Produzindo empatia | Christian Dunker | Falando nIsso 259

[@jgilhrm]

"É tudo nóis. Tamo junto" (DUNKER, 2020)

[@5driedgrams]

Que aula! Sou padeiro, professor. Não tenho intenção de exercer a profissão de psicólogo e/ou psicanalista, mas sempre me interessei muito pelo assunto. Não pare jamais - ou tão cedo - com os vídeos. Um forte abraço.

[@emersonbarbosa1538]

Compartilho de sua empatia , também não sou psicanalista , eletricista de linha viva mas gosto também dos vídeos de Cristian Dunker. Tmj !

[@vaniamoura7876]

Adoeci na graduação de Psicologia , tanta falta de empatia e um discurso de perfeição entre meu colegas me fez quase desistir do curso, mergulhei na Psicanálise , começei a pós e hoje tenho tanta gratidão em acompanhar vc professor!!Um abraço!!

[@cesarsilva6909]

Senti exatamente o mesmo que vc no curso da USP.

[@melnogueira9534]

Isso existe mesmo. Estou no 10° termo e reparei muito nisso, não só entre alunos mas também entre professores que recheados de conhecimento se tornam arrogantes!

[@cesarsilva6909]

@@melnogueira9534 Mas que, de forma contraditória, vomitam em seus discursos a empatia, o amor, a crítica. O Dunker eu excetuo nisso.

[@MrDiogoeiki]

Sinto o mesmo que vc. Estou no 8°, e nao ha dia que nao pense em desistir 😥

[@melnogueira9534]

@@MrDiogoeiki não desista!! Faça sua parte, foque nos seus estudos e carreira. Boa sorte!

[@vlovegan]

Caramba, jah estávamos vivendo a pandemia (mas o Brasil ñ sabia) quando ele gravou esse video. 😬 Que bom que jah passou. 🥳🤩

[@gabrielhirata8050]

Ao invés de lugar de fala, lugar de escuta. Foda demais isso... 🙏

[@iuripsicanalista]

Primeiro comentário é meu. Cara você é um grande psicanalista, o planeta terra precisa de psicanalistas como você. A maneira como ele enfrenta o presente do nosso tempo, lembra positivamente o tempo da psicanálise de ouro, com os titãs das análises desbravando o comportamento humano.

[@vdecleyre669]

Dá até alívio ouvir o Dunker explicar as coisas

[@marciatomiyama1129]

Grande gesto de empatia do psicanalista levar as pessoas a reflexões diferentes daquelas que elas estão acostumadas! Obrigada!

[@kevingabrielaokikobayashi3214]

“A gente sabe realmente [o que a gente sente]? A gente é o proprietário disso que a gente sente e que o outro vai 'tirar' da gente? É realmente assim que acontece? Eu sei sobre mim, e o outro não pode saber, não pode tomar isso de mim? Será que não estamos um pouco infiltrados por uma lógica proprietarista também nos afetos?” (10:43). Tá aí por que vc é meu psicanalista favorito: mais um vídeo seu pondo a nu a retórica neoliberal das trocas simbólicas. A lógica do psiquismo é cada vez mais a lógica do direito privado. O que é meu é meu. E o que é seu é seu, mas também vai ser meu: custe o que custar.

[@cibellis]

Excelente

[@leonorramoschaves1105]

Professor, o sr. é simplesmente... Maravilhoso!!! Muito obrigada!!! Adorei sua aula!

[@pradodrive5136]

Quando li a palavra "empatia" associada à "arrogância" fiquei curiosa para entender como isto poderia ocorrer, qual tipo de abordagem de empatia poderia produzir esta associação. Uma das grandes preciosidades deste canal é poder ampliar o conhecimento sobre certos conceitos, que por vezes caem no senso comum e acabam sendo deturpados. Empatia é colocar-se no lugar do outro, mas como disse o Dunker, não é algo que simplesmente se decide, não se acorda e resolve "Hoje serei empático". Se pensar deste modo aí sim é perigoso ser arrogante, invadir o lugar de fala do outro. Um exemplo, eu não sou refugiada, não estou em situação de refúgio, não basta eu me compadecer, achar injusta a situação política, social, e fazer algo por eles, reivindicar os seus direitos, falar na triste situação de alguém que pede refúgio em um país e é negado... Isto tudo pode ser movido pela simpatia, e pode ter boas consequências ou este querer me colocar no lugar de um refugiado pode ser um ato de poder, de enfraquecer sua potência, fragilizar seu discurso e aí mora a arrogância. Alguns neurocientistas e neurofisiologistas trazem alguns pressupostos para a empatia, mas que podem também ser explicados pela psicanálise. As habilidades perceptivas, em codependência com os hábitos cotidianos, são importantíssimas para a empatia. Não basta querer ser empático, cognitivamente é necessário que se tenha habilidades para tal. Alguém que passa horas, todos os dias, em tarefas que o isolam, raramente terá habilidades para a produção da empatia. É como pensar em uma habilidade fisio-motora, eu posso querer correr a São Silvestre, mas se passo horas sentada, todos os dias, durante anos, dificilmente terei habilidade para tal, mesmo que eu queira, que eu simpatize com a ideia de correr, que faça inscrição na maratona, que vá para a largada, não tenho habilidade para isso. Nós somos menos pacientes, temos outra noção de tempo, tudo isso são mudanças em nossas habilidades pelos nossos novos hábitos e vice-versa. Claro, que seu eu quero produzir empatia (importante que se entenda isso, produzir empatia, algo que não é para ser, se produzo empatia agora, e não cuido das habilidades, não tenho garantia que serei eternamente, assim como nas maratonas, não tem um ser eterno, tem um estado, uma habilidade em manutenção), mas se quero produzir empatia, então há algo que posso fazer, justamente cuidar dessas habilidades, a arte, a cultura, a educação, a psicanálise, os cuidados de si, sociais, sensório-motores, entre outros, tudo isso faz parte dessas habilidades. Olhar nem sempre é ver. Quantas vezes passamos por algo que para nós não significa nada, nem o percebemos direito, ou não percebemos mesmo, e depois passamos com alguém que nos chama a atenção e aquilo passa a ter um significado especial, passamos a notá-lo? Os neurocientistas Alain Berthoz e Antonio Damásio, comentam em suas obras sobre os neurônios espelho, descobertos pelo neurocientista italiano Giacomo Rizzolatti, estes neurônios também são parcialmente responsáveis pela empatia, até mesmo hormônios como a ocitocina. Mas nenhum desses neurônios ou hormônios são mágicos, eles por si só, sem reflexão, sem ponderação, sem hábitos e convívios, eles por si não são suficientes para garantir a habilidade da empatia. Seria pouco provável dizer que todos que conhecemos e são pouco empáticos têm disfunções orgânicas destas naturezas. E as questões estudadas pela psicanálise são fundamentais para tudo isso, quando vi o outro vídeo, sobre o desmentido, e o professor falou de uma das traduções de "verleugnung", como desautorização da experiência, fiquei dias pensando nisso (aliás, ainda estou), porque a negação da experiência pode ser o oposto do que é necessário à empatia. Não há como a experiência colaborar para a produção de habilidades empáticas, se ela for negada, mesmo que esteja em um contexto propício para a produção destas habilidades, elas não o serão. Enfim... rrs... é muita "matutação", amo esse canal, os vídeos vão se colando e sempre há muito para refletir, ampliar, é sempre uma experiência muito potente. Obrigada!

[@rachelsoares7211]

Que comentário enriquecedor! Depois desse vídeo maravilhoso, ler seu comentário é fechar com chave de ouro. As suas informações são pertinentes e necessárias a uma melhor tentativa de compreensão. Muito obrigada por postar seu comentário. Você deveria ter um canal no KZbin.

Primeiro, o sorriso pelo 'Youtchube'; e depois, atenção e gratidão pelo conteúdo. Adoro!

[@karol2606]

Quando eu crescer, quero conseguir armazenar ao menos metades das referências que ele cita, casualmente, em qualquer vídeo

[@jorgecarlos2859]

Professor, gostaria que esclarecesse a relação entre o pensamento político conservador/reacionário e o medo, como receio da perda do controle sobre a conduta moral da sociedade.

[@vagnerdasneves]

Eu quero um dia entender 100% do que você fala. Acho tudo isso muito rico! Fascinante! 🤗

[@hugoalejandro5839]

Olá Professor Dunker, Novamente, parabéns pelo canal. Neste vídeo, senti a falta de referências a Sandor Ferenczi. De fato, foi Ferenczi quem problematizou a questão da empatia no tratamento psicanalítico em trabalhos sobre a elasticidade no tratamento psicanalítico e Confusão de Línguas entre os Adultos e a Criança, entre outros. Considero o senhor uma verdadeira exceção entre os lacanianos do Brasil. Nas palavras de Ferenczi: “Sem empatia, não há cura.”

[@elainedebem50100]

F A N T Á S T I C O !! Me comovi, chegou ao poético. Parabéns, professor.

[@caiomoncao3298]

Olá professor Dunker. Poderia fazer um vídeo falando um pouco sobre Psicanálise e Direito? E como podemos fazer a articulação desses saberes com a "justiça".

[@patriciarossi8725]

MeeeoDeeeos que SAUDAAADE dessa voooz! Professor AMADOOO! Eu estudava filosofia AGUERRIDAMENTE, só pcê olhar pra mim! Hehehe! Patrícia Rossi FMU 1998 ❤ Vou maratonar esse canal, aqui!

[@mariarita5277]

Chistian gostei muito do seu "acento simbólico ",qdo disse que : O AUMENTO TB DA ALIENAÇÃO "👍👍👍

[@akaph]

Linda camisa, Dunker.

[@andreiadelmaschio]

Esplêndido! Uma das suas melhores falar neste canal.

[@mariaeduardacarvalho5794]

o que eu mais gosto é ficar lendo os comentários dos teus vídeos e perceber que cada um interpreta as tuas palavras de acordo com a própria verdade e parece que tu ficou do "lado" de um ou de outro...

[@carlos111dias]

Bom dia, mais uma vez obrigado pela lucidez das analises. Poderia comentar o filme Dois Papas? É um filme de propaganda institucional?

[@venetiadurandobraga210]

Já faz tempo, mas essa fala é genial! Saber dizer é difícil.

[@karinetavaresmorais7853]

Que video sensacional!!! Que saber!!...saberes 💐💫

[@rodrigorodrigueslouro7299]

Em meu humilde canal fiz uns dois vídeos sobre "não somos donos de nós mesmos".... Sua visão ampliou ainda mais a questão

[@aidapaiva9759]

Sérgio Goldenberg, meu professor de psicologia comportamental falou que numa psicoterapia era necessária a empatia, era necessário que tanto o terapeuta quanto o paciente gostassem um dou outro. Sempre considerei que a empatia era algo que a gente sente e que não temos muito controle, acontece. Dunker propõe a produção da empatia o que é muito legal porque somos livres para produzir empatia mesmo quando o ódio impera no relacionamento. Ver a empatia como produção deixa a gente livre para gostar do outro e fazer com que o outro goste da gente.

[@juliannachaves1191]

Professor Dunker, obrigada por sua disponibilidade em produzir esse canal e contribuir na transmissão da psicanálise nesse mundo atual. Gostaria de fazer uma pergunta pois seria interessante ouvir seus comentários a esse respeito: lembro de ir a uma palestra em que um psicanalista lembrava a diferença que Lacan faz em sua obra sobre o amor romântico e o amor cortês. Seria possível o senhor fazer um vídeo falando sobre esse assunto e relaciona-lo com o contexto atual em que vivemos de relações efêmeras e imaginárias, baseadas em redes sociais? Muito obrigada e um abraço aqui de Fortaleza-CE!

[@marciazul4172]

Excelente! Eu entendia tudo equivocadamente...aprendi!!

[@aldimrosadasilva1751]

Christian Dunker, você poderia falar sobre alienação e dissimulação nos meandros do discurso psíquico? Onde o litoral inconsciente é atravessado mediante a cultura dessas duas diferenças? Obrigado.

[@rosanalima2402]

Que explicação maravilhosa ! Gratidão!

[@guilhermesilveira1402]

Olá, professor! Sempre acompanho seu canal e as mais diversas temáticas abordadas. Sou Psicólogo e Psicanalista em formação. Gosto muito de esportes e sempre me interessei pela Psicologia do Esporte e Exercício como um campo de atuação. Contudo, desde a graduação os professores sempre ressaltaram o quanto essa área é ligada à Psicologia Comportamentl. Gostaria que o senhor falasse sobre a inserção da Psicanálise no campo dos esportes e indicasse autores da Psicanálise que fizeram sua trajetória no esporte. Um forte abraço e obrigado!

[@mainaamenina]

Esse tema é massa, hein!

[@MariaLourdes-qt9jj]

Excelente reflexão para início de ano. #tamojunto

[@nen2320]

Cristian, falou muito bem! De fato, o mundo sempre careceu de tolerância. Mas a questão do filme em questão é a de pessoas que se julgam no direito de ofender o sentimento religioso alheio. Respeito sempre será uma via de mão dupla.

[@paulams1460]

Vida longa ao Dunker 😀

[@melostefany9459]

Todos os seus vídeos é um enriquecimento pra mim. Muito obrigada!

[@rachelsoares7211]

Gostaria do link da palestra referida no vídeo. O encontro de Dunker, Solano e Ferrez deve ter sido bem proveitoso.

[@cibellis]

Como Christian é excelente!

[@marcelasalessantos5785]

Perfeito

[@lcfmoura]

Fiquei aqui pensando que, nesse caso, a literatura é um excelente exercício para a produção da empatia, e talvez por isso seja sempre alvo dos intolerantes.

[@danielcamelorancan6686]

Obrigado, professor! Muito bom ouvi lo alargando o horizonte dentro e fora da psicanálise sobre o conceito de empatia. Quando vc falou em ponto de vista como conceito da geometria e mais adiante na produção de um nós , me lembrei do conceito do perspectivismo. Será que poderia fazer um falando nisso abordando o perspectivismo de Eduardo Viveiro de Castro sob a perspectiva da psicanalise lacaniana? Um recorte que abarca-se a idéia da predação oswaldiana como incorporação da perspectiva do Outro. Tenho me deparado com essa abordagem ha algum tempo e tem sido um desafio enriquecedor no meu percurso de formacao na psicanalise lacaniana.Estou escrevendo sobre e pensando numa proposta para um doutorado. Abr

[@laboratoriodesolos-campusb1362]

Obrigada!!

[@ShamanZatara]

Obrigado pela explanação! Ajuda a digerir as ideias

[@thamyllislima2733]

A gente se coloca no lugar do outr? Talvez. Mas o que mais ocorre, é se colocar no lugar que VOCÊ ACHA que o outro está... A escuta é rara. Existe esforço. Nao é pra qualquer um e chego a duvidar que a primeira pergunta que fiz ocorra constantemente, mas sim que aparece fazendo furos na narrativa que cada um produz sobre sua vida e do outro

[@aidapaiva9759]

Dunker, eu escuto bastante meus amigos de tratamento mas ás vezes eu não consigo ouvir ninguém de tão lotada que eu fico. Nesses momentos falo para eles que não estou bem para ouvir eles. Há pouco tempo descobri que a fala fica seriamente comprometida quando estamos em crise e ultimamente estou procurando ouvir bastante um amigo que está em crise. Quando a pessoa está sob efeito de cocaína e fica falando demais aí fica difícil ouvir essa pessoa. Você poderia falar mais das relações entre as pessoas e poderia falar sobre quando nos sentimos mal ao ouvir alguém e assim nossa tendência é nos afastar dessa pessoa. Eu estou falando isso porque eu me sinto mal quando converso com a minha mãe e ela está precisando que uma pessoa escute ela.

[@mayrajurua4471]

Dunker, seus vídeos trazem grande contribuição à compreensão de nós e nossos coletivos. Sou uma interessada em filosofia e psicologia, aprendi muito com você. Gratidão ! 🌹

[@alb_reuel]

Saudações professor, agradeço pelo canal e a quantidade de informação valiosa contida nele, parabenizo também a disposição de fazê-lo acontecer por tanto tempo. O senhor pode comentar a recente entrevista publicada pela Uol com o psicólogo Jacques Van Rillaer, na qual ele afirma que Freud e Lacan seriam dois charlatões? Muito obrigado e desejo maior sucesso ainda com sua trajetória.

[@adriana.freire99]

Espetacular!!!

[@ericsupremo1]

Obrigado pelo comentário, muito enriquecedor. O que diz respeito a cultura, ela não deveria ser um pretexto para nos permitir fazer coisas erradas. Vou continuar a assistir e aprender, mais um vez obrigado!

[@marciameneguite6872]

Feliz 2020 pra todos nós!!!

[@silasmelo7825]

Professor, aprecio muito seu trabalho. O senhor poderia explicar um pouco sobre como a psicanálise compreende a glossolalia, ou melhor, o "falar em línguas" realizado dentro de igrejas neopentecostais? Seria adequado considerá-las como episódios de histeria coletiva ou não? Desde já agradeço, abraços.

[@celiadelima68]

Entendi há algum tempo que empatia seria o exercício de me colocar no lugar do outro a partir do que posso alcançar do outro (sua história de vida, amor e desamor, alegrias e dores etc), a fim de buscar compreendê-lo em si e não em mim, e com isso evitar julgamentos. O que vc diz sobre "escuta" é, para mim, exatamente isso.

[@rosanalima2821]

Maravilhoso. Ouvir. Dar ouvido. Produção de um terceiro e quiçá um quarto...maravilhoso!

[@elianecoelho1216]

Excelente vídeo! Adorei suas argumentações sobre a empatia, porque em minha experiência e reflexões, considero que ter empatia pelo outro, independente de quem seja este outro, é um grande desafio para nós seres humanos. Imagino que seja porque estamos muito centrados em nós mesmos. Muito obrigada pelas belas palavras profr. Cristian

[@chickomartins4393]

Os vídeos são ótimos, mas sempre assisto 2, 3 vezes...

[@clauagrj]

Valeu Christian.

[@joaomuller3572]

Sensacional!

[@nellorangel778]

Uma paciente minha, diagnóstica com a síndrome de Aspeger, se queixa que tem muita dificuldade de escrever seus trabalhos de pós-graduação. Diz que escreve em blocos, que os parágrafos ficam sem ligação uns com os outros. E que seus professores não gostam e parecem não entender que essa forma de escrever tem algo a ver com o quadro de Asperger. Outro paciente com Asperger diz que tem muita dificuldade de ler e compreender o que lê. Tem que voltar muitas vezes, a cada palavra, a cada frase, a cada parágrafo. Para tentar ligar todos entre si, entender o sentido geral. Está na residência em medicina e, se antes, durante o curso, prestar bastante atenção na aula já bastava, agora, com o nível de exigência muito maior, a leitura ficou essencial. E a dificuldade ficou gritante. Crhistian Dunker, em um vídeo do seu canal no youtube sobre a empatia, disse que há um indeterminado na empatia, um algo que não é eu nem o outro, mas é nós. Ou eu diria, se entendi bem, um fora, uma terceira margem do rio, um vazio, um espaço, um intervalo. Ou, ainda se bem o entendi, a empatia exige um lançar-se no indeterminado, um tipo qualquer de coragem de se deixar estar neste oco, neste entre. A linguagem, em si própria, carrega este mesmo oco, esse mesmo entre, ao trazer em si sempre um além do literal, algo que escapa ao seu uso comum, algo que deixa um indeterminado no amago do que é dito e do que é ouvido. De alguma forma poderia ser pensada as dificuldades na expressão escrita e na leitura, dos pacientes citados acima, como uma dificuldade de entrar nesse entre, nos interstícios da linguagem, no indeterminado da empatia? E as dificuldades do autismo na interação poderiam também guardar importante relação com essa mesma dificuldade? Os pacientes em questão têm, ambos, uma fluente e eficaz linguagem de fala. Fazem uma adequada utilização do vocabulário e da estrutura gramatical ao conversarem. Mas também nesses momentos dizem de uma dificuldade de entender piadas, colocações de duplo sentido, omissões e mentiras. Ou seja, me parece que mesmo utilizando adequadamente os recursos verbais da linguagem, ainda assim lhes escapa aquilo que não está inscrito literalmente e de maneira cabal na linguagem, seja oral ou escrita. Tais como um programador de computadores eles parecem aprisionados no 0 ou no 1, no sim ou no não, sem a possibilidade de um talvez. E a linguagem vai muito mais além. Parece que a capacidade de se manter ao menos um tempo no Entre é importantíssima. Entre as palavras, entre as frases, entre os parágrafos, entre os sujeitos, entre as pessoas. A prisão na literalidade afeta a empatia, o alcance da compreensão, o humor, o entendimento da mentira. Os linguagem necessita, para uma fluência entre o dito e o entendido (nunca absoluta, de qualquer modo) do vazio, dos interstícios. Qual uma fenda sináptica, um espaço, uma pausa, um tempo, um parar, uma espera. Entendi razoavelmente o conceito, professor? E parabéns pelo seu trabalho!

[@juansalazarj]

Christian, senti um português de Portugal em ti... Parabéns pelo canal!

[@anapaulamellopeixoto3556]

Sim! Eu tb percebi! Bonitinho!

[@MsEduardoneri]

Caro Christian... eu diria mais que perfeito, o sentido da empatia!!! Você, como sempre, mais que presente é um refrigério aos acadêmicos endêmicos e perseguidor desses aforismas que perpassam os entendimentos subversivos... Apenas queria lembrá-lo que sim, nós somos uma cultura cheia de Mandonismos e arrogantes provinciais, mas não é assim na França, Itália, Alemanha, Japão e o menos hegemônico Estadunidense? E ainda... dentro da alienação do Capital, leitura amplificada de Marx para György Lukács, não estariam contidos as nossas "portas dos Fundos", que mais empresa e sólida perseguidora dos meios de produção, não produz algum material Net, simplesmente ignorando a empatia e a solução encontrada por muitos que nos é fácil negar? A empatia meu amigo é algo muito caro! Sonho, como você , que isso funcione algum dia para mais ou menos excluídos....mas também para crianças e velhos, ignorados pelo sistema e pela Academia do nosso mundo pós cristão. Não ouço psicanalistas e Acadêmicos levantando a bandeira daqueles que não sabem discernir entre a mão esquerda e a direita, e faço parte destes indiferentes, óbvio pela minha elucubração. Acho, meu Caro Professor, que somos mais óbvios que a imaginação nos garante e temos a riqueza da saturação das palavras para recriar o tédio de quem necessita de mais portas de comunicação que fundos aos bolsos dos produtores de ilusão.... Obrigado Mestre! Abraço! Edu

[@guilhermeferraz451]

Professor, obrigado pelo trabalho incrível que vem fazendo aqui no KZbin! Tenho uma pergunta: li "1984" do George Orwell recentemente e fiquei curioso pra ouvir o que você pensa sobre o conceito de "duplipensamento" e sobre como ele está presente tanto na política atual quanto em nossas vidas cotidianas. Abraço e obrigado novamente!

[@silvanamarquesrabelo4487]

Vc é demais Dunker! Tamo juntos ❤️

[@romulloraupp4349]

Você é maravilhoso! Se tiver livros para doações, eu estou aceitando! Obs: desculpe fazer isso, mas, são livros. Forte abraço.

[@mariacristinagoncalves9303]

Adorei!

[@Rafaelklin]

Parabéns, prof Christian! Mais uma fala brilhante porque humana. Generosa e empática.

[@saindodacaverna.]

Olá professor, parabéns pelo canal sempre acompanhado as imensuráveis contribuições, os comentários estão bem delimitados né? Pois é, vamos refletir sobre as diversas possibilidades, que somam mais. Continuo sempre acompanhado sou psicólogo recém formado. Um abraço do Recife.

[@Cau0727]

Excelente vídeo e bastante contemporâneo. Não conhecia essa diferença entre a simpatia com empatia. Pensando bem, a empatia é então muito mais rara de se ver

[@laiscmbernardes]

a qualidade do vídeo melhorou!

[@2435gbl]

Foi proposital professor Dunker, em 13:38: "a alteridade do outro toca em minha própria *autoridade*" ?

[@dafani5331]

Excelente, como sempre. Mas ao longo do vídeo não pude deixar de lembrar do conceito de alteridade e sua diferenciação com a empatia. Essa empatia sob o ponto de vista de Dunker parece - no meu limitado entendimento - ter se aproximado do conceito de alteridade. Poderia fazer um vídeo (ou responder) acerca da diferenciação? Abraços.

[@andreeduardoeduardo2883]

As vezes se colocar no lugar do outro para algumas pessoas é chato demais e entediante e para que abreviar raiva,fúria,falsidade?o que é comum e ainda pelo mero sentimento de parecer legal e socialmente normal e para se mostrar mais desenvolvido intelectualmente e de ar de superioridade...se sentir empatia se resume a uma simples pisão nos pé do outro na rua a uma batida de carro?O ser humano só se dispõe de ser afável quando lhe interessa e só se sente empatia ou porque a religião disse que é pecado e vai para o inferno que é um erro mais o certo é ter o sentimento de ver o outro como um irmão de existência! E veja bem é só um ponto de vista particular porque um cachorro ou um gato é um irmão de existência e todos seres conscientes e que vivem mesmo o que nos alimentamos são irmãos e assim como o devoramos e somos devorados pelo tempo e pelas nossas angustias!abraço professor e valeu pela reflexão!

[@vm1974]

A explicacao mais sensata (e empática) que em encontrei até hoje sobre o tema. Valeu Prof.!

[@romeubraga5942]

Bom video

[@isabellelis9108]

Ano novo, musiquinha de fundo velha...☹ Não perco a esperança de que a musiquinha seja suprimida dos videos.😀 Fico babando enquanto escuto suas reflexões, professor! Muito obrigada pela generosidade em compartilhar!🙏

[@narinhavideos]

Procurei esse livro na Livraria Saraiva essa semana e dizeram que estava fora de catálogo. Eu disse: como!! Esse livro foi lançado ano passado. Algo errado nisso. Vou comprar pela Net.

[@S8Moura]

Bacana a demais! Um 2020 com mais empatia para todos nós!

[@apedraqueronca5349]

Tudo nóis e tamo junto kkkkkkk! D+ mestre!! Incrível seu trabalho por aqui, passo mesmo só pra te agradecer e desejar o melhor pra ti, sua equipe e seus chegados.

[@supremojosue]

sugestão : Lacan e 2* Wittgenstein : simetrias de concepção de linguagem. Muito agradecido

[@kevingabrielaokikobayashi3214]

Com certeza!! Há meses que aguardo esse intercâmbio, especialmente do Christian!

[@wilian0002009]

esse Chistian é o melhor scrr

[@rachelsoares7211]

Obrigada, Dunker. Você é maravilhoso! Que reflexão clara e de suma importância. Maravilhoso vídeo para começarmos o ano juntos !

[@claudiapenalvo5227]

Ótima reflexão!! Obrigada!!

[@poliananunes3190]

Ótimo tema para a atualidade. Quando chega a notificação já vejo de pronto. Adoro o canal.

[@lanamayer1]

Genteeeee!! Feliz ano novo Christian. Tua fala...É um alento para tentar sobreviver a estes tempos !! Abç

[@Sheilafilosofiamusic]

Belo vídeo para o início de ano. Feliz Ano Novo Professor!

[@psicocavalcante]

😯 Show de bola, excelente reflexão...

[@mayanaalmeida4756]

Belíssimo vídeo! Professor, elabora um vídeo abordando sobre o celibato! Qual a visão da psicanálise acerca do celibato?

[@ligyaRoque]

"Paraíso Terrarun"... qd uma idéia vem de tão longe de si, que assim o parece... senti um agonia danada nessa palestra... que bom esse seu desdobramento professor

[@joiceclemente-psicologacli3587]

Nossa que explicação incrível 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 sempre expandindo cada vez mais nossas mentes em! Muito obrigada

[@andrerocha5208]

Muito foda........

[@pikneo]

Professor, O senhor pode explicar como a psicanálise lida com o conceito de vocação? É possível de fato afirmar que existem aptidões naturais do sujeito? Parabéns pelo lindo trabalho, Um abraço, Pedro

[@amandaserrao1430]

Eu estava precisando escutar isso... Obrigada!

[@guilhermesavioferreiraalve8691]

Muito bom

[@trinidol]

Ó que lindo, mas o shutter super alto... Bora tentar um 1/50 aí ;) Se tiver claro demais é só botar um ND, pra manter a Iris baixa e o desfoque bonito... Abraços e parabéns pelo trabalho!

[@verajacot2756]

Simplesmente fantástico!!!

[@lovemeforme101]

agradeço tanto

[@TheMslucastro]

Dunker, um comentário sobre esse vídeo do secretário especial de cultura, Roberto Alvim, poderia tocar na forma como a psicanálise aborda essa mis-en-scène e esse discurso? A música, a forma de falar o texto e as ideias contidas nele são evocativas de um outro momento histórico, ao que parece. “(...) A Cultura é a base da Pátria. Quando a cultura adoece, o povo adoece junto. E é por isso que queremos uma cultura dinâmica e, mas ao mesmo tempo, enraizada na nobreza de nossos mitos fundantes. A Pátria, a família, a coragem do povo e sua profunda ligação com Deus, amparam nossas ações na criação de políticas públicas. As virtudes da fé, da lealdade, do autossacrifício e da luta contra o mal serão alçadas ao território sagrado das obras de Arte. Nossos valores culturais também oferecem grande importância à harmonia dos brasileiros com sua terra e sua natureza, assim como enfatizam a elevação da nação e do povo acima de mesquinhos interesses particulares. A cultura não pode ficar alheia às imensas transformações intelectuais e políticas que estamos vivendo. A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo - ou então não será nada.(...) ” facebook.com/SecretariaEspecialDaCultura/videos/2639498666126708/?v=2639498666126708

[@rodrigolutz6566]

Bom dia, professor! Me chamo Rodrigo Lütz e gostaria muitonde ouvi-lo falar sobre as diferenças entre delírio e discurso religioso. Grato pela atenção.

[@cesarsilva6909]

A empatia parece estar diretamente relacionada à transferência. Mas a questão dos saberes, citada pela pergunta, em Freire, está, tb diretamente, relacionada à epistemologia que, por sua vez, nunca é erigida de forma direta, mas mediada. A questão do saber mais ou saber menos é problemática, também, em razão de um possível relativismo intrínseco. Além disso, podemos acrescentar a possível ideologia até da ciência movida por interesses. A busca pela proximidade da verdade, objetiva e subjetiva, é sempre marcada, mediada, pela produção de relações sociais. Resta a nós usar a razão/emoção, sem esquecer que somos tb natureza, para produzir relações sociais que libertem ou produzam o humano em nós. Estas, segundo muitos, e até adorno e Robert kurz, devem ser guiadas pelo amor, não pelo valor.

[@caixapreta2]

Toma meu like, véi!.

[@anapaulaamaral3668]

Showww de empatiaaaaa