Catherine Failor. Para facilitar ainda mais, já vou converter os valores para gramas e estou colocando com uma quantidade que vai possibilitar preparar umas 700 gramas de sabonete glicerinado: Solução de Soda 101 gramas de água para dissolver a soda cáustica; 48 gramas de soda cáustica (com grau de pureza 96-99%); Óleos 105 gramas de óleo de palma; 109 gramas de óleo de coco; 105 gramas de óleo de rícino; Solventes 117 gramas de álcool etílico 96°GL; 60 gramas de glicerina bi-destilada; Solução de açúcar (sacarose) 52 gramas de água para dissolver o açúcar; 72 gramas de açúcar; Se você usar essas quantidades vai ter um resultado bastante interessante. Lembre-se também que todas as medidas aqui estão em massa e não em volume (então o ideal é usar uma balança para pesar). Um grande abraço!

[@sandraantoniohuber8160]

Canal Química Experimental você é um amor Lucas muitoooo obrigada se fosse mais perto lhe mandaria chocolates suíços de recompensa e pela sua atenção ❤️❤️❤️❤️

[@cidinhabrandao2164]

Tenho uma dúvida em relação a calda de açúcar usada nessas bases glicerinadas. Sempre vou calcular 15% de água e 15% de açúcar sobre o total de óleo usado para encontrar a quantidade de água e açúcar para fazer a calda?

Boa tarde Cidinha! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: No sabonete glicerinado normalmente pode-se usar 15% de água e 15% de açúcar. Mas lembre-se que essas porcentagens são em relação ao total da massa de sabonete. 1. Para você calcular certinho primeiro você deve calcular a massa de sabão: (massa de óleo + massa de soda) - não se coloca a massa de água nesse cálculo aqui, mesmo que vc tenha gasto uns 50 g de água aqui; 2. Depois você calcula a massa do sabonete: (basta multiplicar por 2 a massa do sabão); 3. Depois você calcula de 15% da massa de sabonete com sendo açúcar e de 15% da massa de sabonete como sendo água. Exemplo: Vamos supor que você tenha usado 300 g de gorduras + 47,6 g de soda. Então a massa de sabão sua é 347,6 g! Nós multiplicamos isso por 2 para, portanto temos 695,2 g de massa de sabonete (isso é tudo que conseguiremos produzir). Para saber a quantidade de açúcar que usaremos calcularemos 15% de 695,2 (ou seja, basta multiplicar 0,15 por 695,2) = 104 g de açúcar. Se vamos usar 15% de água na formulação calcularemos também 15% de 695,2 (ou seja, basta multiplicar 0,15 por 695,2) = 104 g de água. Porém no caso específico da água vc precisa descontar que do total dos 104 g vc já usou um pouquinho para fazer o sabão. Supondo que na hora de fazer o sabão (para dissolver a soda) vc já tenha usado 50 g, então vc só irá usar 104-50 = 54 g de água para fazer a "calda" de açúcar. Lembre-se que para dissolver 104 g de açúcar em 54 g de água demora um bom tempo. Um abraço e obrigado por sua participação aqui no nosso canal!

[@reginaldomoreira9603]

Bom dia, estou fazendo este sabonete. Quando adicionei o a glicerina e açúcar o sabão endureceu e ficou com aspecto bastante fibroso. É normal ? Como devo lidar ?

Olá Reginaldo! É sim, bastante normal, isso ocorre porque a temperatura da glicerina e da solução de açúcar estão menores do que a da mistura do sabão. Quando elas esfriam a mistura, ocorre esse espessamento. Basta você aquecer a mistura agora contendo açúcar e glicerina com cuidado até ir observando a liquefação do produto. Você pode aquecer com um microondas ou uma chama de aquecimento, ou até em banho maria. Evite o fogo, pois como existe álcool etílico na mistura, é perigoso. Caso tenha utilizado azeite de dendê, lembre-se que ele tem um cheiro intenso e coloração típica, inclusive a própria espuma fica um pouco amarelada, mas nada que interfira na qualidade de limpeza do sabonete. Se puder, nos dê um retorno. Um grande abraço e bom preparo! PS: Lembre-se que a cura desse sabonete é lenta, e demora (dependendo do clima) mais de 3 semanas para ficar bem rígido.

[@robertapenna3189]

ola, poderia tirar uma duvida, esta sua receita seria a mesma que uma base glicerinada, se quiser depois derreter posso? agradeço!

Olá Roberta! Os sabonetes preparados com álcool etílico, como é o caso desse, não ficam apropriados para você derreter novamente. Eles são produzidos de forma que você já deixa eles prontos para uso. A razão disso é que depois de refundir a massa, muito álcool evapora, e você não obtém um produto com a mesma composição do anterior (antes de derreter). Você pode até colocar mais álcool etílico na hora de derreter esse, mas o resultado final não fica tão bom. Se você quiser uma base que permite você preparar para depois derreter, procure formulações que substituem o álcool etílico por sorbitol (líquido). Ele sim permite a obtenção de uma base (que permite derreter novamente), transparente e com um ótimo aspecto. Esse vídeo apresenta uma maneira de se produzir uma base dessas: kzbin.info/www/bejne/rnm2Yolufa6qpac Ele está em inglês, e a autora utiliza uma panela elétrica para aquecimento lento, chamada no exterior de "crockpot". Dê uma olhada no material, pois creio que isso te auxiliará muito na compreensão dessas bases. Por alguma razão é difícil encontrar materiais em português sobre o preparo dessas bases glicerinadas transparentes. Mas se quiser a sugestão de um livro muito bom, em inglês, sobre isso, é o da Catherine Failor, chamado "Making Transparent Soap: The Art of Crafting, Molding, Scenting & Coloring". É uma ótima literatura, compensa conferir. Um grande abraço e obrigado pelo comentário!

[@Taisxavier1]

Compartilhei teu vídeo num grupo de saboaria e o povo chiou por que você jogou a água na soda 🤭

Oi Tais! Fico muito feliz que esse vídeo tenha sido apresentado para seu grupo! É verdade, essa forma não é a mais segura de se fazer. Na verdade fiz até um vídeo mais recente sobre a produção do sabão de coco, mas acabei colocando denovo a água sobre a soda, acredita! A cada vídeo sempre tento melhorar ou corrigir um ou outro ponto que fica falho do anterior, foi bom você me dizer isso. Outra coisa que não tenho feito é usar luvas, seria bom eu trabalhar melhor as questões de segurança e EPI's na manipulação dos reagentes químicos, em especial nos próximos vídeos. Vou tentar melhorar isso... e se puder ensine o pessoal do grupo a fazer da forma segura, inclusive deixando o recipiente em ambiente aberto nos primeiros instantes da dissolução para não inalar aquelas gotículas que sobem junto com o vapor, ou nada de usar recipiente alumínio, etc. Outra coisa que te digo desse vídeo, é que, se eu fosse fazer novamente substituiria o azeite de dendê por outro óleo/gordura como a gordura de palma ou óleo de mamona. O dendê dá um aroma e coloração muito característico (inclusive na espuma), que muitos podem não gostar. Eu particularmente gostei por ser algo mais único, mas se a ideia for agradar a maioria, talvez essa substituição seja mais interessante. Vou em breve postar um vídeo sobre o preparo de um sabonete líquido (mas nesse caso o sintético mesmo, com lauril éter sulfato de sódio, não é o sabão líquido) para apresentar outros produtos de limpeza que não sejam o sabão. Espero que goste do próximo também e esteja sempre conosco! Faço votos para que você e seus familiares estejam bem, em especial nesse período tão delicado que vivemos. Um grande abraço!

[@thiagomoreira6640]

Mestre, excelente video, mas, tô com uma dúvida aqui(e muito tempo sem pegar no livro), na hora da conversão para NaOH, vc disse q dividiu 0.192g por 56.1 e encontrou 3.42mol de KOH, mas o resultado se fizer essa divisão será 0.00342mol, a única forma q achei o mesmo resultado q o senhor, foi sem converter de mg para g(no caso 192/56.1=3.42mol), aonde estou errando esse cálculo? Pode me ajudar?

Bom dia, Thiago! Espero que esteja bem. Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, mas em breve pretendo regularizar isso. Você está completamente certo: a divisão de 0,192 g por 56,1 g/mol é sim 0,0034221 mol! O correto seria eu ter escrito no vídeo que obteríamos 0,0034221 mol! Para te ser bem sincero eu iria escrever "3,4221 mmol" - milimol, mas esqueci de colocar esse "m" extra... talvez seria mesmo mais didático ter escrito os 0,0034221 mol, mas foi realmente um errinho no vídeo, me desculpe por isso. No entanto, repare que depois disso fiz todo o cálculo com o valor correto (os 0,0034221 mol), pois ao multiplicarmos 0,0034221 mol por 39,997 g/mol, teremos realmente a massa de 0,137 g de NaOH para cada g de óleo de soja. Muito obrigado pelo seu comentário, além de você ter sido bastante atencioso e podermos comentar mais sobre esse aspecto, essa dúvida pode servir o esclarecimento de outras pessoas que possam ter ficado em dúvida no mesmo ponto! (inclusive coloquei um alerta na descrição do vídeo para essa sua observação, espero que os usuários vejam). Um grande abraço e ótimo domingo!

[@thiagomoreira6640]

@ eu q agradeço, e muito. Sou técnico químico e trabalho na indústria, mas, fazem muitos anos q não boto o pé em sala de aula. Como agente acaba por não usar muitas coisas, acaba por cair no esquecimento, então, como tô querendo entrar na facul, voltei a estudar pra não chegar muito perdido... Existem 500 milhões de vídeos sobre sabão e tal, mas, nenhum fala legal da química como o seu vídeo... Muito obrigado!

[@matildeneri4610]

Olá Quero fazer sabonetes naturais e amigos do meio ambiente. Ouvi falar que o óleo de palma, apesar de ser bom, a sua extração acontece de forma prejudicial. O azeite de dendê e o óleo de palma, são da mesma planta?

Boa tarde, Matilde! Sim, o azeite de dendê e o óleo de palma, são da mesma planta, a palmeira Elaeis guineensis (o dendezeiro). Essa palmeira tem seus frutos (cocos), que da sua polpa (também chamado de mesocarpo) são retirados tanto o azeite de dendê quanto o óleo de palma. O azeite é obtido por prensagem da polpa e é um produto mais bruto pois ainda existem fibras e materiais insolúveis, enquanto o óleo de palma (também chamada de gordura de palma) é um produto refinado que não tem mais as fibras e resíduo de polpa em seu conteúdo, e é clareado também: tem apenas a gordura desse coco. Aliás existe outra gordura diferente que é tirada do coco do dendezeiro, chamado de palmiste. O palmiste é obtido da castanha do coco (e não da polpa), e também é muito utilizado na fabricação de sabão/sabonete. Existem algumas empresas que utilizam um extrativismo consciente, adquirindo o produto de comunidades locais e promovem o mínimo impacto ambiental possível. Empresas desse tipo têm algum(s) certificados de aprovação ambiental, ou algo similar. Seria interessante você procurar um fornecedor de óleo de palma que tivesse esse tipo de certificação, para que seu produto tenha essa abordagem amiga do meio ambiente. Produtos desse tipo são classificados como (CSPO) Certified Sustainable Palm Oil. Um grande abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

[@matildeneri4610]

@ Muito obrigada por responder e de modo esclarecedor. Parabéns 👏👏👏

[@carlosalberto589]

amigo não tenho microondas , pode ser em banho maria ou fica dificil ; se simplificar a receita fica mais fácil ; estou tentando fazer sabonete a mais de 2 anos e até agora só tenho gasto financeiro e perda de tempo ; não aguento mais de tanta informação e pouco ou quase nenhum resultado satisfatório !!!!! Desculpe meu desabafo !!!!

[@m.gcomicsanimations3398]

Qual o índice de saponificação do Azeite de Dende?

Boa tarde amigo! Desculpe a demora em respondê-lo, tive alguns contratempos. O índice de saponificação (IS) do azeite de dendê que utilizamos foi o de 0,142 g de NaOH/g de óleo. Na verdade esse é o IS para a gordura de palma que é purificada, enquanto o azeite de dendê é um óleo bruto, e poderá ter um pouquinho de fibras junto. Se você filtrar as fibras do azeite ficaria melhor ainda. Mas, mesmo assim as diferenças entre o IS do azeite de dendê para a gordura de palma é bem pequena, então você pode usar esse valor sem problema algum. Um grande abraço!